Ed está todo molhado.
Seguro sua camisa e o puxo pra dentro.
- Meu Deus! O que...você tá fazendo aqui?
- Eu...
Antes dele responder o abraço.
- Estou todo molhado - ele diz.
- Não importa.
Me afasto e olho ele.
- Não está feliz? - pergunta.
- Felicidade é o que mais sinto agora. Mas, como? O que veio fazer aqui em Ohio.
- Li sua carta e fui atrás de você. Cae me disse que você tinha voltado pra casa, então eu me desesperei. Lembrei da sua amiga, Elena e então fui atrás dela, pra me dizer onde você morava. Ela me falou...eu tinha que ouvir de voce. Ela me deu a passagem, ela vinha ver a familia aqui, mas acabou tendo de trabalhar.
Sorrio com lagrimas nos olhos.
- Amo essa garota - falo.
- Então, o que quer me falar? - ele está ansioso.
- Ed, eu...
- Meu Deus! - viro e vejo minha mãe - o rapaz está todo molhado Marcus.
- Mãe, esse é o Edgar.
- Oi - ele fala sorrindo.
- Oi querido, é um prazer. Marcus, leve seu amigo pra tomar um banho quente e trocar de roupa.
Ed tira uma muda roupa da mochila e entra no banheiro.
- Nem acredito que você tá aqui - falo encostado na porta.
- Eu precisava vir. Antes de você mudar de ideia - ele fala do outro lado.
- Seu bobo - falo.
Assim que toma banho, descemos para o almoço. Minha família me olha.
- Gente esse aqui é o Edgar, meu amigo.
Todos sorriem e se apresentam. Minha mãe me olha e assinto levemente com a cabeça. Sim, mãe. É ele.
Minha família logo puxa assunto com ele e todos conversamos animadamente. Fico feliz em saber que tenho uma família tão aberta. Muitos jovens gays não tem a mesma sorte que tenho.
Depois do almoço, Diana e papai vão embora. Ela se sente cansada.
Sarah e Richard resolvem dar uma volta de carro e mamãe vai levar um pedaço de torta para o vizinho.
Ed e eu ficamos sozinhos em casa.
- Posso dormir no sofá - ele fala enquanto subimos a escada.
- Nunca. Você vai ficar no quarto comigo. Eu tenho um colchão extra.
Os olhos de Ed brilham ao entrar no meu quarto. Minha cama de solteiro, a mesa de estudos, uma estante com alguns livros.
- Você toca? - ele aponta o violão.
- Era do meu namorado. Os pais dele me deram.
- Ah.
Um silêncio caí sobre nós.
Ele me olha e eu o olho. Nos aproximamos um pouco. Estendo a palma da mão e ele segura.
Ele ri.
O puxo com rapidez e toco meus lábios nos dele.
Ele segura meu rosto e eu o aperto em meus braços.
Ele se afasta.
- Agora você tá sóbrio - ele fala ofegante.
- Idiota - falo empurrando ele rindo.
*
A noite logo caí e depois do jantar estou deitado na cama e ele no colchão bem ao lado.
- Como ficamos? Tipo, eu e você... - ele pergunta.
- Eu preciso de tempo - falo.
- Como?
- Só mais um tempinho, tenho uma última coisa pra fazer...
- O quê?
- Dar um fim pra uma historia.
Ficamos em silêncio.
- Ed?
- Oi Marcus.
- Você acha que agora estou sóbrio?
- Como?
- Vem pra minha cama.
- Tem certeza?
- Toda certeza do mundo.
Ed sobe na minha cama e deita ao meu lado.
- E agora...
Antes que ele termine de falar eu o beijo. Um beijo ardente, selvagem.
Logo estamos sem camisa. Nossas calças e cuecas vão logo em seguida.
Estamos enroscados, suados, gemendo baixo.
Nos amamos a noite inteira.
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No Inverno do meu Coração (Romance Gay) - CONCLUÍDO
RomanceTrês anos se passaram desde que Marcus Hayne perdeu o namorado em um trágico acidente. Agora, prestes a embarcar na Universidade, Marcus congelou o coração para qualquer relacionamento, para sempre. Afastado da família, o jovem rapaz passa seus dias...