Capítulo 4 - Apaixonado Doentio

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- Edward

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- Edward... Eu amo você, de verdade...

Eu encaro a bela menina de cabelos encaracolados, olhos negros como a noite e pele da cor do chocolate mais delicioso.

A menina que eu achei que amava... Que eu cheguei a nutrir um sentimento mais próximo do tal amor que todos dizem.

- Você vai se casar comigo quando crescer?

- Eu vou... Eu juro.

Meu coração não aquece com aquela promessa... Na verdade, eu sei que ela está mentindo...

Então de repente, não estamos mais no ambiente onde só nós dois estávamos... Agora tem um grande salão e a mesma menina está crescida e ao lado de alguém que parece muito comigo, mas não sou eu.

- Isabel... - Digo seu nome choroso. - Você prometeu que me escolheria... Você prometeu que seria minha...

Ela me lança um olhar frio e insensível, como se não tivéssemos passado anos juntos, como se não tivesse dito que me amou tantas vezes...

- Eu falei isso? Por favor... Não diga coisas estranhas na frente do seu próprio irmão... Você não tem vergonha de cobiçar a noiva dele? Não tem vergonha de querer tudo o que ele tem?

Meu irmão me lança um sorriso sarcástico.

- Irmãozinho... Não vá chorar bem aqui na frente de todos, vai?

Eu não consigo controlar isso! Poxa... Meu... Coração dói tanto que a dor cria essas drogas de lágrimas nos meus olhos... Como faço para parar?

Não... Não... Não...

Estou chorando como um bebê na frente deles... Estou sendo humilhado...

Alguém faz isso parar... Por favor... Eu só... Eu só queria ser amado... Eu só queria conseguir amar...

Mate todos eles ao invés de chorar
Uma voz fala na minha cabeça.

Não... Torture todos eles e os deixem morrer lentamente.
Outra voz diz.

Não... Você não pode machucá-los... São sua família.
Outra voz diz.

Minha cabeça lateja com tanta vozes diferentes me dizendo o que fazer, mais é mais vozes vão surgindo, cada uma me mandando fazer algo diferente.

O ambiente sumiu, meu irmão e a Isabel sumiram. Tudo a minha conta é escuridão, preto denso.

Tampo os ouvidos para ver se ajuda a acabar com minha agonia... Mas nada muda, as vozes ficam cada vez mais altas...

Então finalmente todas elas param e sussurram juntas.

Anne... Annelise.

Acordo abrindo os olhos rapidamente, como se tivesse ansioso para sair do meu sonho maldito.

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