Capítulo 46 - Desespero

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- Não vai dar certo

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- Não vai dar certo. Seja lá o que você esteja planejando, não vai dar certo. Edward é infinitamente mais esperto que você, ele vai te encontrar e vai te matar. - Digo enquanto estou amarrada em uma cama, numa cabana no fim do mundo.

- Ele vai me matar, mas também vai matar você. Vamos pro inferno juntos. - Edmund diz me observando com interesse que me incomoda. - Você beija bem.

- Vai se foder, seu maldito! Eu vou assistir sua morte com prazer. - Digo irritada.

Edmund segura meu maxilar com força me olhando com um desejo nítido que me faz tremer de medo da cabeça aos pés.

Por favor, não me estupre, por favor... - Peço mentalmente.

Ele olha para meus lábios e depois para meus olhos, é muito visível o meu medo e posso ver que ele se diverte com isso.

- Eu sei da sua história... Sei que foi estuprada várias vezes desde nova e sei que dificilmente resiste a sexo. Eu quero tirar uma prova.

Meus olhos se arregalam.

- Não ouse encostar em mim!

- É? Por que não? Já que eu vou ser morto, preciso aproveitar meus últimos minutos.

- Se fizer isso, vai morrer da pior maneira. - Tento.

Edmund ignora meus protestos e beija meu pescoço.

Eu fico tensa, achei que me arrepiar ia mas isso não aconteceu. Meu corpo não o responde em absolutamente nada... Quase como se soubesse que esse não é o toque do seu... Dono.

- Edward... - Chamo baixinho. - Vem me salvar...

As mãos de Edmund percorrem meus seios e depois vão até minha intimidade.

Eu mordo a língua para conter o choro.

Então eu tenho uma ideia... Se eu fingir que é consensual, ele terá que me soltar.

Eu me esforço muito para fingir que estou gostando, sinceramente é difícil. Seu toque é asqueroso.

Edmund solta um risinho caindo na minha jogada e me beija.

Eu dou o meu melhor para corresponder sem vomitar na boca dele.

- Edmund... Eu quero você... Me deixa te chupar. - Digo mordendo o lábio.

- Vou te soltar. Não tente nenhuma gracinha.

- Eu só quero tentar fazer você se desmanchar com a minha boca. - Digo.

- Agora entendo por que o Edward era viciado em você, vadiazinha. Você é quente...

Edmund me solta e eu finjo me ajoelhar para chupar seu pau.

Mas ao invés de chupar eu soco suas bolas com toda a minha força.

Depois eu pego um abajur que estava no criado mudo e bato na sua cabeça até ter certeza que ele estava desmaiado.

Eu passo as mãos pelo corpo tentando limpar e tirar todo o vestígio de Edmund do meu corpo e saio do quarto em direção à porta.

Estou tremendo, só de pensar que eu estava prestes a ser estuprada. O medo e o  pavor me fazem querer vomitar.

Eu tento abrir a porta e para o meu alívio ela está destrancada.

Ouço um gemido vindo do quarto e olho para a direção de onde ele veio para me certificar de que ele não está vindo atrás de mim.

Não vejo ninguém então eu me viro e começo a correr.

Ou começaria... Se não tivesse batido com a cara no peito de alguém.

Tremo de medo e solto um grito de susto.

Mas quando vejo que é Edward na porta, minha primeira reação é abraçá-lo e chorar.

- E-ele... T-tentou... Ele tentou me estuprar. - Digo soluçando.

Não sinto os braços de Edward me envolver, não ouço sua voz e sua respiração é calma.

Se não fosse pelo cheiro familiar dele eu diria que é outra pessoa.

Me afasto dele magoada por ele não me oferecer consolo mas quando meus olhos cruzam com os seus um gelo percorre todo meu corpo e eu tenho certeza que esse homem me encarando não é o Edward.

Seu rosto assim não esboça nenhum sentimento, seus olhos estão frios e vazios.

- Edward? - Sussurro seu nome.

Sua cabeça inclina para o lado e seus lábios se movem sem que ele esboce reação de novo.

- Annelise. - Sua voz é grave e cortante como uma faca afiada.

Cada pelo do meu corpo se arrepia de medo. Eu nunca o vi tão Assustador antes. Eu nunca estive com tanto medo antes.

- O que foi? Você está me assustando...

Sou alguns passos para trás entrando na casa novamente.

Ele da um leve sorriso, mas não tem humor nele, na verdade é fodidamente bizarro.

- Você tem motivos para estar assustada, querida! - Ele diz e só então, quando sigo o olhar dele para a sua própria mão eu percebo que há uma faca nela.

O mais Assustador é que ela já foi usada, pois está banhada em sangue.

- Não vai me machucar. - Digo mas nem eu tenho tanta certeza disso agora. Ele disse que não é capaz de me matar, mas machucar...

- Eu não contaria com isso se eu fosse você.- Ele diz com a voz transbordando ódio.

Então em um movimento rápido ele tenta enfiar a faca em mim, mas eu fecho a porta na sua cara antes, fazendo com que a faca atravesse a madeira velha da porta.

Eu a tranco pelo fecho de dentro e Edward retira a faca da porta e coloca seu olho no buraquinho que a faca fez.

- Você vai se arrepender de ter me deixado e ter ousado beijar outro na minha frente. - Ele disse me encarando pelo buraquinho.

Eu corro para o quarto onde Edmund estava desmaiado e para minha surpresa quando cheguei lá, não tinha mais ninguém no quarto.

Puta merda... Eu estou presa em uma casa no meio do nada com dois loucos! Um quer me estuprar e o outro me matar.

Eu preciso pensar em uma forma de me esconder, pois sair daqui não será uma opção.

Me esconder também só me ajuda contra Edmund, por que Edward me acharia...

Eu decido pegar o abajur para me proteger contra Edmund.

Eu estou nervosa, em pânico... Mas eu tenho uma certeza.

Quem vai ganhar essa luta não será nem eu nem Edmundo e sim Edward.

E por isso o meu desespero.

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