Desfecho.

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[Notas da autora: Olá! Como estão?

Vim dar a notinha no começo do capítulo porque tenho algumas coisas para dizer. Primeiramente, eu alterei algumas coisas no calendário escolar da U.A. Dei uma "abrasileirada" para se tornar algo mais próximo da nossa realidade, dessa forma, eu consigo escrever melhor, sem ter que explicar porque cada coisa é do jeito que é. O ano letivo termina em Março no Japão, mas na nossa história vai acabar junto com o ano, como é por aqui, ok?

Esse capítulo é bem grandinho, então não vou enrolar vocês. Boa leitura!]

As provas finais aconteceram na última semana de dezembro. Embora fossem as últimas semanas da turma 3-A dividindo o mesmo teto e a mesma sala de aula, ninguém estava disposto a aproveitar os momentos juntos, pois estudar era mais importante.

Uraraka passou os últimos dias de novembro tão imersa nos estudos, que até seus sonhos foram invadidos por conteúdos de provas. Ela teve pesadelos onde ao pegar a prova final, descobria que tinha estudado a matéria errada.

Foi uma semana exaustante, e quando Ochako deixou a última prova em cima da mesa do professor Cementoss, foi como se toneladas fossem retiradas de suas costas.

O medo dos resultados não foi maior do que o alívio por ter finalmente terminado, e na noite da última prova, houve uma festa no Heights Alliance entre a turma 3-A e 3-B. Os alunos pediram pizzas, olharam filmes e jogaram jogos de mesa. Aizawa não interviu na festa, nem quando o toque de recolher foi alcançado.

Naquela noite, ela se divertiu muito. Riu até a barriga doer, ganhou algumas partidas no vídeo game contra Kaminari e até se arriscou no pôquer.

Haviam momentos em que ela não conseguia evitar e ficava meio deprimida. Eram seus últimos dias com sua turma, com seus amigos que se tornaram algo como uma família para ela, depois de todo aquele tempo. Mesmo assim, ela sempre achou que seria bem pior ter que se despedir.

O que a mantinha positiva era a perspectiva do que estava por vir, afinal, assim que ela recebesse seu diploma, sua vida inteira viraria de cabeça para baixo.

Em menos de duas semanas, ela já teria esvaziado seu quarto e voltado para a casa dos pais, logo haveria a formatura da turma, e depois disso, se mudaria para Osaka, para começar a trabalhar no emprego dos seus sonhos.

Aquela escolha lhe fazia sentir borboletas no estômago. Ao mesmo tempo que desejava sua independência, ela sofria por se imaginar longe de seus amigos, seu sofrimento era ainda maior quando ela se divertia tanto como no presente momento.

Ela sabia que ainda havia pendências para serem resolvidas em sua vida, mas ela já tinha decidido que não iria mais insistir em tentar encontrar um problema com o qual não saberia lidar. Aquela pendência em questão estava sentada no sofá, a poucos metros dela.

Bakugou estava vestido de preto, sempre de pés descalços. Sua expressão revelava tédio, enquanto ele observava Kirishima e Sato travarem uma queda de braços.

A relação deles se tornou tão distinta nos últimos meses. Na metade daquele ano, Ochako nunca teria se imaginado naquela situação, olhando para Katsuki, sentindo seu coração apertar.

No final das contas, não conseguiu descobrir do que ele e Kirishima estavam falando naquele dia que ela os ouviu escondida.

Todas as suas suspeitas eram indiferentes naquele ponto. Ela estava indo embora. E ele nunca fez nada a mais do que simplesmente tratá-la bem, e aquilo não era o suficiente para comprovar uma paixão, mesmo vindo de Bakugou.

Ela gostava do jeito que as coisas estavam, e mesmo com aquela dor no peito, não gostaria que nada tivesse sido diferente.

Os dois tinham estabelecido uma ligação natural. Uraraka tinha sim forçado algumas interações com ele, em ordem de descobrir algo sobre o que tinha ouvido escondida, mas não era capaz de forçar um afeto espontâneo que os dois despertaram.

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