Império (im)perfeito

Capítulo 5 - Desejo de vingança

Kuroko, Takao, Koganei, Momoi e Riko se encontravam no cômodo do cerceta e estavam eles ao redor do adormecido Izuki que estaria inconsciente desde que chegara. Tetsuya tentava curá-lo, ambas suas mãos se encontravam uma em cada lado da cabeça do amigo que estava deitada sobre seu colo.

— Então, alguma resposta? — Takao perguntou com um semblante preocupado.

— Não… — respondeu o mais novo tirando suas mãos da cabeça do outro — … não consigo encontrar sentimentos negativos vindo dele. Provavelmente foi induzido a desmaiar devido alguma droga e não por trauma ou cansaço.

Todos suspiraram aliviados, de fato havia um pequeno corte no rosto de Izuki, mas isso não significava necessariamente que ele foi agredido, porém todos sabiam que isso não seria o suficiente para acalmar os outros. Kagami, Kotaro e Kise estavam extremamente irritados com o grupo de sequestradores e Mayuzumi tentava os acalmar com a ajuda de Kiyoshi.

— Kuroko, acha que eles… — Koganei se interrompeu.

— Vão querer vingança? Não tenho dúvidas. Não gosto desse tipo de sentimento vindo de meus amigos, mas, é melhor deixá-los prosseguir e lidarem com as consequências de seus atos. — disse Kuroko —Também dúvido que iriam me dar ouvidos agora.

— Sim, mas… — se intrometeu Riko — Isso pode afetar todos nós, se eles forem capturados nosso poder de ataque acaba também e não vamos ter a mínima chance de resgatá-los!

— Sim, eu sei e eles também sabem, porém no momento não ligam para isso.

— Por quê não?

— Por que estão com raiva e convictos que vão vencer.

Todos se calaram, era notável o orgulho da tropa de ataque, principalmente Kagami e Kotaro, ambos deveriam ser os mais fortes fisicamentes ficando atrás somente de Teppei se duvidar, mas depois do reconhecimento que tiveram de seus oponentes perceberam que eles estariam pelo menos no mesmo nível.

— Não podemos deixar isso assim! — berrou Kagami —Quanto tempo vamos ter que esperar até que eles nos encontrem?!

— Ele está certo! — se intrometeu Kotaro — Já está mais que claro que eles não vão nos deixar em paz!

Chihiro tentava conversar com os garotos, mas devido aos gritos que ecoavam pelo cômodo mal conseguia pensar com clareza, de fato sabia que eles estavam certos, não conseguiriam dispensá-los sem uma luta, mas também sabia que o pouco do poder de ataque que tem poderia comprometer tudo, mandar um grupo de lutadores com um número suficiente para garantir uma vitória sem muito risco seria o mesmo que dar o primeiro soco com força total: uma faca de dois gumes que os deixaria a base desprotegida.

O acinzentado respirou fundo, seu lado racional gritava para não dar ouvidos a investida das feras, porém seu orgulho como seiriniano clamava por vingança torcendo para a punição daqueles brutamontes que ousaram fazer mal a um dos seus.

— Kiyoshi… — o sacerdote chamou o moreno como uma interrogação.

Teppei pensou, não era apelidado de “coração de ferro” à toa, embora não parecendo ele poderia ser frio e calculista dependendo das circunstâncias e ele não queria que aquele momento fosse uma exceção.

— Podemos enviar um grupo pequeno mas com nossos melhores, se eles realmente quiserem nos parar vão precisar de todos os seus homens, fazendo com o que não coloquemos em risco o resto.

Era uma estratégia simples embora não fosse ruim, mas só pela fala pode-se perceber que assim como todos o coração de ferro também estava bravo — não, com ódio — daqueles homens.