Remember them at least Urridalgo/Sabinoah (Concluída)

Capítulo 8

Sabina Urrea
Califórnia
Estou a mais de meia hora escutando um médico buzinar várias coisas na minha cabeça que não estou dando a mínima atenção desde a hora em que ele disse que a tal perda de memória se dava ao impacto contra o volante do carro, segundo ele eu não estava estável eu devia ter atenção durante vinte e quatro horas por dia, que eu também deveria voltar pra casa e continuar com minha rotina como era antes do acidente, o que significa ter que conviver com Noah e aquelas crianças que todos dizem ser meus filhos, mais a única coisa que eu sinto é um vazio em meu peito, a dor da perda ainda está aqui, mais ela não era real, a dor do luto foi uma coisa que meu psicológico desenvolveu, eu não sei de tudo ainda mais eu ainda não quero me  aproximar dessas crianças eu não me sinto mãe delas, e ter que conviver com a pessoa que me casou tanta dor era o pior de tudo.
Alê: nós já podemos ir pra casa Sabina!
Sabina: não queria ir mais é melhor que esse lugar.
Josh: não fale assim Sabina, você tem que ser paciente agora.
Sabina: você fala isso porque não vai ter que conviver com Noah.
Fernando: antes de qualquer coisa você tem que tratar seu marido com o mesmo respeito que ele tem por você, e dar o seu máximo com seus filhos que são duas crianças que dependem de vocês dois e não entende nem metade de tudo o que está acontecendo.
Sabina: a única pessoa que teve respeito na minha relação com o Noah fui eu.
Alê: Sabina o Noah... - antes que ela termine de falar Josh a corta me deixando confusa.
Josh: mãe é o Noah que tem que falar sobre isso com ela, eles ainda vão ter tempo pra conversar.
Sabina: Bom eu não quero continuar aqui será que vocês podem sair para eu me trocar?
Fernando: claro, vamos te esperar lá fora ok.
Sabina: mãe a senhora pode ficar por favor.
Alê: claro que fico. -me levanto da cama procurando algo pra vestir, pego a primeira roupa que vejo pela frente sendo uma blusa é uma calça moletom, na hora de vestir a blusa percebo o incômodo em meus seios e percebo o quanto estão grandes, isso é consequência de não estar amamentando o meu bebê, quando vejo já estou me debulhando em lágrimas e eu estou abraçada a minha mãe.
Sabina: mama dói muito, eu me sinto vazia, meu coração dói tanto.
Alê: mi amor eu não faço ideia do tamanho da dor que está sentido, mais você tem que deixar isso ir, não é real sua mente projetou tudo isso.
Sabina: eu não consigo mama, eu não consigo acreditar que não é real a dor que eu sinto, eu queria não sentir tudo isso, eu queria poder lembrar de tudo mais eu não consigo, quando a dor da perda vai sumir?
Alê: eu não sei mi hija, mais você tem duas crianças em casa e um marido que é capaz de tudo por você!
Sabina: eu não sei se consigo olhar pro Noah agora mãe, eu não me lembro de nada que aconteceu nos últimos quatro anos a única coisa que eu sinto por ele é um ódio insesante.
Noah Urrea
Califórnia
Chegar no hospital e ouvir Sabina falar que sentia ódio por mim me desmanchou por completo, ver tudo o que ela sofreu a quatro anos atrás voltar de novo é difícil, saber que ela não vai olhar na minha cara é difícil, mais o pior de tudo é saber que ela não se lembra dos nossos filhos, eles não entendem o que está acontecendo com ela, vai ser difícil ter Sabina de volta em casa se ela não quiser se aproximar dos nossos filhos.
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