Capítulo Oito

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Eu não acredito que estava passando por isso. Que algo assim havia acontecido.

Quando Adora apagou meu coração despencou. Sacudi seu corpo mole desesperadamente. Ponho minha cabeça em seu peito conseguindo ouvir seu coração bater cada vez mais fraco e devagar.

— Não, por favor... Fique.

Olho para a porta vendo dois socorristas entrarem rapidamente.

— Por favor, ajudem ela! — suplico em agonia.

— Calma, senhorita. Vamos ajudá-la. — Eles se aproximam. —  Ela ainda tem pulso mas está fraco. Precisa de uma transfusão.

Eles a põe numa maca e a levam até a ambulância. Eu sempre os seguindo.

— Desculpe, senhorita, mas você não pode ir conosco. Só família e parentes. — Ele olha para a srt. Weaver. — Você pode entrar, senhora.

— Não! Ela não vai com a Adora de jeito nenhum! Ela é a causa de tudo isso! — Me ponho bem perto de seu rosto. — Nem se atreva a usar seu título de mãe agora porque você nunca foi uma de verdade para ela!

Ela recua e já não mais vejo aquela mulher rude e implacável de pose rígida.

— Podem deixar ela ir. E-eu vou com o meu carro.

Apenas lhe dou as costas e entro na ambulância.

Encaro seu corpo pálido, ligado a aparelhos de monitoramento, curativos feitos às pressas, já manchados de vermelho. Seguro sua mão fria e me permito chorar mais.

— Ela vai ficar bem? — pergunto baixo para a moça ao meu lado.

— Não vamos desistir dela. Já estamos chegando ao hospital e farão de tudo para que ela fique bem.

De repente o bipe que estava fraco porém constante dispara rapidamente.

— Ela tá tendo um ataque cardíaco! Querida, eu preciso que você se afaste. — Dito isso eu solto sua mão.

Foi assustador ver eles usarem um desfribilador nela. Seu peito subiu tão forte que eu quase senti sua dor. Mais uma, duas vezes e o aparelho havia voltado ao normal.

Os socorristas sorriram por terem conseguido trazê-la de volta mas minha expressão era de puro terror.

— Ei, está tudo bem. É normal isso acontecer, mas veja, os batimentos dela estão regulares de novo, até um pouco mais fortes. Ela é forte. Vai passar por isso.

As palavras dela me deram um pouco, bem pouquinho mesmo, de conforto, mas era o suficiente.

Ao chegar no hospital não me deixaram entrar com ela, então fiquei na ala de espera. Sento em um sofá ali, a angustia machucando meu peito.

— Filha? Catherine?!

— Mãe? Len? O que vocês estão fazendo aqui?

— Te seguimos depois que você saiu correndo de casa que nem uma louca. Os vizinhos disseram que uma ambulância tinha saído de lá e viemos o mais rápido possível.

— O que aconteceu?

— Eu não quero falar sobre isso. Eu só quero que a Adora fique bem, eu preciso que ela fique bem.

Ambas me abraçam e esperamos por notícias.

~

Abro os olhos e a luz branca e forte me cega temporariamente.

Eu morri?

Pisco várias vezes tentando focar no ambiente. Era branco demais. E tinha um cheiro de... álcool? Produtos de limpeza ou coisas esterelizadas.

Hold On • Catradora [Short Fic]Onde histórias criam vida. Descubra agora