Sétimo

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Apenas os impulsos masculinos o governavam agora. A boca cobriu a dela em um beijo longo, profundo e explorador, enquanto pressionava o corpo contra a maciez aveludada de Sakura. Alternando o ângulo da cabeça de um lado para o outro, fez amor com a boca sedosa e quente.

O choque foi a reação inicial de Sakura. A estonteante nudez daquele homem a deixava perplexa. Antes que pudesse se recuperar, fora arrebatada naquele beijo tempestuoso. A reação seguinte foi ditada pelo desejo espontâneo que floresceu em seu íntimo, oprimindo-lhe a mente e o coração, obliterando tudo, exceto o homem que lhe violava a boca com extrema maestria. Envolveu o pescoço largo com os braços e o puxou para perto, arqueando, instintivamente o corpo contra o dele. Deleitando-se com a rigidez dos contornos musculosos.

Gemendo alto, Naruto afundou o rosto no pescoço delicado.

- Deus! Estou a ponto de explodir.

- O que você quer, Naruto? - Naruto soltou uma risada áspera.

- Isso é bem óbvio, não acha?

- Eu sei, o que quer que eu faça?

- Pode tocar todo o meu corpo ou não tocá-lo. - A respiração de Naruto saia em rápidas baforadas contra a face delicada. - Mas o que quer que decida, faça-o agora. - Sakura hesitou por apenas um milésimo de segundo, antes de escorregar os dedos de uma das mãos pelos cabelos loiros e pressioná-los contra o couro cabeludo de Naruto. Com a outra mão, massageou os músculos do peito que tanto a encantavam. Os lábios se encontravam em outro beijo arrebatador. Ele traçou com língua o contorno da boca de Sakura, e lhe sugou os lábios. A sensualidade do movimento a eletrificou. Encorajado com o gemido de prazer que ela deixou escapar, deu início a uma viagem vertiginosa de beijos ao longo do pescoço e do colo macio. Naruto não era homem de pedir permissão. Atrevido, espalmou a mão sobre um dos seios firmes, segurou e massageou. - Quase enlouqueci desejando-a - disse com a voz rouca. - Pensei que fosse enlouquecer antes de tocá-la, prová-la. - Fechou os lábios sobre a pele macia exposta pela camiseta justa. Beijou-a ardentemente, sugando-a ao mesmo tempo em que deslizava vagarosamente a ponta do polegar sobre os mamilos de Sakura. Quando enrijeceram, acelerou o ritmo com que os estimulava até aquele levá-la ao delírio.

- Pare, Naruto - ofegou ela. - Não consigo respirar.

- Quero que não consiga respirar - respondeu Naruto, baixando a cabeça e, através do tecido da camiseta, roçando a língua sobre o mamilo entumescido antes de mordê-lo de leve. Os calcanhares de Sakura se cravaram na cama, enquanto os quadris se erguiam. Porém, a resposta abandonada não o satisfez.

- Diga que me quer - pediu Naruto com voz baixa e rouca.

- Sim, eu o quero. Sim, sim.

Tomada por um desejo primitivo, incontrolável e sem medir as consequências, Sakura o empurrou para trás e começou a ditar o ritmo. Os lábios se movendo pelo pescoço largo, escorregando para o peito musculoso e mais abaixo pelo abdômen definido. Cada vez que a boca tocava a pele firme dos músculos, ela sussurrava o nome de Naruto. Era como uma oração, crescendo em veemência a cada beijo.

- Você é lindo, lindo - sussurrou ela contra o umbigo de Naruto. A respiração açoitando a pele nua do corpo avantajado.

As palavras de amor que Sakura sussurrava tinham o ritmo mais erótico que ele já ouvira. Os lábios... oh Deus!, os lábios... deixavam um rastro de fogo por onde passavam. A cabeça de Sakura se movendo sobre ele era a visão mais sensual e bela que já vira. Aquilo o apavorou. Empurrando-a para o lado, Naruto rolou para fora da cama. De pé ao lado dela, tremia visivelmente, xingando em tom baixo.

Podia lidar com sexo passional, irracional e impetuoso, mas não com aquilo. Não queria nenhum sentimento ou emoção envolvidos no ato. Experimentara as mais variadas e fisicamente possíveis carícias com uma mulher, mas nenhuma nunca expressara um desejo tão genuíno. O que Sakura fizera sugeria uma intimidade entre ambos que ultrapassava os limites físicos. Não precisava daquilo. Não queria romance ou amor. Encontrava-se temporariamente responsável pela sobrevivência de Sakura Haruno, mas não iria se responsabilizar por sua estabilidade emocional. Se desejava fazer sexo, ótimo, mas não queria que ela se iludisse, pensando que aquilo significava mais do que satisfação carnal.

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