Capítulo 14

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Enquanto Edgar prepara um café, coloco queijo, peito de peru e alface nos pães.

Sentamos na pequena mesa, para comer.

- Trabalho chato demais né - ele fala.

- Muito - falo bebendo o café - nossa, tá uma delícia.

Edgar sorri.

Depois do lanche, sentamos no chão da sala e começamos as pesquisas. Cadernos, livros, o notebook, tudo jogado enquanto estudamos. Passa das 1h da manhã quando terminamos.

Edgar levanta e se espreguiça.

- Acabei de mandar nossa parte para o email do Caesar - falo - estou acabado.

- Igualmente. Que tal um chocolate quente?

- Seria ótimo.

- Antes vem comigo.

Edgar me leva até a varanda , onde uma escada de ferro presa a parede leva para cima.

Edgar sobe primeiro e estende a mão para me ajudar a subir. Seu toque é quente. O terraço é incrível. Algumas plantas e flores e duas cadeiras dobráveis, com vista para cidade iluminada a nossa frente.

- Fica aqui, que eu volto já - ele fala.

A noite está fria e sinto que deveria ter trago um casaco. Alguns minutos depois Edgar volta, com duas xícaras e dois cobertores. Ele senta em uma das cadeiras e me entrega uma xícara e um cobertor. Sento também.

Cubro minhas pernas e tomo o chocolate quente. 

- Você é daqui? - pergunto.

- Sou do interior do Maine - ele fala - ganhei uma bolsa integral na NYU...e vim pra cá, tentar a sorte. Pra me manter aqui, trabalho no café...minha família não tem como me mandar dinheiro...

Fico em silêncio.

- E você?

- Sou de Ohio. Meia bolsa.

Bebo mais um pouco. Olho pra Edgar e ele me devolve o olhar. Só agora percebo o quanto as cadeiras estão próximas. Ele desce o olhar para minha boca e faço o mesmo. Eu não deveria, mas é tão...nos aproximamos mais, sinto sua respiração em meu rosto, e....

Lupina pula no colo de Edgar e o feitiço se quebra.

- Tá tarde...vamos dormir Marcus? - Edgar pergunta.

- Vamos Edgar.

- Me chama só de Ed - ele sorri.

- Vamos Ed.

*   *   *

Ed arruma cobertores e travesseiros no sofá para mim. 

- Espero que esteja tudo bem pra você, dormir no sofá.

- É muito mais confortável que as camas do dormitório.

- Seu besta. Vem Lupina - Ed chama a gata, mas ela se esfrega na minha perna - que traição! - Edgar fala brincando - ela gostou de você, e isso é muito bom, essa gata odeia todos.

Sorrio.

- Qualquer coisa, tô no quarto - ele fala - é só chamar.

Edgar se vai e desligo as luzes. Deito no sofá e sinto o cheiro dele nos lençóis. Me sinto errado e culpado. Não deveria ficar feliz. Fecho os olhos e logo caio no sono. Sonho que estou beijando um Príncipe de pele morena e olhos verdes.

  

No Inverno do meu Coração (Romance Gay) - CONCLUÍDOOnde histórias criam vida. Descubra agora