Eu quero ser tudo que toca você, tudo!

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Miguel: "Mia?"

Mia: "Miguel? O que está fazendo aqui?"

Miguel: "Nada. Só estou tomando um ar. Está tudo bem?"

Mia: "Está sim. Eu só queria dar uma volta."
Mia sabia que ele não acreditaria nela, nem ela acreditava. A verdade é que estava fugindo de lá. Haviam coisas demais acontecendo e ainda descobrir que Fernando teria que voltar amanhã mesmo para França para resolver problemas a deixou ainda mais sobrecarregada, não sabia se ele conseguiria voltar a tempo do natal, mas teria que ficar, pois havia prometido ao seu pai que passaria mais tempo com ele antes de voltar à Paris.

Miguel: "Ah! Tudo bem, então. Vou deixar você à vontade."
Ele sabia que havia algum problema, mas não era com ele que ela queria falar. Portanto, decidiu deixá-la sozinha, pois era isto que ela parecia buscar. Ao virar as costas, sentiu a mão dela envolver o braço dele, puxando-o levemente, mas o suficiente para que ele parasse e se virasse em direção à ela.

Mia: "Onde você vai?"
Quando encostou no braço dele, sentiu uma onda de calor subir pelo seu corpo.

Miguel: "Vou deixá-la sozinha. Acho que você quer isso e estou atrapalhando."

Mia: "Você é tão engraçado, Miguel! Você sempre acha alguma coisa, não é?" - falou em tom debochado enquanto se aproximava mais dele.

Miguel: "Do que você está falando Mia?" - ele estava verdadeiramente confuso.

Mia: "Do que eu estou falando? Este é seu problema, Miguelzinho, você nunca entende do que eu tô falando. Apagaram sua memória foi?" - o tom de voz dela saiu mais alto do que previu.

Miguel: "Olha, Mia, eu estou vendo que você está irritada, mas se continuar falando tão alto vão ouvir e aí vão achar que estamos brigando. Eu não sei o que você está querendo dizer com isso de que apagaram minha memória. Eu lembro de mais coisas do que deveria." - ele olhava no fundo dos olhos dela.
Estavam tão próximos que podiam sentir a respiração um do outro. Não sabiam quando tinham se aproximado tanto, mas nenhum dos dois tinha disposição ou vontade de recuar.
Ficaram durante algum tempo se olhando de forma tão profunda, que pareciam poder despir um ao outro sem ter que tirar a roupa.
Miguel recobrou a realidade ao ouvir a voz de Diego adentrando o Jardim e chamando por Mia.

Miguel: "Vai lá, Mia! Acho que estão chamando por você."
Mia endireitou-se, tentando desviar o olhar dos olhos dele, tentando recobrar o juízo.

Mia: "Eu vou sim. Você não vem?"

Miguel: "Eu vou daqui a pouco."
Miguel viu Mia se distanciar e entrar novamente no ambiente da festa.
Estava muito irritado, ficou a um passo de fazer uma besteira. Ele sabia que seus sentimentos por ela se mantinham intactos. Só a respiração dela próxima da sua já lhe causava excitação.

O restante da noite foi agradável. Apesar de que nenhum dos dois conseguia tirar o que quase havia acontecido a pouco, de sua mente.

Mia chegou em casa ainda se sentindo mal pelo que quase havia feito a Fernando. Era melhor que se mantivesse longe do caipira empresário, ele ainda tinha o poder de desestabilizá-la.

Naquela noite, Miguel sonhou mais uma vez com Mia Colucci e pior, no dia seguinte provavelmente a veria de novo, já que Alma o fez jurar que iria vê-la amanhã.
Ao amanhecer, ele estava revigorado. Tomou seu café da manhã e desceu para a academia do hotel.
Não parava de pensar em Mia desde que acordou, mas ele não iria fazer nada. E para garantir isto, fez uma lista dos motivos pelos quais não tem nem porque ele pensar na possibilidade de fazer algo:

Primeiro: não sabia se ela também queria;
Segundo: ela tinha um namorado e ele ainda era bem gentil;
Terceiro: a vida dela era em Paris e a dele era em massachusetts;
Quarto e o mais importante: não queria magoá-la novamente.

Desde o primeiro olhar - MyM (Mia e Miguel)Onde histórias criam vida. Descubra agora