How I Met Your Mother.

um beijo?

Pov Narradora

Buenos Aires, Maio de 2005

Vocês devem estar se perguntando se com os anos passando Ámbar e Simón pararam com as pregas de peças, certo? Sinto em informar, mas a resposta ainda é não. Hoje eles são mais amigos do que inimigos, mas as brincadeiras não pararam por ano nenhum e ninguém conseguiu fazer eles pararem.

Depois da perna quebrada, as brincadeiras ficaram mais leves e somente isso, parar é algo que não existe no vocabulário desses dois. Bem, dessa vez Simón foi o último a fazer a jogada porque sabia que era a última, Simón colocou o lagarto de estimação que Alfredo tem na sala da diretoria dentro da mochila de Ámbar, ele não queria ir longe, mas como era sua última, decidiu terminar colocando o Rango no meio.

Digo última brincadeira porque Simón soube que logo regressará à seu país, coisa que ele não contou para nenhum dos seus amigos por odiar despedidas, mas isso não acabaria assim porque seus pais estão a caminho da casa da família Smith para se despedirem, o que significa que ele terá que se despedir de Ámbar.

Ámbar e Simón apesar de esconderem muito bem, se gostam bem mais do que pensam gostar, Simón já notou isso mas preferiu guardar para si mesmo com medo do que aconteceria se ele contasse para alguém. Ámbar também não está muito distante desse sentimento, ela mesma tem consciência do que sente pelo mexicano e prefere ficar na dela pelo motivo de sua amiga Jazmín ter um grande abismo por ele. Ela sabe que Simón não se sente da mesma forma em relação a ruiva, mas lhe falta coragem para dizer isso para ela.

— Chegamos, família Smith! - Daniel diz entrando dentro da casa.

— Pensei que demoraria mais, Dani. - Richard comenta indo abraçar o amigo. — Há que horas sai o vôo?

— Daqui três horas, Richie. - Daniel responde vendo Sheron entrar na sala acompanhada de Ámbar. — E Simón quer dizer algo para a Ámbar, não é, filho?

Ele encara Simón que coçava os olhos por ter chorado a poucos minutos antes de sair de casa, Rose que estava ao seu lado dá dois tapinhas em seu ombro e assente com a cabeça.

— Desculpa, malu... - Simón olha para Ámbar que cruza os braços e une as sobrancelhas. — Ámbar. Desculpa por ter colocado o Rango do tio Alfredo na sua mochila pra te assustar.

— É, e assustou! - Ámbar diz com um bico nós lábios. — Só isso?

— E me despedir também... - Simón fala baixo e coça a nuca.

— Despedir?

— Vamos voltar para o México, garotinha! - Rose sorri para Ámbar que rapidamente faz cara de choro.

Ámbar encara Simón olhando dentro de seus olhos, e sentindo uma lágrima escorrer em seu rosto, ela sai correndo do cômodo.

— Ámbar! Ei! - Simón dá um passo para frente. — Não...

E então ele corre exatamente na mesma direção que a loira, a encontrando sentada debaixo da uma mesa dentro do quarto de jogos da família. Simón conseguia ouvir os soluços ao se aproximar, algo que lhe partiu o coração em pedaços, praguejando aquela maldita despedida.

Lentamente ele entra debaixo da mesa e se senta do lado da loira que tinha a cabeça entre as pernas enquanto abraçava as mesmas.

— Ámb...

— Não, Simón. - Ela diz com a voz abafada. — Agora não.

— Mas eu não tenho muito tempo aqui, Ámbar. - Simón diz e Ámbar o olha.

— Por que não contou? - Ela pergunta com a voz falha.

— Eu não tive coragem, Ámb. - Simón segura suas mãos. — Eu não queria passar por uma despedida que ia causar isso. Você chorando.