me ajuda.

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Pov Simón

Ano de 2009.

Eu não acredito que fui feito de idiota na frente de todo o colégio.

Incrível que viviam me dizendo pra correr atrás do que eu queria, que eu não podia negar os sentimentos, que hora ou outra eu teria que enfrentar o medo e blá blá blá.

Eu fiz.

E fui feito de idiota.

O mais engraçado é que aquela infeliz jogou água em mim por ciúmes, me beijou, segurou a minha mão e depois simplesmente voltou com aquele italiano desgraçado e estúpido! Depois de TUDO que aconteceu entre nós dois, ela voltou com ele.

Me sinto um completo imbecil por achar que ela sentia alguma coisa por mim, óbvio que não! Ela só estava carente, como eu não reparei isso antes? Fiquei muito tempo distraído tentando provar que sou melhor que aquela calopsita e esqueci de enxergar o óbvio.

Ámbar nunca na vida vai gostar de mim outra vez.

Os tempos mudaram, os anos mudaram e ela mudou! Só eu fiquei preso naquele beijo de duas crianças mais imbecis ainda!

O pior de tudo isso foi eu ter assumido que gosto dela na cara dela e não deu um dia para ela me chutar igual todas as outras vezes que tivemos uma proximidade como essa. Ámbar brincou comigo e me chutou quando conseguiu o que queria.

Eu não vou derramar uma gota de lágrima por ela, nem que isso que faça explodir, Ámbar não merece NADA de mim outra vez. Já ouvi muito que transformar sentimentos em raiva é ruim, mas isso... Não tem desculpa nenhuma.

Já chega.

Depois de um longo banho e por uma noite mal dormida, desci uma hora mais cedo para o café e assim que cruzo o corredor, sinto o cheirinho de café forte vindo da cozinha.

— Bom dia, mama! - Deixo um pequeno beijo em sua bochecha e ela me olha surpresa, e um pouco preocupada. — O que foi?

— Você dormiu essa noite? Meu Deus, filho, que cara é essa? - Passa a mão em meu rosto.

— Dormi, mas dormi muito mal. - Respondo me sentando, servindo meu café.

— Eu percebi... - Cruza os braços. — Aconteceu algo ou foi só a vida?

— Só a vida.

— É mesmo?

— Na verdade, eu também tô um pouquinho cansado, mas nada demais. - Levo a xícara de café até a boca, olho minha mãe que assente com a cabeça.

— Então isso não tem nada haver com as suas próximas duas semanas de detenção? - Ela arqueia as sobrancelhas.

Alfredo filho da mãe.

— Mama, eu... - Começo a falar mas ela levanta a mão pedindo para que eu pare, trato de me calar rapidamente.

— Eu juro que fico muito feliz em saber que você é um ótimo amigo e companheiro, mas você também precisava estar no interclasse, também precisa de um bom desempenho e também precisa ter boas notas. - Mama põe sua mão sobre a minha com um sorriso tristonho. — As coisas são difíceis para todos, Simón. Mas se lembre que se você não fizer questão do que deseja e precisa, ninguém mais vai fazer.

Eu não posso tirar sua razão porque minha mãe está completamente certa, mas eu não podia deixar que eles fossem punidos por uma ideia estúpida que eu tive. Além de que agora eu vejo que peguei duas semanas pra ser feito de idiota.

Coisa boa!

— Eu vou fazer de tudo para ter um bom desempenho.

Mama sorri largamente, sei que ela confia em mim para isso porque eu devo isso à ela, é a única coisa que eu devo.

How I Met Your Mother.Onde histórias criam vida. Descubra agora