ninguém.

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Pov Ámbar

Ano de 2009

Inacreditável.

Inacreditável como ultimamente o mundo pareceu virar contra mim nas últimas semanas.

Começando com a volta de Simón, não estou falando que não sentia saudade, mas aquele turbilhão de sentimentos voltou junto com ele e eu não sei lidar com isso. Depois vem o Benício com esse ciúmes idiota de um amigo de infância e agora fica o tempo inteiro de tocaia perto de mim, isso é ridículo. Como se não bastasse esses dois, ainda tem a Jazmín que passa o tempo inteiro falando sobre o mexicano e aquela amiguinha dele e argh! Quem eles querem enganar? Está óbvio que eles são bem mais que amigos e isso me deixa estressada por mim e pela Jazmín.

E pelo Simón que teve a coragem de mentir para todo mundo dizendo que eles eram "basicamente irmãos".

Depois que eu joguei o refrigerante no Simón, ele não apareceu na aula e o motivo era simples: ele foi me dedurar para o meu avô que precisou pegar outro uniforme para ele. Me chamaram na diretoria e quando eu cheguei tava lá o bonito com cara de bravo e meu avô pior ainda que além de um sermão me deu DUAS SEMANAS de detenção por causa de um pouco de refrigerante... Tudo bem, era pra ser um pouco, mas saiu mais que o esperado.

Hoje é meu último dia da primeira semana de detenção e pensar que ainda falta mais uma, me estressa em um nível fora do comum. Durante toda essa semana que passou eu e Simón mal nos olhamos, ele tentou puxar papo comigo mas eu o ignorava enquanto Benício me puxava para outros lugares, essa manhã ele parece ter desistido porque ficou o tempo inteiro com a "Luninha".

Apelido ridículo.

- Ei! - Simón diz entrando na sala enquanto eu rabiscava o quadro negro.

Como é detenção eu estou sozinha porque isso interfere nas atividades extra curriculares e os alunos daqui são focados nisso. E eu me fodi pegando duas semanas, né.

— O que está fazendo aqui, garoto? Quem te deixou entrar?

— O guarda é o Pedro. - Ele dá de ombros, vendo meu semblante confuso, ele continua. — Aquele que me ajudou a te colar na cadeira quando éramos crianças.

— Espera, espera! - Levanto a mão. — O Pedro te ajudou? Pedro Árias?

— Sim, a cola era dele, a mãe dele dava aulas de artes aqui então pegamos na sala dela.

Desgraçado.

— Então ele te deixou passar? - Pergunto voltando a rabiscar o quadro.

— Na verdade, ele disse não e eu pulei o muro pelo ginásio. - Ele diz se sentando em uma das mesas. — Ámbar, eu quero conversar com você.

— O que você quer, hm? Já não basta ter me colocado nessa prisão?

— Escuta, eu quis conversar com você antes mas não deu certo!

— Ah, não? - Me viro pra ele. — Oh, claro, você estava passando tempo demais com a sua amiga.

— Fala sério, Ámbar! Qual o seu problema com a Luna? - Simón pergunta visivelmente irritado. — Ela nunca te fez nada! Pelo contrário, ela sempre te trata muito bem.

Eu só... Argh! Eu estou com ciúmes. Sério, desde que ela está aqui o Simón só fica com ela, só conta das histórias deles no México e ela é toda mimimimi pra cima de todo mundo.

— Qual o seu problema com o meu namorado? - Devolvo a pergunta e seu olhar ganhar um ar debochado.

— Um soco não foi o suficiente pra você?

How I Met Your Mother.Onde histórias criam vida. Descubra agora