Capítulo 40 - Intenção Doentia

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Se alguma vez eu achei que tivesse provado da felicidade, hoje constato que estava absolutamente enganado

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Se alguma vez eu achei que tivesse provado da felicidade, hoje constato que estava absolutamente enganado.

Aqui a sós com a Anne em meu paraíso particular eu entendi todo o sentido da vida. É como se nada mais importasse quando estou com ela, como se fosse o certo, o inevitável.

Eu sentia que ela era tão minha quanto a minha própria alma e da mesma forma que não se separa a alma do corpo, eu não poderia me separar dela jamais.

Cada sorriso, cada cheiro, cada beijo, cada sexo... Quando mais eu tinha da Anne, mais eu me sentia doente por ela, viciado... Seria possível a desejar ainda mais?

Eu achava que não, mas me surpreendia a cada dia que passava.

Eu a amava tanto, estava tão apaixonado que todos os meus outros planos - como o de humilhar meu irmão e matá-lo. - tinham sido guardados em um baú velho na minha mente.

O meu principal objetivo agora era fazer Anne se apaixonar por mim assim como eu me apaixonei por ela. Quero que ela me ame  com toda a sua existência.

Porém essa porra está muito difícil de acontecer.

Disco um número de telefone e sou atendido no quinto toque.

- Quem me perturba, porra?!

Ouço Lissara repreendendo Nicolas.

- Nicolas, não seja tão grosseiro!

- Como você fez Lissara se apaixonar por você? - Pergunto direto.

- Vai se foder! Eu não sou seu amigo pra ficar te dando conselhos. Me ligou só pra isso?

- Nicolas, eu acho que a última coisa que você quer é que eu vá atrás da Lissara e pergunte diretamente pra ela, né?

- Nicolas, é o Edward? - Lissara pergunta preocupada. - Pergunte o que ele fez com a Anne, quero saber se ela está bem!

Nicolas solta um suspiro exasperado.

- Você sequestrou a ruiva?

- Mais ou menos... Ela... Eu... Nos casamos.

- Porra! - Nicolas exclama.

- Nicolas, não xinga! - Ouço o som dos tapas de Lissara e um "Aí mulher! Ficou louca?" do Nicolas.

Reviro os olhos.

- Ela não diz que me ama... Como fez a Lissara dizer isso?

- Escuta só, fedelho... Meu caso com a Lissara é extremamente diferente do seu caso com a Anne. A Lissara sempre me amou então não tive muito trabalho com isso, entendeu? Agora me deixa em paz.

- Espera! Deve ter algum gatilho! Ela te odiava, ela te odiou em algum momento, eu lembro que ela se recusava a ser sua! - digo rápido.

- O gatilho foi ela ter rolado montanha abaixo e quase ter morrido. Usei a falta de memória dela pra recomeçar e fazer ela voltar a me amar.

Eu teria que empurrar a Anne barranco abaixo para fazê-la me amar? Isso não faz sentido, eu jamais machucaria minha própria mulher... A Anne é a única pessoa no mundo que sou incapaz de ferir... Fisicamente.

Uma ideia se forma em minha mente.

Uma que eu já tentava cumprir mesmo inconscientemente... Estava pensando o correto, porém não exatamente da forma que deveria fazer.

Me sinto sujo e podre, mas usarei sua fraqueza contra ela...

- Me ajudou muito, Obrigado.

- Vai tomar no...

Desligo a ligação antes que ele conclua a fase.

Eu tenho sido muito romântico e carinhoso com a Anne, talvez eu devesse fazer com que ela me quisesse... Sentisse minha falta.

Estou sendo muito fácil pra ela, talvez eu devesse complicar mais as coisas pra ela.

Ouço meu celular tocar e o número do Nicolas aparece.

Atendo e ouço a voz de Lissara como já esperava.

- Você não a machucou, certo?

- Não, Lissara. Não sou o Nicolas, eu não bato nem machuco minha mulher.

- Ele não faz mais isso. Ele mudou, ok? A Anne está mesmo bem? Você a obrigou a casar com você?

- Ela está ótima. Eu não a obriguei exatamente. Mas ela não se sentia muito a vontade com a ideia não...

- Ela gosta de você.

Suspiro.

- Ela não disse que me ama.

- Ela não é do tipo que diz isso, né?

- É... Ela não parece ser. Mas eu preciso ouvir.

- Não seja mau com ela.

- Por que não? Ela gosta...

- Não... Não a machuque, Edward. Você sabe o que quero dizer.

- Eu sei... Não irei. Anne é a minha vida. Mas não quer dizer que serei um bom menino também.

- Cuide dela, Beijos.

Desligo.

A Anne é muito forte, não é tão fácil abalar suas estruturas.

Seria tão mais fácil se ela falasse logo que me ama.

- Oi. - Ela diz aparecendo no meu campo de visão.

- Oi. - Digo sorrindo imediatamente sentindo meu coração acender e aquecer.

- Estava falando com alguém?

- Com Nicolas.

- Ah é mesmo? Estavam planejando abrir o clube dos maníacos obsessivos?

- Sim. - Digo simplesmente e vou em sua direção a rodeando com meus braços e a trazendo para mim. - Eu te amo. - Digo.

- Eu sei. Sabe... Agora que nos casamos, o que vem a seguir?

- O que acontece depois que as pessoas casam? Curtem a vida a dois? Tem filhos? Envelhecem juntos?

- Não se faça de bobo, Edward. Você casou comigo por um objetivo. Algo em relação a máfia.

- Eu casei com você com 2 objetivos. O primeiro realmente era me tornar o rei das duas máfias, não porque eu queria poder e sim porque eu quero humilhar meu irmão, acabar com ele como ele fez comigo. O segundo era ter você pra sempre.

- Você acha que vamos ficar juntos pra sempre? - Ela me desafia erguendo a Sobrancelha. Isso me incomoda muito, eu sinto que na menor das brechas que eu der ela vai me deixar e isso me deixa insanamente louco.

Eu me enganei achando que o casamento e o sexo a prenderia a mim.

Preciso de uma conexão mais forte, preciso de uma coleira inquebrável para domar essa tigresa.

Eu me decepcionei demais quando vi o teste de gravidez negativo. Pedi que investigassem  sobre a doença que a Anne disse ter, mas não encontraram nada... Nada exceto a nota do Diu que essa safada implantou.

Eu já devia saber que por ela amar sexo não confiaria apenas em pílulas e camisinhas.

Eu vou remover essa porra dela assim que possível, porém precisa ser de uma forma que não pareça que fiz de propósito. Tenho que tomar todo o cuidado possível para ela não me odiar.

Minha Anne... Não vou te perder nunca nunca!

- Tenho certeza, meu amor. - Respondo sua pergunta beijando seu pescoço.

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