Primeiramente desculpa pelo ENORME atraso em postar um capitulo novo, esse final de ano foi uma loucura! Perdão gente, mas de agora em diante vou tentar postar pelo menos um por semana.
Aproveitem a leitura !!!
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Enquanto andava pelo túnel iluminado conseguia sentir seu coração pulsando fortemente, sentia que estava entrando novamente na caverna só que dessa vez ela podia enxergar os perigos e dessa vez estava sozinha. Não sabia para onde estava indo nem mesmo se deveria ir de fato, só sabia que não queria ficar, mesmo que seu corpo estivesse envolto de um calor estranho o ar rarefeito lhe dava calafrios. O fogo das tochas tremiam com o vento fazendo menção de que uma hora iriam apagar e então ela ficaria ali no escuro, sozinha.
Ali ela não conseguia ouvir nada além da sua própria respiração que saia alta e acelerada, não sabia o que estava acontecendo lá fora— será que os rebeldes entraram?— se encolheu em seus próprios braços ao pensar nesta possibilidade. As paredes do túnel tremeram fazendo um pouco de terra se soltar, Ikel se encostou em uma delas com medo que todas desabarem e ela morresse ali, justo no único lugar que ela não gostaria de estar, debaixo do único teto que ela sempre odiou.
Sabia que nos últimos tempos os ataques à coroa vinham se intensificando, mas não achou que de fato eles estivessem tão fortes, os Kratus passaram décadas exilados, nunca se ouviu falar de nenhuma reclamação ou coisa do tipo. Então porque estavam atacando agora? O que a coroa fez?
Seja lá o que for ela não gostaria de estar ali quando tudo acabasse, não importava quem fosse ganhar ela provavelmente sairia morta e ninguém saberia, não contou a ninguém que estaria ali, nem a sua mãe, nem ao seu querido irmão Mark nem a se despediu de sua irmãzinha— Akassia!!— por alguns longos minutos ela se esqueceu que sua irmã também estava ali correndo os mesmos riscos.
Os corpos de Gisel e John vieram a sua memória e a preocupação de que algo tivesse acontecido com sua irmã tomou conta de seu corpo, se algo acontecesse ela não se perdoaria, ela estava lá e poderia ter feito alguma coisa, mas ao invés disso fugiu para um buraco escuro que um cara desconhecido lhe falou.
Ikel parou em frente a duas grandes escadarias, uma delas descia enquanto a outra subia, se recordava do Elenite dizer algo sobre isso mas estava tão atordoado com tudo e ainda mais agora com a preocupação à flor da pele que não se lembrava qual era o caminho correto. Os dois pareciam estranhamente suspeitos, o que descia era escuro e sem vista para o final enquanto o que subia tinha uma pequena iluminação ao seu topo, por mais que não enxergasse saída deduziu que essa era a melhor escolha. Quando saísse iria atrás de Akassia e não importava o quanto a irmã reclamasse, o quanto ela lutasse Ikel não deixaria que ela continuasse nesse lugar.
Subiu as escadas correndo podendo sentir uma dor latejante em seus ossos e a cada passo que dava a dor se intensificava um pouco mais, tentou ignorar e continuar subindo, ela precisava sair. Assim que avistou uma porta de madeira soltou um pequeno suspiro de alívio, permitiu caminhar um pouco mais lentamente para que a dor diminuísse, contudo a apenas alguns centímetros da porta uma dor descomunal atingiu sua cabeça lhe fazendo agachar nos degraus enquanto fechava os olhos e tampava os ouvidos, sentia como se houvessem milhares de vozes em suas cabeça, todas elas gritando e desespero.
Seu corpo que antes estava em um quente suave agora parecia que estava ardendo em brasas. Ikel sentia que estava sendo queimada viva, cada centímetro do seu corpo ardia, podia sentir cada osso esquentando dentro de si, os gritos em sua cabeça eram estridentes e agonizantes.
Uma batida alta na porta fez com que tudo cessasse, como se alguém estivesse fazendo isso com ela e sua atenção houvesse sido desviada pelo barulho a fazendo parar, continuou no chão ainda atônita com as dores que havia acabado de sentir. As batidas na porta se intensificaram como se alguém estivesse tentando entrar. Ao pensar nisso Ikel fez esforço para se levantar apoiando suas mãos nos degraus da escada, apesar de não haver mais vozes podia sentir o mundo girando ao seu redor, a instabilidade de seu corpo a fez tropeçar em um degrau lhe fazendo cair escada abaixo, não achou que pudesse sentir mais dor do que já estava sentindo porém estava enganada. Seu corpo caiu desajeitadamente alguns lances abaixo, sentia o gosto de ferro em sua boca e algo quente escorrendo de seu nariz, ao cair acabou batendo forte uma de suas costelas na quina de um degrau, podia sentir a dor dentro de si.
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A lenda de Drogon
FantasyAte onde vai sua lealdade quando a pessoa a quem jurou já esta morta? Em Illiria vive uma sociedade separa pelo poder dos mortos. Ikel vivia sua vida razoavelmente estável em sua casa, com suas janelas minúscula e sua família, nunca pensou que pode...