Quatro encontros.

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Bakugou chegou em casa depois das dez horas pela quinta vez naquela semana. A sala de estar de seu apartamento estava às escuras, ele adentrou o ambiente sem fazer o esforço de ligar as luzes. 

Tirou seus sapatos do lado da porta e deixou suas chaves na mesinha. O silencio monótono do apartamento só era cortado pelo som distante da água correndo do chuveiro, no quarto de Kirishima.

Katsuki caminhou para a cozinha, carregava no rosto uma expressão de aborrecimento e amargura, além de um grande hematoma arroxeado no lado esquerdo da face.

Ao abrir a geladeira, um grito distante veio do final do corredor.

— Não precisa cozinhar! Eu encomendei comida!

Ele fechou a porta da geladeira com uma batida e se virou para a bancada, apoiando suas mãos contra o mármore gelado. Hoje ele queria cozinhar, mesmo que estivesse muito cansado.

Quando estava cozinhando, sua mente se concentrava na tarefa e ele tinham menos espaço para pensar, porque pensar, era exatamente a coisa que Bakugou estava evitando fazer nos últimos dias.

Caminhou para o seu quarto, com a cabeça pesando algumas toneladas em cima de seus ombros.

Em seu quarto, ligou a luz. O ambiente com limpeza clínica expressava tão pouca personalidade que mais parecia um quarto de hóspedes. As marcas de Bakugou eram as roupas escuras no armário, seus prêmios e medalhas guardados e as cortinas escuras que bloqueavam toda a luz do sol.

Ele tirou a camisa, colocando no cesto de roupa suja e cruzou os braços no meio do quarto, procurando desesperadamente algo para fazer. Não havia nada que pudesse distraí-lo.

Desistindo de esquivar, Bakugou puxou a cadeira de sua escrivaninha e se sentou, tirando o celular do bolso e digitando a sua senha.

A tela já estava aberta no que ele procurava. Um post em um site de noticias, na capa, um rosto rosado e redondo extremamente familiar destaca-se. Ela estava exatamente como ele se lembrava: Dolorosamente bonita.

O som de uma porta se abrindo o fez virar o rosto. Kirishima apareceu no final do corredor, esfregando uma toalha nos cabelos escarlates.

— Bro, você viu, né?

Bakugou não gosta de demonstrar pena de si mesmo, então, assentiu com indiferença, e largou o celular em cima da mesa, como quem não se importa. Mas sua expressão não deixou ele mentir, sua testa se franziu inconscientemente.

— Bro eu... — Kirishima caminhou até a porta esfregando o cabelo com nervosismo — Eu sinto muito, não sei nem o que te dizer, deve ser muito-

— O que você pediu para o jantar?

— An... — O ruivo engoliu a seco, ele definitivamente não sabia lidar com Bakugou frustrado daquele jeito — Lamen.

— Ótimo, vou tomar um banho agora.

Kirishima observou o amigo pegar umas roupas e passar por ele. Com um suspiro, foi ao seu quarto e pegou o celular na mesa ao lado da cabeceira da cama.

Abriu o mesmo post que tinha lido mais cedo. Na capa da matéria, Uraraka Ochako  sorria enquanto abanava para alguns fotógrafos.

'Romance no mundo dos heróis: Uravity revela relacionamento sério com civil, boatos sugerem que se trata de um enfermeiro do hospital central de Osaka"

— Que Droga, Ochako — Ele resmungou, sentando em sua cama — Porque você não esperou por ele?

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Akai itoOnde histórias criam vida. Descubra agora