Capítulo 09

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Bom dia

Obrigada pelas 10500 leituras, mega feliz \o/

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Bjs e Boa Leituras ;)

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Capítulo 09

Prostituição? O assassinato da Jennifer seria uma ponta solta de uma rede de prostituição?

― Deixa ver se entendi. ― Clarissa diz. ― O Lorenzo aborda as garotas, na sua maioria, jovens e bonitas, prometendo uma carreira de modelo, mas na verdade as garotas são aliciadas para prostituição? ― Ela confirma que sim. Em 90% dos casos de exploração sexual, o aliciador utiliza esse meio. Ludibria as vítimas com a promessa de um futuro promissor, mas na verdade elas são recrutadas para prostituição.

― Por que você não fugiu depois que chegou ao Rio? Por que não foi à polícia? ― Questiono ainda perplexa. Ela ri com desdém.

― Você acha mesmo que não tentei? Acha que não passei noites e noites acordada pensando numa forma de fugir? Pedir socorro? Mas a única certeza que eu tenho é que já estaria morta se tivesse feito isso. ― Ela levanta e começa a andar pela sala. ― Provavelmente eu já estarei morta amanhã pela manhã.

― Não, não vai. Nós vamos proteger você. Mas precisa confiar em mim, precisa confiar na polícia. ― Digo.

― Confiar na polícia? Você é tão ingênua quanto eu fui. Você acha que os homens que utilizam esses serviços são simples pedreiros? O jornaleiro da esquina? ― Fala rispidamente. ― Não. Eles são políticos, policiais, juízes, grandes executivos. A minha palavra nunca vai se sobrepor a deles.

― Existem pessoas honestas na corporação Cláudia, nós estamos aqui dispostas a te ajudar, sei que não é fácil, mas você precisa confiar. ― Clarie tenta.

― Não. ― Ela ainda está andando de um lado para o outro, me deixando tonta. ― Não vamos conseguir. Todas que tentaram acabaram como a Jenny. ― Ela grita.

― Quantas, Cláudia? Quantas meninas já morreram? ― Ela coloca as mãos em concha nos ouvidos para não me ouvir. ― Quantas ainda morrerão? Quantas famílias serão destruídas? Você pode mudar isso, nós podemos.

Ela cai de joelhos no meio da sala, Clarissa corre para ajudá-la.

― Calma, respira. Isso. Senta aqui, nós vamos fazer o que tiver ao nosso alcance, prometo protegê-la com minha vida se necessário, mas você não vai nos esconder absolutamente nada. Ok?

― Meu filho. Você precisa encontrá-lo. ― Puta que pariu, eu ouvi direito?

―Você tem um filho? ― Ela acena com a cabeça em concordância.

― Qual a idade da criança? ― Pergunto.

― Quatro meses. A última vez que o vi foi na última seleção, no dia em que a Jenny foi assassinada.

Estou confusa, preciso de um café ou uma dose de vodca. Possivelmente de ambos.

― Vamos retroceder um pouco, ok? O Lorenzo te trouxe para o Rio, fez uma produção glamourosa e te levou na “seleção” e depois? ― Questiona Clarie.

― A festa era muito elegante, havia uma dezena de meninas bonitas e muito produzidas, todas acreditavam que seriam uma top model internacional. Fomos instruídas a conversar normalmente entre nós, havia bebidas e comidas a nossa disposição. E os compradores fariam as escolhas.

Um Encontro Fatal (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora