14. Chegada

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Aviso legal: Harry Potter não pertence a mim. Pertence a Jk Rowling (INFELIZMENTE)


Harry abriu os olhos. Ele abriu os olhos e se deparou com a escuridão. Ele fechou os olhos, novamente, e os abriu de novo. Ainda estava escuro.

Ele tinha sido sequestrado? Ele tinha morrido? O que estava acontecendo?

Ele começou a mexer no local e encontrou o que parecia ser bonecos velhos. Bonecos?

Oh. Oh. A chuva de memórias voltou em sua cabeça. Certo, ele tinha voltado no tempo ontem.

Era meio louco porque, ao mesmo tempo que ele estava certo de que voltou no tempo ontem, ele também se lembrava de estar preso no armário ontem também.

A mistura de memórias de sua infância e sua vida de quando tinha 17 anos, era confusa.

Dois dias atrás,ele tinha sido colocado de castigo e estava preso no armário desde lá. Dois dias sem comida decente.

Ele tentou se levantar do colchão duro e quando ficou de pé sentiu suas costelas doerem.

Certo, ele havia esquecido o motivo do castigo. O primo dele e seus amigos estavam espancando ele e em algum momento, ele conseguiu fugir deles. Quando chegou em casa, Duda disse que ele tinha estragado a diversão dele e dos amigos dele.

Os Dursley o colocaram de castigo por não ser cooperativo.

Harry ficou horrizado ao notar que seu rosto estava ficando molhando.

Ficando molhado por lágrimas. Puta merda, ele estava chorando.

As lágrimas foram ficando cada vez mais grossas e soluços foram saindo dele.

Ele estava chorando por sua família abusiva.

Ele tecnicamente é maior de idade, caralho. Ele era um adulto chorando porque seu primo de 10 anos bateu nele, e seus tios o colocaram de castigo.

Harry começou a rir pelo absurdo da situação. Ele estava chorando e rindo histericamente, ao mesmo tempo. Harry riu ainda mais quando pensou que se alguém tivesse vendo a cena de fora, com certeza acharia que ele era algum tipo de lunático.

Talvez, Malfoy estivesse certo. Talvez ele ia mesmo ser internado num hospital psiquiátrico.

Depois de um tempo, rindo e chorando,ele resolveu se controlar. Respirou três vezes e tentou andar.

Doeu para um caralho.

Como crianças poderiam ser tão fortes a ponto de machucar ele assim? Espera, ele também é uma criança, agora.

Ele deu uma fungada no armário e sentiu cheiro de xixi e sangue seco. Dois dias sem sair do armário, quando você está machucado, resultam nisso.

Ele quase vomitou de tristeza e de nojo. Ele tinha que sair dali rapidamente.

Ele lançou um alohomora em seu armário e saiu de fininho pela porta. Pela luz que emanava, ele percebeu que ainda era muito cedo. Seus tios ainda demorariam de acordar.

Ele foi até o banheiro silenciosamente e se olhou no espelho. Ele estava pálido, magro, baixo, seu cabelo estava encardido e suas roupas estavam manchadas de coisas que ele preferia esquecer o que eram.

Harry reprimiu mais um soluço.

Não era a hora de se desesperar.

Ele teria que tomar banho e torcer para que seus tios não ouvissem o barulho. Ele poderia colocar um feitiço de silenciamento, mas não sabia se tinha força para mais magia.

Ele tomou seu primeiro banho em um intervalo de dois dias, tentou limpar e higienizar suas feridas, e saiu do banho.

Ele transfigurou suas roupas para que parecesse remotamente apresentável e as vestiu.

Quando estava saindo do banheiro, ele quase caiu no chão de fraqueza. Tudo que ele comeu naqueles dois dias foram sopas enlatadas horríveis.

Merda, ele teria que preparar algo para comer rapidamente. As leis mágicas dizem que é impossível criar comida com magia, preparar algo seria a única solução.

Ele silenciosamente preparou ovos com bacon e os comeu. Ele se sentia melhor, mas só tinha energia para mais um pouco de magia. Ele tinha que descansar e dormir apropriadamente.

E ele se recusava a voltar para seu armário.

Ele percebeu que tinha que ir para casa de Draco de qualquer jeito mas tarde, e resolveu unir o útil ao agradável.

Sim, a única solução era aparatar até lá.

Ele rapidamente se levantou, abriu a porta da casa e se distanciou dela. Ele mostrou os dois dedos do meio pra ela, num jesto infantil.

"Eu vou voltar para ferrar com vocês quando estiver mais forte.", ele prometeu num murmúrio com um sorriso malicioso.

E num estalo ele aparatou em direção a mansão Malfoy.
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Draco estava nervoso, ontem ele viajou no tempo e hoje era uma criança novamente. A experiência mais bizarra que ele já teve, sem dúvida.

Ele assumiu que devia se acostumar com experiências bizarras, já que era amigo de Harry Potter agora.

Quando ele acordou de manhã (Malfoys sempre acordam cedo),nada o preparou para ver o rosto do seu pai tomando café. Ele se sentia confuso em relação a ele.

Por um lado, o homem o fez aceitar a marca para ser seguidor do Lorde das Trevas aos 16. Por outro, ele só fez tudo porque estava com medo.

A emoção foi muita para Draco. Ele quebrou imediatamente. Chorou até soluçar.

Narcisa imediatamente o pegou no colo preocupada e perguntou o que tinha acontecido. Ver sua mãe o fez chorar mais ainda.

Depois desse surto patético, ele se controlou e foi para seu quarto. A qualquer momento, Harry poderia aparecer em sua casa, e ele não queria que o garoto o visse em tal estado.

Ele estava em seu quarto tentando se controlar quando ouviu um enorme estralo no ar, ele correu até a sua porta e viu um garotinho desmaiado em frente a sua casa.

Harry Potter.

Ele ficou congelado ao ver o estado de Harry. Tão magro e tão baixo que não se dava mais de 8 anos para ele. No seu corpo estavam várias marcas roxas e amarelas. Espancado.

Que porra é essa? Harry Potter não devia ter a infância perfeita?

Capítulo curto por preguiça, amanhã ou dps de amanhã, a ação começa e Harry vai começar com os planos dle. IRRA

Empregador da Morte - DRARRYOnde histórias criam vida. Descubra agora