Capítulo 25

226 21 0
                                    

|Lágrimas|

Algumas horas antes

Narradora On

Os clarões dos relâmpagos ressoavam enquanto a rosada socava e nocauteava seus inimigos, deixando-os resumidos a poeira, ou pelo menos sem os dentes e com alguns ossos trincados. Os soldados Haruno não eram grandes coisas, eram agressivos e nenhum pouco espertos pra notar os padrões dos movimentos da jovem, que batia as mãos uma na outra, tirando a poeira das luvas negras, observando o trabalho bem feito. Estava usando mais os punhos, com a quantidade suficiente de chakra aplicada, mas ainda sentia o corpo abatido pelas reservas serem quase exclusivas para o selo do byakugou, e sem Hoshi no momento, seu cansaço parecia ter um peso maior. Sentia falta de seu companheiro, mas ainda achava injusto envolve-lo depois de tanto esforço, enquanto ela ficava passiva aos seus cuidados, merecia descanso.

- Yoshi..._ deu uma ultima olhada no lugar parcialmente destruído, se aproximando do buraco por onde Itachi tinha saído com os outros, mas nem teve tempo de passar, já que uma kunai cruzou seu campo de visão, desviando no ultimo minuto.

- Você...você pensa que vai sair assim?_ Sakura se virou, olhando a expressão de ódio de sua irmã mais nova, que tinha Saito ao seu lado, compartilhando os sentimentos da irmã, que puxava mais uma kunai da bolsa da cocha, peitando a rosada de frente.

- Eu penso que sim_ a rosada revirou os olhos, se afastando mais uma vez, sendo mais uma vez impedida pela rosada, que lançou a kunai, passando raspando pelo rosto da Haruno, que sentiu o sangue descer pela bochecha, sinalizando o corte superficial. Saori tinha a confiança que ela não tinha quando era gennin, assim como as habilidades de mira perfeita, que parecia ser de família, mas a raiva, a petulância da jovem, no fundo dos olhos brilhantes da pequena, Sakura nunca tinha visto quando se olhava no espelho, naquilo, não tinha herdado da matriarca, e tinha orgulho disso.

- Saito!_ Saori correu na direção da rosada, sendo acompanhada pelo irmão, que puxava fios de ferro das mangas da blusa comprida, lançando na Haruno mais velha, que pulou, fechando as mãos em punhos. Saori lançou kunais em pontos significativos da irmã, que desviou em pleno ar, socando o chão com sua força descomunal, desequilibrando os gémeos e arrancando pedaços do chão, levando corpos de soldados inconscientes para o fundo.

Sakura não esperou se recuperarem, avançou no mais próximo, pegando Saito pelo pescoço, jogando o mesmo contra o corpo da irmã, que ainda tentava se levantar do chão, que gritou, segurando o irmão de mal jeito, causando a queda de ambos em cima de pedras deformadas, arrancando grunhidos de ambos. Os olhos afiados de Saori pousaram na irmã mais velha, que mantinha o olhar firme em cima dos dois, não se deixando abalar com nada, principalmente com a cara da mais nova.

- Pirralhos_ Sakura se virou em seus calcanhares, pulando o buraco, caindo graciosamente no riacho de baixo, dando uma ultima olhada na direção de onde tinha saído. Seria a ultima vez que os veria e não sentia nenhum remorso do que tinha feito. Afinal, eles não eram sua família, nunca seriam e nunca teriam um espaço em seu coração. Eles não mereciam.

Sakura correu o máximo que pode, mas não conseguiu despistar os irmãos, que apareceram na sua frente, junto com um enxame de pétalas de cerejeira, materializando seus corpos do nada. Saori tinha os dentes trincados de raiva, fazendo selos movida pelos sentimentos que sentia, lançando pétalas de cerejeira na direção da rosada, cortando a pele da irmã mais velha, que tentava inutilmente desviar. Saito entrou no meio, avançando em Sakura, usando taijutsu, enquanto as pétalas focavam em atingir a rosada.

- Pegamos você!_ Saito gritou, socando o rosto de Sakura, que segurou o punho do mais novo, chutando sua barriga com força, jogando-o contra uma das arvores do entorno, arrancando filetes de sangue da boca do garoto, que grunhiu, segurando a barriga com força. Saori arregalou os olhos, mas não cedeu, continuou atacando a irmã usando as petalas, até seu limite.

A Jornada - LaçosOnde histórias criam vida. Descubra agora