Prólogo

926 58 0
                                    

|Tempo|

Narradora On

Aquele mundo parecia a beira de um colapso, os homens de capa preta e nuvens vermelhas eram poucos não tinha tanto tempo, mas agora, pareciam uma praga que se alastrava através dos países shinobe, fazendo vítimas por onde passavam.

Tragédias e tomadas de vilas sem defesa provocavam deslocamento de civis a lugares mais fortificados. Chá, grama e a vila das flores se afundaram nas montanhas Togatta, buscando proteção da barreira de pedra, depois dos ataques da organização, selando suas passagens por proteção, mantendo a fúria do Anjo de Deus do lado de fora.

Países maiores se mantiveram reclusos ou cuidados, aceitando refugiados que podiam provar que não eram da Vila da chuva, fortalecendo seus muros, enquanto países menores caiam, aos poucos.

Em meio a todo esse caos, Sakura se mantinha forte, indo de aldeia em aldeia, ajudando nos postos de saúde, atendendo quem precisava, mantendo esse caminho durante dois anos inteiros, aprimorando suas habilidades médicas e ninjas, ao lado de seu Hoshi e dos pergaminhos de Tsunade, que relatava a vida de Tatsumi dentro de Konoha, deixando o coração da rosada aquecido. Além disso, a loira mandava ensinamentos médicos quando casos mais graves apareciam, compartilhando medidas mais efetivas.

Entrentanto, depois de meses a rosada já sentia se preparada para atender sem consultas a sannin, se aprofundando no trabalho, em cirurgias, feitas em buracos improvisados, sem muitos recursos a disposição. Sangue e sujeira eram seus companheiros corriqueiros de jornada, além de abater um ou dois membros da organização que ameaçavam os civis que estavam em seus cuidados, o que resultou em pura admiração dos demais, fazendo com que seu nome corresse de boca em boca.

Assim como seu sobrenome.

|_|

Tsunade On.

A cadeira macia fazia falta, assim como os tempos de dias pacíficos. As coisas pareciam ter apertado com o avanço da organização, Akatsuki, tomando os território de cada país, o pior eram nossos companheiros de Suna, no país do vento, com 25% de seu território tomado pela organização criminosa.

As fronteiras foram fechadas as presas, enquanto as forças da Vila da chuva avançava, a mando se Konan, uma ninja astuta. Depois da morte de Pain e de Nagato, seu descontrole parecia piorar a cada ano que se passava. Até mesmo Orochimaru tinha ficado recluso em seus esconderijos, pelo menos o que ainda eram seguros.

Não acho que tenha se acovardado, não era diferente de Konoha, os cuidados permaneciam do monte Hokage a floresta do fogo, com turnos de ninjas de elite, me fazendo lembrar da Terceira grande guerra. Quando tinha perdido tudo que mais prezava, me fazendo abandonar aquele lugar, que agora, estava protegendo com unhas e dentes.

Sangue, suor, cheiro de feridas podres e corpos se decompondoo eram as lembranças mais sufocantes, além de ver meus colegas morrerem por falta de recurso ou pelas mãos do destino cruel. Jamais desejaria algo tão cruel a nova geração, mas parecia que o mundo não conseguia manter a paz, recorrendo a violência, da maneira mais extrema, destroçando famílias, vilas, vidas de pessoas inocentes, que em nada tinham haver com aquele conflito.

O que me fazia lembrar da pequena Haruno, tinha se passado tanto tempo que mal reconheceria sua silhueta. Nos comunicavamos apenas pelo pergaminho velho, dando pequenas missões de reconhecimento e de pedido de socorro de vilas atacadas pelos seguidores de Konan, que ficava cada vez mais faminta de sangue e de território.

Mantive as rédeas de todos, forçando Naruto e Jiraya a voltarem correndo quando a ameaça de Amegakure* se tornou mortal demais. A Akatsuki tinha se tornado mais do que uma organização criminosa, tinha se tornado o punho forte, que nos esmagava aos poucos.

E enquanto os países se preocupavam com seus próprios umbigos, várias pessoas morriam dia após dia.

Kuso!

- Tsunade-sama? _ encarei Shizune, sentindo o vento penetrando pelas janelas, embalando minhas preocupações_ civis estão chegando aos nossos portões e estamos com os alojamentos lotando rápido demais.

Além de me preocupar com a ameaça de Konan, ainda precisava construir mais abrigos e desafogar o hospital, eram coisas demais pra se resolver e os conselheiros não estavam dispostos a ajudar em nada que não fosse militar. Danzo deve estar se engasgado com a própria arrogância, se recusando a ofertar seus ANBUS de elite a patrulhar nosso território. Aquela erva daninha, o que estaria tramando pelas minhas costas?

- Tsunade-sama?

- Chame Shikamaru aqui.

Se ele ia jogar daquele jeito, eu iria fazer do meu jeito, vamos ver até quando isso vai permanecer assim.




Glossário do Capítulo

Amegakure: Vila da chuva

A Jornada - LaçosOnde histórias criam vida. Descubra agora