Capítulo 44 - Traição

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Estar casada é tão bom

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Estar casada é tão bom... Edward e eu... parece que estamos vivendo em um conto de fadas. Tudo parece tão certo quando estamos juntos.

Quando ele precisa cuidar de assuntos da máfia é o único momento em que não ficamos juntos. Fora isso estamos grudados o tempo todo.

Ele cuida de mim como se fosse a coisa mais importante de sua vida e eu estou completamente viciada nesse homem.

Eu não interferia em nenhum tema da máfia, para Edward está claro que eu nunca quis me envolver com nada disso, então ele cuidava de tudo sozinho.

Hoje é um dia atípico e eu quero fazer compras. Eu nunca quero comprar nada, mas hoje em específico eu estou com vontade de comprar algo... Algo pro Edward.

Decido pegar um dos muitos carros que Edward tem e sair por aí com meu cartão de crédito ilimitado, vou fazer uma surpresa pra ele então não quero avisar que estou saindo.

Dirigindo pelas ruas cheias de árvores, verdes e um céu azul lindo, me sinto calma e tranquila... Eu me sinto feliz. Eu acho que talvez eu realmente ame o Edward ou se isso não for amor, é um sentimento que me faz bem.

Enquanto devaneio sou surpreendida com uma figura masculina que se joga na frente do carro. Para desviar dele jogo o carro para o canto e colido com uma árvore.

Sinto doer várias partes do meus corpo e tento tirar o sinto de segurança.

Que porra foi essa?

Antes que eu consiga me soltar, tem uma arma apontada para a minha cabeça e eu ouço a voz de Edmund.

- Oi gracinha...

- Vai se foder! - Digo confusa pelo acidente... Estou atordoada e com ódio.

- Você deveria ser mais atenciosa ao dirigir. - Diz sarcástico.

- Se eu soubesse que era você tinha passado por cima, seu merda. - Cuspo as palavras.

- Acho que você está esquecendo que tenho uma porra de uma arma na mão, não é, boneca? - Ele diz com ódio e acerta minha têmpora com a arma.

Eu gemo de dor.

Filho de uma puta.

- Seu marido, meu querido irmão, já está vindo atrás de você... Então eu quero que faça exatamente o que eu mandar.

- Não vou fazer porra nenhuma! - Cuspo na sua cara.

Por um milagre consigo tirar o cinto e abro a porta com violência afim de acertá-lo.

Acerto sua testa em cheio com a porta do carro e corro de volta para a estrada.

Edmund me alcança e segura minha cintura.

- Tire suas mãos de mim! - Me debato.

- Puta que pariu! Mulher louca! - Ele resmunga.

Sou sacudida fortemente e obrigada a olhar pra ele quando ele me vira nos colocando frente a frente.

- Escuta vadia! Escuta! - Ele me mostra um controle. - Está vendo isso? Tá vendo essa porra na minha mão? Isso aqui é um detonador de bomba. Tem uma bomba no carro do seu marido e eu vou detonar se você não colaborar.

A cor foge do meu rosto. Eu não sei o que dizer. Ele pode estar blefando. Eu arriscaria se fosse a minha vida, agora... A do Edward?

Não... A dele eu não arriscaria.

Meu coração está tão acelerado e batendo tão forte que sinto dor.

- Tudo bem, farei o que quiser.

Ele sorri de lado.

- Boa menina. Vamos para o meu carro.

Antes que pudéssemos chegar no carro dele, vários outros carros chegam e vejo Edward pular pra fora do carro dele quase desesperado.

- É melhor você fazer a porra do seu marido acreditar que você está indo comigo por que quer. Mesmo ele nessa distância do carro, não vai sobreviver.

- Edward não! Não se aproxime! - Grito sentindo meu coração martelar no ouvido.

Ele me olha confuso mas posso ver sua cautela.

O que eu digo? Nada que eu possa dizer fará ele me deixar ir com esse maldito.

Mas não posso arriscar a vida dele... Não a dele.

Isso vai doer mais em mim do que em você, Edward...

Começo a sorrir como uma vadia.

- Eu não quero você, não vou voltar com você! Agora eu estou com Edmund.

Edward pisca algumas vezes. Eu olho para Edmund que não tira os olhos de mim e seu polegar está sobre o botão vermelho do controle, pronto para apertar a qualquer momento.

- Anne, se afaste do Edmund.- Edward diz calmo... Calmo demais para ser normal. Frio como o gelo.

- Você ouviu ela, Edward! Ela é minha agora... Ela te deixou e preferiu a mim, um homem de verdade... Assim como a Isabel.

Meu coração aperta, eu sinto vontade de chorar, mas o dedo de Edmund ainda está no botão.

- É isso mesmo, Edward. Eu estou deixando você.

Seu olhar vacila e por alguns segundos ele parece perdido.

Sinto meu coração se partindo em vários pedaços.

- Anne... Não acredito. Você prometeu.

- Não... Eu disse que não te amava. E eu descobri que não amava por que a pessoa certa para mim era Edmund.

- IMPOSSÍVEL! - Ele perde o controle e começa a vir em minha direção.

Eu ando até Edmund que faz menção em apertar o botão.

Em total desespero eu me atiro em seus braços e o beijo na frente de Edward.

Pela visão periférica vejo ele caindo de joelhos.

Os lábios de Edmund ficam paralisados mas depois o maldito reage e corresponde o beijo.

Seus lábios são macios e seu hálito é bom e quente. Ele não beija mal... Mas a chama que costuma me invadir quando beijo alguém não acontece... No lugar dela há um bolo na garganta.

- Por favor, não o mate, eu vou cooperar! Farei tudo que quiser, mas não o machuque - Suplico em desespero total.

Eu ouso olhar para Edward que está ajoelhado estático nos olhando.

Eu não consigo nem mais atuar... E tudo fica muito muito pior quando vejo seu olhar desiludido e atordoado inflamar, o ódio e a perversidade tomam conta do seu ser.

- Entra no carro, Anne.

Antes de Edward ter tempo de reagir, nós entramos no carro e vamos embora.

Eu não quero chorar na frente de Edmund mas eu estou tão devastada, destruída.... Eu o traí... Eu o trai na frente dele e agora ele acha que sou uma vadia como a Isabel.

A única coisa que consigo me concentrar são nas batidas do meu coração que estão alucinadas.

Me perdoa, Edward! Por favor me perdoa... Mas agora... Vendo a possibilidade de você morrer, de te ferirem... Eu tenho certeza! Assim como o sol que nasce todas as manhãs e a lua que ilumina todas as noites... Assim como o ar que eu respiro é real...

Edward...
Eu amo você...

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