CAPÍTULO- 4

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Tudo indo em perfeita ordem, empregados empenhados em deixar tudo nos eixos para a grande festa. Talheres, taças, porcelanas tudo em muito brilho e requinte. Cortinas em linho e bordados sendo estendidas nas gigantes janelas espalhadas pela casa, era de um bom gosto espetacular pelo menos nisso eu e a Sra. Isaura concordávamos. RISOS

Eu e meus pais sempre fomos convidados pela consideração que o Sr. Gustavo tinha conosco, ele era realmente fundamental para a fazenda, dedicando muitas horas de trabalho, e minha mãe com todo seu empenho. Mas papai não ficava muito confortável em misturar as coisas, ele respeita muito a hierarquia no trabalho, mamãe para não deixa- lo constrangido também resolveu não participar, preferia ficar nos bastidores coordenando tudo pela cozinha para que nada desse errado. Ela era super perfeccionista, uma grande fada da cozinha!
Fui até o estábulo para não perder tempo, pois sabia que mais tarde seria impossível passar por aqui... então aproveitando a deixa da pausa do almoço , e lá vou me.
Enquanto repunha-a ração, estando eu concentrada e falando com os cavalos, sim essa é minha terapia definitivamente, minha forma de extravasar, alguém dá um sinal de que está atrás de mim. E quando me viro olhando por cima dos meus ombros o próprio...Patrão! e com uma das mãos tocando o rosto e com um sorrisinho... Ao mesmo tempo levantando sua camiseta regata deixando parte do seu abdômen a mostra...um deus grego.

E o conteúdo da minha conversa? Ah estava a reclamando dele mesmo para os cavalos, dizendo que era um desnaturado com os próprios animais que tinha, e foi então que ele ouviu...
- Hãa, suponho que esteja falando de mim Srta. Gabriela...?

- Ah! Olá Sr. Gustavo, falei com as bochechas vermelhas de vergonha - nada de mal, se me entende...

-Explique -se, estou tão curioso por saber...

- Apenas dizia que não se deveria deixa- los por tantas horas sem ir para o campo...E como quem faz essa tarefa é o Sr. - Então ...

- Então...você está dizendo que não cumpro com minhas obrigações? É isso Gabriela?

Eu gagueja e tremia mais que a vara verde que cobria a cerca...

- Não, de forma alguma. Por favor não me entenda errado...-Falei mais serenamente possível, e como uma pessoa controlada.

- Hum, e como acha que devo explicar a você os meus motivos, ou devo satisfações? Com o que estou ocupado o bastante...- Falou e chegou mais perto que deveria ou que algum dia já chegou de mim... sentia seu olhar profundo e sério e sua boca chegando perto...e eu? Bem indo em direção contra a parede, com minhas duas mãos para trás, para disfarçar ao máximo meu nervosismo, uma gota de suor escorrendo pela minha pele por baixo do sutiã que eu usava, caramba! será que é assim...causa esse efeito com todas as mulheres que ele chega perto? Ou seria só inexperiência da minha parte? Talvez só uma caipirice minha mesmo...

O celular dele tocou na mesma hora , e eu amo a tecnologia mais do que nunca porque me livrou dessa.

Ele tirou o do bolso, e atendeu com voz de quem acabou de ser interrompido e não gostou.

-Fala! Sim, Roberto já passei minhas ordens quanto a isso acho que não preciso repetir?! Você sabe o que fazer, até logo! - E desligou.

Pelo jeito parecia algo importante. Roberto era uma espécie de braço direito dele, um amigo muito próximo e de longa data, onde um ia outro estava como Batman e Robin.

- Preciso ir, mas já adianto a você Gabriela que essa conversa não acabou...- Afastou me dando uma piscada.

Merda! eu não sabia o que ele queria dizer com esse recado...isso foi uma bronca de patrão ou um flerte? Ou só ele querendo provar o quanto pode deixar uma moça psicologicamente afetada?

Sinceramente não estava pronta para nenhuma das respostas...mas que eu não seria mais a mesma depois dessa isso era verdade.

Terminei o mais rápido que pude, queria sair e me ocupar com outra coisa, seria algo obviamente impossível.

Mamãe estava perto da porta principal quando entrei parecendo um foguete.
- Filha, que foi está tudo bem? Parece que viu um fantasma...

- É , mãe quase isso! Mas está tudo bem não se preocupe comigo - Não explicaria a ela de forma alguma o que aconteceu, ela ia me dar um baita sermão, e além disso, até para mim estava tudo confuso. Minha cabeça rodava e minha pele queimava era como se eu não fosse capaz de controlar meu corpo pelo desejo que ele despertou. Estaria eu passando os limites?

Talvez fosse hora de descobrir...

O Fazendeiro e um Segredo (Concluído) **DEGUSTAÇÃO ** Onde histórias criam vida. Descubra agora