Capítulo 17: Pecados que Sufocam - Parte III

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ALERTA DE GATILHOS: PROFANAÇÃO, RELIGIÃO, CATOLICISMO E CENAS SEXUALMENTE EXPLÍCITAS

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*RECOMENDAÇÃO DE MÚSICA DA TRILHA SONORA PARA O CAPÍTULO: Fuel to Fire - Agnes Obel

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— Sei que eu e meu amigo nos afastamos por motivos diversos, padre. Um dia acordei como artista, queria que ele soubesse que fui uma cantora conhecida em Londres.

Franco se sentiu surpreendido e admirado por ela. Situava-se bobo ao escutá-la contar os feitos.

— Estava tudo bem e de repente coisas aconteceram. Vi a morte de perto, perdi sonhos, pessoas e agora estou aqui. Fugi de um problema e arrumei um pior. Mas não ficarei por muito tempo, planejo resolver de imediato. Acho que será para sempre — o olhar do sacerdote se expôs célere e perdido. — E quem diria que eu reencontraria meu amigo de infância com a imagem mais sagrada e apreciada pela cidade? Enquanto a mim, desejei cessar a vida de desconhecidos para sobreviver e precisei abandonar a arte. Há segredos que guardamos até o túmulo, mas preciso revelar o quanto percebo uma enorme divergência nessas duas realidades.

Gaya... — Franco permitiu escapar e sussurrar o nome da bruxa entre os lábios entreabertos.

Desentendia metades do que ela explanava, mas o tom de sua voz era penoso e o incentivou a acolher.

— Me vejo livre em desabafar com ele, padre. Para entender a diferença nas vivências. Ele escolheu ser assim. Não escolhi perder tudo o que amo — se fez um hiato de segundos mediante os desabafos e o encarou. — Não tenho medo de quem se tornou. Mas será que me defenderia hoje, feito antigamente? O mesmo garoto estranho com a atual relevância? — embargou a voz.

O Gregori se padeceu ainda mais e tudo corria em sua cabeça de maneira incompreensível.

— E não sei se os pensamentos dele acerca de mim são de julgamento por como me mostrei, com quem retornei, pelo que confessei ou em razão da minha história, porque a igreja corrompe. Porém, não me importo — os cantos dos lábios se curvaram para baixo e deu de ombros. — Nem sequer fui comunicada, jamais recebi um simples telefonema, uma carta, uma visita. Me fiz presente em todos os momentos e não o vi junto a mim nos piores da minha existência. Talvez as coisas tivessem sido diferentes.

O Silêncio dos Santos: A Insânia e Ruína do Sagrado (Livro II)Onde histórias criam vida. Descubra agora