Capítulo 8 - Encontro

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Os passos fortes ecoavam pelos corredores e apenas ao serem escutados todos nas proximidades abriam espaço e se curvavam perante o homem de cabelos bordo adornado a ouro.

- Relatório, Shintaro. - Akashi ordenou imediatamente quando escutou passos se apressando para acompanhá-lo a sua trás.

- Após termos capturado o fantasma safira e mostrado provas de que estávamos com ele, todos os outros seirinianos se renderam mesmo que relutantemente, mas como o senhor ouve um caso curioso antes de eu ter chegado á caverna...

- Tinha mais alguém lá. - o Imperador cortou e seu ministro apenas acenou em concordância - Sabendo do fato de que apenas você do esquadrão havia descoberto a passagem que levava ao quarto do fantasma safira significa que os ratos nesse palácio são hábeis em se rastejar pelos cantos. Certo, continue.

Midorima contou sobre os ocorridos detalhadamente, após os seirinianos terem se rendido eles foram separados em alguns grupos e colocados em três navios que zarparam pelo grande rio que se estendia até a capital Rakuzan. Os três navios tinham a bordo oficiais altamente treinados do império, em dois dos navios havia duas prisões que eram separadas de modo que não houvesse comunicação entre os detentos e nessas haviam ficado todos os seirinianos. Ou quase.

O terceiro navio era reservado apenas para deter Kuroko e ninguém sequer se atreveu a se aproximar de sua cabine, pois a mesma era guardada por Aomine, Murasakibara e o próprio Midorima. O esverdeado averiguava o perímetro, na porta Aomine guardava e dentro junto a Tetsuya estava Murasakibara.

Após o desembarque na capital, quase houve uma confusão com alguns seirinianos que exigiram ver o garoto de cabelos celestes para terem certeza de que estaria bem, mas com uma mensagem do próprio ser entregue todos se acalmaram um pouco.

Atualmente vários estavam detidos em alguns quartos do palácio, enquanto os mais agitados ficaram em prisões mais restritas, mas Kuroko havia ficado com um pavilhão na região norte do palácio, uma das regiões mais protegidas pois era onde ficava a biblioteca pessoal do imperador, onde o mesmo ficava a maior parte de seu tempo.

Akashi interrompeu seu passo e respirou fundo ao conseguir ver de onde estava o local que confinaria seu mais novo hóspede.

- Shintaro - chamou e automaticamente recebeu sua atenção - Como ele é?

Midorima parou, ele estava sem palavras e isso era algo extremamente raro, então após uma longa pausa ele falou.

- Não vi seu rosto completamente porque ele usava um véu, mas um artesão chegaria ao suprassumo de suas obras após produzir uma boneca de porcelana tão celestial quanto ele parecia.

Poucas pessoas eram elogiadas por Midorima o que significava que essas palavras eram mais especiais do que elas já se mostravam. Seijuuro não falou mais nada, ele apenas andou em direção ao pavilhão que estava a sua frente e antes que pudesse anunciar sua chegada ele parou ao escutar uma melodia.

Era um som extremamente gracioso como o toque das harpas e tão agradável e reconfortante que poderia escutar para sempre, os dois apenas demoraram para perceber que aquele som não era um instrumento musical enviado pelos Deuses e sim o doce som de uma risada cheia de júbilo.

Ao perceber que estavam plantados na frente da porta Shintaro pigarreou para recompor sua voz e anunciou com voz firme.

- Sua alteza imperial, Akashi Seijuuro. - e abriu as portas.

Dando alguns passos na sala de estar cobertas por cortinas de seda e cetim ambos viram a sombra embaçada pela cortina quase translúcida de duas figuras que se encontravam no final da sala. Murasakibara estava sentado com os joelhos no chão.

Império (im)perfeitoOnde histórias criam vida. Descubra agora