Enquanto Edgar prepara um café, coloco queijo, peito de peru e alface nos pães.
Sentamos na pequena mesa, para comer.
- Trabalho chato demais né - ele fala.
- Muito - falo bebendo o café - nossa, tá uma delícia.
Edgar sorri.
Depois do lanche, sentamos no chão da sala e começamos as pesquisas. Cadernos, livros, o notebook, tudo jogado enquanto estudamos. Passa das 1h da manhã quando terminamos.
Edgar levanta e se espreguiça.
- Acabei de mandar nossa parte para o email do Caesar - falo - estou acabado.
- Igualmente. Que tal um chocolate quente?
- Seria ótimo.
- Antes vem comigo.
Edgar me leva até a varanda , onde uma escada de ferro presa a parede leva para cima.
Edgar sobe primeiro e estende a mão para me ajudar a subir. Seu toque é quente. O terraço é incrível. Algumas plantas e flores e duas cadeiras dobráveis, com vista para cidade iluminada a nossa frente.
- Fica aqui, que eu volto já - ele fala.
A noite está fria e sinto que deveria ter trago um casaco. Alguns minutos depois Edgar volta, com duas xícaras e dois cobertores. Ele senta em uma das cadeiras e me entrega uma xícara e um cobertor. Sento também.
Cubro minhas pernas e tomo o chocolate quente.
- Você é daqui? - pergunto.
- Sou do interior do Maine - ele fala - ganhei uma bolsa integral na NYU...e vim pra cá, tentar a sorte. Pra me manter aqui, trabalho no café...minha família não tem como me mandar dinheiro...
Fico em silêncio.
- E você?
- Sou de Ohio. Meia bolsa.
Bebo mais um pouco. Olho pra Edgar e ele me devolve o olhar. Só agora percebo o quanto as cadeiras estão próximas. Ele desce o olhar para minha boca e faço o mesmo. Eu não deveria, mas é tão...nos aproximamos mais, sinto sua respiração em meu rosto, e....
Lupina pula no colo de Edgar e o feitiço se quebra.
- Tá tarde...vamos dormir Marcus? - Edgar pergunta.
- Vamos Edgar.
- Me chama só de Ed - ele sorri.
- Vamos Ed.
* * *
Ed arruma cobertores e travesseiros no sofá para mim.
- Espero que esteja tudo bem pra você, dormir no sofá.
- É muito mais confortável que as camas do dormitório.
- Seu besta. Vem Lupina - Ed chama a gata, mas ela se esfrega na minha perna - que traição! - Edgar fala brincando - ela gostou de você, e isso é muito bom, essa gata odeia todos.
Sorrio.
- Qualquer coisa, tô no quarto - ele fala - é só chamar.
Edgar se vai e desligo as luzes. Deito no sofá e sinto o cheiro dele nos lençóis. Me sinto errado e culpado. Não deveria ficar feliz. Fecho os olhos e logo caio no sono. Sonho que estou beijando um Príncipe de pele morena e olhos verdes.
VOCÊ ESTÁ LENDO
No Inverno do meu Coração (Romance Gay) - CONCLUÍDO
RomanceTrês anos se passaram desde que Marcus Hayne perdeu o namorado em um trágico acidente. Agora, prestes a embarcar na Universidade, Marcus congelou o coração para qualquer relacionamento, para sempre. Afastado da família, o jovem rapaz passa seus dias...