Capítulo 25

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Ed está todo molhado.

Seguro sua camisa e o puxo pra dentro.

- Meu Deus! O que...você tá fazendo aqui?

- Eu...

Antes dele responder o abraço.

- Estou todo molhado - ele diz.

- Não importa.

Me afasto e olho ele.

- Não está feliz? - pergunta.

- Felicidade é o que mais sinto agora. Mas, como? O que veio fazer aqui em Ohio.

- Li sua carta e fui atrás de você. Cae me disse que você tinha voltado pra casa, então eu me desesperei. Lembrei da sua amiga, Elena e então fui atrás dela, pra me dizer onde você morava. Ela me falou...eu tinha que ouvir de voce. Ela me deu a passagem, ela vinha ver a familia aqui, mas acabou tendo de trabalhar.

Sorrio com lagrimas nos olhos.

- Amo essa garota - falo.

- Então, o que quer me falar? - ele está ansioso.

- Ed, eu...

- Meu Deus! - viro e vejo minha mãe - o rapaz está todo molhado Marcus.

- Mãe, esse é o Edgar.

- Oi - ele fala sorrindo.

- Oi querido, é um prazer. Marcus, leve seu amigo pra tomar um banho quente e trocar de roupa.

Ed tira uma muda roupa da mochila e entra no banheiro.

- Nem acredito que você tá aqui - falo encostado na porta.

- Eu precisava vir. Antes de você mudar de ideia - ele fala do outro lado. 

- Seu bobo - falo.

Assim que toma banho, descemos para o almoço. Minha família me olha.

- Gente esse aqui é o Edgar, meu amigo.

Todos sorriem e se apresentam. Minha mãe me olha e assinto levemente com a cabeça. Sim, mãe. É ele.

Minha família logo puxa assunto com ele e todos conversamos animadamente. Fico feliz em saber que tenho uma família tão aberta. Muitos jovens gays não tem a mesma sorte que tenho.

Depois do almoço, Diana e papai vão embora. Ela se sente cansada.

Sarah e Richard resolvem dar uma volta de carro e mamãe vai levar um pedaço de torta para o vizinho.

Ed e eu ficamos sozinhos em casa.

- Posso dormir no sofá - ele fala enquanto subimos a escada.

- Nunca. Você vai ficar no quarto comigo. Eu tenho um colchão extra.

Os olhos de Ed brilham ao entrar no meu quarto. Minha cama de solteiro, a mesa de estudos, uma estante com alguns livros. 

- Você toca? - ele aponta o violão.

- Era do meu namorado. Os pais dele me deram.

- Ah. 

Um silêncio caí sobre nós.

Ele me olha e eu o olho. Nos aproximamos um pouco. Estendo a palma da mão e ele segura.

Ele ri.

O puxo com rapidez e toco meus lábios nos dele.

Ele segura meu rosto e eu o aperto em meus braços.

Ele se afasta.

- Agora você tá sóbrio - ele fala ofegante.

- Idiota - falo empurrando ele rindo.

*

A noite logo caí e depois do jantar estou deitado na cama e ele no colchão bem ao lado.

- Como ficamos? Tipo, eu e você... - ele pergunta.

- Eu preciso de tempo - falo.

- Como?

- Só mais um tempinho, tenho uma última coisa pra fazer...

- O quê?

- Dar um fim pra uma historia.

Ficamos em silêncio.

- Ed?

- Oi Marcus.

- Você acha que agora estou sóbrio?

- Como?

- Vem pra minha cama.

- Tem certeza?

- Toda certeza do mundo.

Ed sobe na minha cama e deita ao meu lado.

- E agora...

Antes que ele termine de falar eu o beijo. Um beijo ardente, selvagem.

Logo estamos sem camisa. Nossas calças e cuecas vão logo em seguida.

Estamos enroscados, suados, gemendo baixo.

Nos amamos a noite inteira.

No Inverno do meu Coração (Romance Gay) - CONCLUÍDOOnde histórias criam vida. Descubra agora