4

56 4 0
                                    

 
Após alguns minutos de vôo e da sensação reconfortante de sentir Sylva o abraçando, ele manda Ignácio pousar no alto que uma montanha, em uma chapada. Eles desmontam e Fletcher infunde Ignácio, para ficar totalmente sozinho com Sylva. Os meses longe da amiga, haviam feito o rapaz se sentir solitário, mesmo com a presença da mãe, Alice, e de seu pai adotivo, Berdon.
- É muito lindo - exclamou a elfa ao ver a paisagem a sua frente - Agora entendo porque é seu lugar favorito - ela dizia enquanto se sentava na grama rasteira chamando Fletcher para se sentar ao seu lado.
- Sim, esse lugar é maravilhoso - dizia ele enquanto se sentava obediente ao lado da amiga.
Um silêncio estranho caiu sobre os dois, até que Sylva tomou coragem para dizer alguma coisa.
- Fletcher... Talvez você não saiba, mas a lei que proibia a relação entre um elfo e um humano, foi previamente mudada - ela dizia com um cuidado muito grande, para que o rapaz entendesse até onde ela queria chegar - Agora, alguns elfos podem se relacionar com humanos. São poucos, mas já são um começo - sua voz vacilou, o que fez o rapaz olhar para ela com um olhar de quem não estava entendendo - Fletcher... Eu sou uma dos elfos escolhidos para isso.. - ela terminou a frase e os olhos do rapaz diziam que finalmente tinham entendido a linha de raciocínio da amiga.
- Pensei que nunca mudariam essa lei - sussurrou o rapaz, corando por ter recebido um olhar malicioso da elfa, que foi recebido com um sorriso envergonhado.
  Minutos se passaram, e enquanto Sylva olhava as terras a sua frente, ela sentiu um toque na sua mão. Tímido e envergonhado, porém suave e aconchegante. Ela olhou para Fletcher, e viu que seu olhar estava direcionado para suas mãos. Ela gentilmente levanta a mão do rapaz, entrelaçando os dedos dele com os seus, enquanto direcionava os olhos do Fletcher, para si. Enquanto Fletcher encarava aquela que ele verdadeiramente amava, ele viu Sylva começar a se inclinar em sua direção, chegando tão perto, que ele podia sentir o cheiro fresco que existia na pele da elfa, até que gentilmente, a distância foi reduzida a nada, e os lábios de ambos se tocavam num beijo que Fletcher queria havia muito.
  Ele estava feliz, agora ele tinha certeza do que iria fazer, do que ele precisava fazer.

Conjurador: A Família RaleighOnde histórias criam vida. Descubra agora