Capítulo 10

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Boa tarde

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Boa leitura :*

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Capítulo 10

Fico na porta estupefata. Todos os favores cobrados, oferecidos e os esforços empregados na tentativa de conseguir um mandado de busca e apreensão agora são desnecessários. Uma variável que não estava na minha equação mudou o resultado e consequentemente a minha investigação. O corpo do Lorenzo estirado no meio da sala me garantia carta branca para revirar tudo pelo avesso.

Apesar da violência propriamente dita de ser uma morte “imposta”, o Lorenzo jazia de uma forma tranquila, em paz. Aparentemente um único tiro na testa seria a causa da morte. 

Touché. Vamos reprogramar a rota. Saio do transe e acompanho o Will que já está fazendo as análises preliminares.

― Estão brincando conosco Sophia. ― Ele diz sombrio.

Um calafrio percorre minha espinha, como o assassino, ou “os assassinos”, conseguiram se antecipar? Quem sabia dos nossos passos? Meu Deus! Recuso-me a dar asas à teoria que se forma nos recônditos da minha mente. Mas minha formação me impede de não verificá-la. Convenço-me justificando que é mais prudente cobrir todas as bases.

― Will, não permita a entrada de ninguém, preciso fazer uma ligação, um minuto e já volto. ― Ele estranha, mas não questiona. Graças a Deus, o que eu diria? Relaxe que só vou pedir para verificar seu amigo? Acho melhor não.

Pedro atende no primeiro toque.

― Estava com o celular na mão? ― Ele ri.

― Na verdade, estava.

― Preciso de um favor, e preciso que seja o mais discreto possível.

― Claro.

― Quero que verifique o Erick.

― O quê? Por quê? Sophia, não está achando que ele está agindo pelas suas costas para tomar o caso de você, está? ― Não, só acho que ele está acobertando um criminoso, ou dois, ou um bando deles.

― Não. Só quero verificar uma informação. Não pediria se não fosse importante.

― Eu sei. O que você precisa?

― Quero saber, onde e com quem foi à reunião dele. O que ele fez, antes e depois da reunião. Onde está nesse momento.

― Isso é fácil. Ele está aqui na DP, não saiu para lugar nenhum. O Superintendente está dando maior chá de cadeira no coitado.

― Ele está aí? Tem certeza que não saiu?

― Tenho, mas posso verificar as credenciais, e as câmeras.

― Faça isso, e peça o histórico de ligações dele também.

― Você está brincando, não está?

― Eu não sou mulher de brincadeiras. E Pedro? Absoluto sigilo.

― Ok, considere feito e bico fechado.

Por favor, Deus, que o álibi dele seja sólido, porque se não for, estarei comprando briga de cachorro grande. E ainda arrisco a minha amizade com o Will. Mas por outro lado, não tenho dúvidas de que a informação vazou e sinceramente, coloco minha mão no fogo pela minha equipe. Não há maneira no inferno do Pedro me trair desse jeito, muito menos o Will nem a Clarissa, e eu não fui com a cara do Erick no instante que bati os olhos nele. Como diz minha sabia mãe: Meu santo não bateu com o dele.

Um Encontro Fatal (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora