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NA: Perdão pelo possível erro cultural desse capítulo em relação ao Blaise, não pesquisei como seria a situação dos negros naquela época, só pensei que gosto do personagem e quis usá-lo. Espero que compreendam! :*
S

ummer A: Oi, querida! fico aliviada que gostou de tudo até agora! E enfim agora a passagem do tempo. Esse capítulo responde todas as suas dúvidas. Espero que goste! Obrigada pelas reviews e por continuar acompanhando! Beijos!
Anabelly: Draco foi muito corajoso, não? E vai continuar sendo! E não se preocupe, a chata da Cho não aparece mais... Fico feliz que tb goste do Marino e do Andrej, mesmo eles nem sendo parte de HP! Não sabe como isso me deixa contente! Obrigada pelo carinho! Beijooos!
S. R. Malfoy: Flor! Que bom que gostou da atitude do Draco, ele terá bastante daqui para frente para cumprir a promessa dele, hihi! A Pansy é uma ótima conselheira, realmente, o que seria do Draco sem ela? Ah, e você descreveu o Andrej muito bem, não tenho nada a acrescentar, hauahau! E pode abraçar o Andrej, ele precisa de uns abraços ás vezes. :] Beijos!
InoMx: oi, querida! Relaxa, a cho Chata já eras, e o Harry, a partir de agora, não vai mais ter desculpas para não agarrar o loiro lindo que tem sob seu teto, ahahah! Beijos!
Larissa: Oi, Lari! Ah, que delícia saber que você continua lendo! E que ótimo também que o outro casal conseguiu te conquistar, espero que continue te conquistando aos poucos... E o romance está vindo, hehehe, mesmo depois de tanto tempo! Beijos!
Joana Malfoy: Oi, querida. Não fique, o Andrej terá seu final feliz. :) Beijos!
Agradeço com todo meu amor por todos os comentários tão amáveis! Boa leitura!

Era uma Vez em Veneza

.11.
T

rês anos depois...
Encostei-me à parede e dei uma mordida generosa na maçã enquanto observava Seamus e Blaise Zabini treinarem esgrima. Eu havia conhecido Blaise em uma das festas que os burgueses ricos de Veneza ofereciam vez ou outra. Ele era um ano mais velho, alto, de pele escura como ébano e sorriso contagiante. Era fácil gostar dele, então viramos amigos.
Seamus se aproximou de nós quando Blaise demonstrou-se amigável com ele. Ele nunca havia me pedido, mas quando Blaise se ofereceu para ensinar-lhe esgrima, Seamus aceitou de imediato, empolgado com a possibilidade. Era um homem que aprendera a lutar por si próprio, logo, era sempre divertido observar meu amigo humilhá-lo na arte da espada.
"Seamus, você está com o braço muito baixo. E ajeite a postura do seu corpo. Está parecendo uma bailarina desengonçada!" Provoquei. Estávamos em um espaço quadrangular entre várias casas: uma pequena praça, com uma fonte no centro. Eu os olhava de cima, sentado com as pernas esticadas em um muro que separava a praça de um canal que passava silencioso pela transversal. Era um lugar bom para treinos – calmo e isolado.
Sorri divertido quando Seamus me xingou com um grasnado, porém arrumando a posição do corpo e do braço.
"Você está indo bem, Seamus. Não dê ouvidos ao bastardozinho implicante." Blaise ofereceu uma piscadela a Seamus enquanto eu abria uma careta de indignação. "Agora, tente de novo."
"Draco, não atrapalhe!" Seamus gritou exasperado. Isso porque eu atirei a maçã com força na cabeça de Blaise, atingindo-o em cheio. Com toda a dignidade que havia em mim, pulei graciosamente do muro e tirei minha espada da bainha, esticando-a em direção a Blaise.
"Lute pela sua vida, cão pulguento!" Bradei, e avancei. Blaise rapidamente se recuperou e começamos a duelar. Ouvi Seamus soltar um bufo exasperado por eu ter acabado com seu treino, mas não me importei. Tínhamos tempo, e era cedo ainda. Nossas lâminas se chocaram e a dança começou.
Blaise era bom, mas eu era melhor. Havia aprendido tudo que sabia com Harry, e Harry era o melhor esgrimista de Veneza. Nós treinávamos duas vezes por semana, e hoje em dia os treinos eram duros e cansativos, e pioravam a cada aula. Mas eu gostava, era minha chance de estar mais próximo de Harry, de poder olhá-lo diretamente nos olhos e não precisar me envergonhar por isso.
Era um dia abafado. Suor já escorria por meu rosto quando Blaise avançou pondo força no ataque. Eu me desviei e fugi, subindo na borda da fonte e escapando para o outro lado. Minha fuga pareceu dar confiança a ele, que avançou com imprudência. Era tudo que eu estava esperando. Pulei de volta ao chão, dei um giro sobre meu corpo e chutei a parte de trás de suas pernas. Ele caiu de joelhos e se segurou à borda da fonte, pronto para levantar, mas então minha lâmina já estava em seu pescoço.
"Quem é o bastardozinho insolente agora?" Perguntei petulante, com um sorrisinho enviesado. Mas baixei a espada. Não deveria ter baixado a espada. Blaise girou o corpo, pegou-me pela cintura e me jogou dentro da fonte. Soltei uma exclamação de susto e, quando consegui ficar de pé, estava completamente molhado.
"Aparentemente você, um bastardozinho insolente e ensopado." Ele falou, e então explodiu em gargalhadas. Seamus o acompanhou. E no fim eu estava rindo também. Quando me recuperei, joguei água nos dois e xinguei-os mais um pouco enquanto saía da fonte.
Mordred, atrasado, apareceu correndo para me salvar, praticamente voando em cima de Blaise e querendo mordê-lo. Eu desconfiava que ele sentisse ciúmes de Blaise por termos virado amigos.
"Draco, tire esse coelho maluco de cima de mim!" Ele exclamou, tentando segurar Mordred, que estava correndo ao redor de seu corpo como uma pulga furiosa. Meu coelho continuava pequeno, magro e peludo, e me acompanhava sempre. Eu não saberia o que fazer quando ele não estivesse mais ali. Diziam que os coelhos viviam em média sete anos. Mordred já estava há quatro anos comigo.
Ficamos o resto da tarde divertindo-nos e treinando. Eu estava de 'férias' de minhas aulas desde que havia completado dezoito anos. O carnaval viera e passara, e nada de Harry recontratar os professores. Perguntava-me o porquê disso, mas eu estava gostando dessa liberdade.
Blaise e eu havíamos entrado de penetras em várias festas durante o carnaval, ou sentávamos em algum lugar e observávamos o movimento. Seamus vinha conosco nesses momentos e era sempre divertido ouvir suas palavras de desprezo a esses 'costumes burgueses extravagantes'. Já Harry sumia nesses dias. Ele precisava lidar com questões políticas e jogos de influências, mas eu sabia que também havia suas incansáveis conquistas e aventuras amorosas. Ele terminara com Cho Chang há três anos, no dia seguinte que eu havia dito que o amava. Ela partiu de Veneza pouco depois. Eu me senti exultante à época, mas isso não fez com que Harry me olhasse de modo diferente. Nossa relação manteve-se a mesma, como se eu nunca houvesse me declarado.
Foi bom conhecer Blaise e, consequentemente, tornar-me mais próximo de Seamus. Anna casou-se com Justino e agora morava com ele, trabalhando como costureira junto com a mãe do rapaz, mas também ensinando crianças num instituto para jovens carentes. Ela se tornou uma costureira bastante requisitada graças aos ensinamentos que recebeu da mãe do marido. Ela estava feliz, e eu sentia falta dela, mas a visitava regularmente.
"Vocês ficaram sabendo?" Perguntou Blaise enquanto fazíamos nosso caminho de volta.
"Sabendo o quê?" Perguntei distraído, olhando Mordred correndo à nossa frente, como se nos escoltasse, e arriscando alguma música em minha velha gaita.
"Há rumores de que Riddle está para voltar." O tom dele foi sombrio. Encarei-o perplexo e arregalei os olhos, sentindo algo gelar dentro de mim.
"O quê?"
"Não é um rumor. Há homens dele por Veneza." Seamus falou sério.
Eu o olhei indignado. Por que eu não sabia sobre isso? Harry certamente tinha algum dedo em me manter ignorante sobre o assunto.
"Como você sabe disso e eu não?" Perguntei aborrecido. Seamus sorriu convencido, pela primeira vez com um real pretexto para isso.
"Eu trabalho para o Sr. Potter. Obviamente sei dessas coisas." Ele disse desdenhoso. Às vezes eu me esquecia que Seamus trabalhava para Harry. Eu não tinha ideia do que ele fazia.
"Então, é isso. Meu pai anda reclamando da possibilidade de ter o homem por perto de novo. Riddle de volta a Veneza nunca é boa coisa. A cidade é pacata quando ele não está por aqui." Blaise colocou as mãos atrás da cabeça enquanto atravessávamos a Praça de São Marco, parcialmente encoberta pelas brumas da noite.
"Harry vai prendê-lo se ele voltar." Respondi com confiança, mas Seamus balançou a cabeça, negando.
"Já se passaram quatro anos... Harry não tem mais pretextos para colocar Riddle atrás das grades. E se o homem está voltando, ele veio preparado para a guerra." O silêncio nos envolveu por alguns minutos após a fala agourenta de Seamus.
"Bem, vejo vocês amanhã." Blaise se despediu. O palazzo dele ficava para o lado oposto do de Harry. Ele pulou em uma gôndola e desapareceu canal abaixo. Eu, Mordred e Seamus subimos em outra.
Sentei e olhei para Seamus.
"Você não entende," Disse, convicto. "Harry vai prendê-lo se ele voltar."

Era uma vez em veneza Onde histórias criam vida. Descubra agora