EXTRA - II

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Os dias estavam calmos demais na propriedade de Oxfordshire. Nem parecia que havia uma criança recém-nascida na casa. O bebê Charlie era calmo demais. Havia herdado a serenidade da mãe. Mas naquela manhã em especial, os parentes estavam prestes a chegar para uma visita de alguns dias e sua mãe não estava nada serena. Nem mesmo a fera reconhecia aquele temperamento.

— Se a Grace fizer algum comentário maldoso sobre o nosso filho eu vou arrancar a cabeça dela! – gritou enquanto seu marido esfregava as suas costas durante o banho, os dois afundados em uma banheira redonda que mal os cabia.

— Ignore-a como tem feito desde que saiu da casa do seu pai. Todos os seus comentários são movidos por inveja.

— Aposto que ela se dói todos os dias por eu, a mal falada da família, ter me casado com um duque enquanto ela ainda está solteira, sem pretendentes.

— A inveja é um veneno tanto para homens como para mulheres. Nós devemos nos esquivar de sentimentos ruins e cultivar somente sentimentos bons. Do mesmo modo nos afastar das pessoas que nos fazem mal. E se não for possível, ignorar. O mais importante é fazermos a nossa parte e esperar para colher o que plantamos.

— E desde quando você pensa assim? Cadê a fúria, a vingança, o rancor?

— Desde que soube que seria pai passei a ver o mundo diferente. Essa é de longe a experiência mais assustadora de todas. – suspirou – Nem mesmo quando eu era uma fera me preocupava tanto com o futuro. Sei que já rejeitei filhos bastardos e não tenho ideia de por onde andam. Agora que nosso filho nasceu e somos responsáveis por ele, eu me pergunto todos os dias que tipo de pai eu quero ser, que tipo de exemplo eu quero dar. Qualquer passo errado pode ser fatal. Não quero que o Charlie seja como eu era antes de ser uma fera ou quando eu era uma fera.

— Dominic, a verdade é que nem sempre poderemos controlar ou proteger nosso filho. Ele será movido pelos desejos do seu coração e terá direito de escolher como quer ser, mas nós iremos cuidar dele e orientá-lo a fazer as melhores escolhas. Seu pensamento sobre cultivar bons sentimentos está correto e isso deve ser ensinado ao Charlie. Pensar em que tipo de pai você quer ser mostra exatamente o pai que você será: dedicado, preocupado e amoroso.

— Eu me sinto melhor com as suas palavras. Obrigado. – ele beijou o ombro dela.

— Não agradeça até me recompensar. – Bela acariciou a coxa de Dominic dentro da água, deslizando sua mão até encontrar seu membro.

— Ora, mas o que é isso? Seu desejo voltou? – ele sorriu maliciosamente.

— Ver o quanto você amadureceu e se torna um homem melhor a cada dia que passa, preocupado com o futuro do nosso filho, é algo que me deixa excitada.

— Então, assim como o vinho eu vou só melhorar com o passar do tempo para lhe fazer provar sempre o melhor sabor de mim.

Bela virou-se para seu amado dentro da banheira, montando no seu colo. Ela afagou os cabelos compridos e molhados do esposo e beijou a sua boca. Ele agarrou as suas nádegas com força, pressionando as unhas na pele. Ainda eram unhas grandes, que lembravam as garras de fera. Mas mesmo sendo um humano, Bela ainda conseguia sentir a fera sempre que se amavam.

Cavalgando sobre o esposo, fitando seus olhos, Bela não continha seus gemidos de prazer. Ele mordeu e chupou seus ombros e pescoço até deixá-los marcados, poupando somente os seios, que eram a fonte de alimento do seu filho.

— Queria eu poder me alimentar de ti... – e lambeu a maçã de um seio – Sugando-te inteira.

— Mas você já faz isso, meu amor. Aposto que estou cheia de marcas. – Bela sorriu com lascívia antes de se dar conta do que havia ocorrido – Oh, não, Dominic! Você me marcou enquanto a minha família está vindo! O que irão pensar de nós?

— Que você fica muito elegante usando vestidos com gola alta. – ele riu – Agora esqueça os outros e pense apenas em nós. Pense nisso.

Sir. Dominic mexeu-se rápido e repetidamente debaixo de Bela, a água da banheira se derramando para todos os lados. Sem poder se segurar por mais um minuto, a esposa gozou aos gritos enquanto seu marido a preenchia com seu próprio prazer.

— Precisaremos de outro banho em outra água. – Dominic suspirou exausto.

— Senti falta disso. – Bela riu e agradeceu emsilêncio por voltar a se sentir ela mesma.

A Bela e A FeraOnde histórias criam vida. Descubra agora