Nosso final de semana foi incrível! Fizemos tantas coisas que é até difícil listar. Assistimos a filmes, comemos besteira, teve guerra de travesseiro, e todas essas coisas típicas de uma festa do pijama – só que de dois dias.
Mas definitivamente a melhor parte foi quando eu decidi levá-la para o parque de diversão que estava passando pela cidade. Foi divertido competir com ela em jogos, comer algodão doce, testar a sorte para ganhar prêmios ou simplesmente admirar a vista do topo da roda gigante. Esse era meu brinquedo favorito. Adora ficou mais linda ainda sob a lua e as luzes coloridas.
— Minha mãe ligou pedindo que viéssemos logo pra casa.
— São que horas?
— Dez pras 22h.
— Caramba o tempo voou.
— Verdade, mas vamos antes que fique perigoso.
Tivemos que voltar andando pois gastamos bem uns 15 dólares tentando pegar uma pelúcia naquelas máquinas. No final nem conseguimos.
Caminhávamos tranquilamente quando um bando de garotos, provavelmente bêbados, passa por nós.
Um deles assobia. — Pô, gatinha, tu é mó gostosa. Passa o snapchat — diz, pousando as mãos imundas na cintura de Adora.
Ela olhava para ele aterrorizada.
— Qual é a tua, cara?! — grito o empurrando. — Vai mexer com a namorada de outro!
Ele cambaleia para trás meio confuso. Os amigos riem dele, também chocados.
— Opa, desculpa aí. Não sabia que vocês eram um casal.
— Pois é, porque sequer oportunidade de dizermos você deu. Dá próxima vez aprende a chegar numa garota antes que leve um chute no saco! Ugh, homens. Vamos, amor. — Pego na mão dela e saímos andando depressa.
Ao virarmos a esquina Adora se pronuncia.
— O que... acabou de acontecer? — Seu tom era humorado.
— Argh. O básico. Garotos fazendo o que fazer de melhor: serem idiotas.
— Como você sabia que isso iria funcionar?
— Ah, isso? — Aponto para nossas mãos ainda dadas. — Isso já aconteceu diversas vezes quando eu saia com minhas amigas. A melhor parte é ver a cara deles de chocados e envergonhados mas também a mais difícil porque tudo o que eu mais quero é rir.
— Você não parecia querer rir dessa vez.
— Não mesmo. Quem ele pensou que era para ir pondo as mãos assim numa garota? Em você?! Babaca.
Sorri para mim.
— Não precisa ficar brava. Afinal, sou sua namorada.
Rimos e seguimos nosso caminho até em casa.
(...)
— Ei, Cat. Tô em casa — uma garota passa pela porta do quarto de Catra e diz.
— Olha só quem lembrou que tem uma casa, uma família pra voltar.
A garota volta. — Não enche. — Olha para mim. — Quem é a nova amiga?
— Oh, é mesmo. Não apresentei formalmente vocês duas. Lonnie, essa é a Adora. Adora, Lonnie, minha irmã.
Dou um pequeno aceno.
— Aí, você demorou dessa vez. Não te vejo tem uns quatro dias. Porque não se muda logo pra casa dele e eu posso finalmente ficar com o quarto maior?
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Hold On • Catradora [Short Fic]
FanfictionOnde Adora tem depressão mas Catra entra em sua vida de repente. [Fanfic escrita por mim, personagens de Noelle Stevenson, todos os direitos à autora] [Edição da capa também por mim, fanart original disponibilizada no Pinterest]