Chapter Fourteen: Titanic

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A chave do carro que eu havia escolhido era de um impala 67 da cor preta. Era praticamente igual o que Dean Winchester de Supernatural usava, que além ser uma das minhas séries favoritas, era um dos carros que eu mais sonho em ter. Apesar de saber que nunca teria dinheiro o bastante para comprar um... já que eles são bem caros. Mas, para Louis Tomlinson, não parecia ser nada demais. Sério, no prédio onde mora, ele tem uma >garagem< só para os seus dez carros ficarem guardados um do ladinho do outro. Agora, diga-me, quem precisa disso tudo? Bem, ele é rico. Rico não, bilionário. Pode usar qual estiver com vontade no dia. Louis é, como posso dizer... excêntrico.

Olho para o lado, onde ele estava dirigindo em silêncio, parecendo estar apenas apreciando a música Stay dos Oingo Boingo que tocava na rádio. Percebi que Louis parecia gostar de músicas das décadas de 70, 80 e 90, do mesmo jeito que eu também gostava. Encaro seus dedos ao redor do volante, vez ou outra batucando no ritmo da música. Passo meus olhos por seus braços cobertos por uma jaqueta de couro preta que vestiu antes de sair do seu apartamento, marcando alguns de seus músculos. Excêntrico e muito bonito.

Volto minha atenção para seu rosto. Sua expressão estava fechada e vazia, como era de costume ser. Com os seus lindos olhos azuis focados na rua em sua frente, atentos. Sua barba à fazer estava um pouco maior e, sendo sincero, aquilo parecia o deixar mais atraente que o normal. Sem contar que era muito prazeroso senti-la raspando em minha pele, deixando-a vermelha. Mordo meu lábio inferior. Seus fios lisos e castanhos estavam ligeiramente bagunçados por minha causa. Digamos que, talvez, eu não tenha me controlado e o agarrei na garagem do prédio antes de entrarmos no carro. Olho para seu pescoço, especificamente em baixo do seu maxilar e um pouco perto da orelha direita. Havia uma pequena, mas chamativa, marca roxa que eu mesmo fiz em algum momento da noite interior. É, eu não fui o único que saiu marcado.

Acho que ele percebe que eu o encarava, pois voltou seus olhos azuis em minha direção por alguns segundos. Ergue uma das suas sobrancelhas, logo em seguida me lançando um sorriso de lado.

- Você gosta de observar as pessoas ou é apenas eu? - Pergunta-me baixinho, com a sua voz soando tão musical como a música que estava tocando. Sinto minhas bochechas esquentarem rapidamente por saber que ele havia percebido aquilo.

- Apenas com você. - Respondo, sem me restringir. - Você me intriga, e também me deixa curioso.

- Por que?

- Você querendo ou não, é bastante misterioso, Louis. - Resolvo falar a verdade. De algum jeito isso o faz sorrir. - E, bem, eu gosto de mistérios.

- Nem todos os mistérios são bons. - Diz, agora prestando atenção na rua.

Em um ato de coragem - ou talvez de falta de vergonha na cara - pego sua mão direita e a ponho sobre minha coxa, depois apertando-a com os dedos. Louis me olha surpreso, talvez até um pouco curioso.

- Eu não me importo com isso. - Respondo a sua fala anterior, sorrindo e voltando à olhar a paisagem que passava rapidamente pela janela do carro. Louis nada diz, apenas sinto-o apertando de leve minha coxa por cima da calça antes de entrelaçar seus dedos nos meus.

- Está com fome? - Pergunta ele. Como se minha barriga soubesse do que se tratava o assunto, sinto-a roncar no mesmo momento. Por sorte não foi alto o suficiente para Louis chegar a ouvir. Pelo menos essa vergonha eu não passei.

- Um pouco.

- Imaginei. Já é quase hora do almoço. - Olha para mim por breves segundos antes de voltar a olhar para frente. - Acho que o banho dessa manhã tomou bastante nosso tempo.

Fifty Shades Of Blue • LarryOnde histórias criam vida. Descubra agora