Fifty Shades Of Blue • Larry

Chapter Fifty-Eight: All I Wanted Was You

N/A: ei ta lendo pq? quer me dar??

finalmente apareci com a atualização para as dez pessoas que ainda lê essa fic e não desistiu de mim, inclusive eu love muito vocês viu??? só vim lembrar de votarem e comentarem no capítulo porque isso me motiva e me deixa muuuitao feliz

AAAH quase esqueci, lembrem-se: o pai do Louis morreu na >cadeia< :)
tenham uma boa leitura, espero que gostem do que escrevi e perdão por qualquer erro!! besusinhos

xxx

Pov. Louis Tomlinson

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A grande faca prateada cintila a luz fraca que vem da Televisão dessa sala mofada.
Minha mão treme. Seguro o cabo com mais força. A lâmina afiada estava virada de frente para o pescoço dele.
Mesmo que esteja pronta para rasgar a garganta do meu próprio pai... Ela toca a sua pele como se não fosse um objeto que tem chances de ser mortal.
Ele está adormecido no sofá por culpa da maldita cerveja. Como se não tivesse acabado de causar um trauma enorme na minha irmã.

Como ele consegue dormir?
Sua tranquilidade me faz querer gritar.

Só preciso fazer um simples movimento para lhe dar um fim. Para que isso chegue ao fim.
Meu coração bate disparadamente em meu peito, quase me sufocando.
Eu quero que ele sofra.
Quero que a sua morte seja lenta e muito dolorosa.
Eu quero ouvir os seus gemidos de agonia. Quero que ele veja que quem o matou foi eu.
Sinto meu rosto molhado. As lágrimas quentes descem pelo o mesmo caminho das anteriores de horas atrás.
Eu ainda consigo ouvir o choro doloroso da minha irmãzinha dentro do quarto.
Eu nunca esquecerei desse som.
Dos gritos.
Da sua voz.
Tampo a boca com a mão livre.
Isso precisa acabar. Precisa ter um fim.

Eu só preciso cortar a garganta dele.

{▪︎▪︎▪︎}

De onde saiu a ideia de que nós, humanos, temos ou compartilhamos nossa alma com outro ser? Alma gêmea quer dizer que nasceram juntas e são iguais? É isso que significa?

Lembro-me de ter lido sobre o mito da alma gêmea e que foi criado por Platão em seu livro "O Banquete", onde tenta definir o que é o amor. E nessa busca, muitos convidados de uma festa, cada um por vez, faz um elogio ao deus do amor: Eros. Aristófanes começa dizendo que no início dos tempos os humanos eram seres completos, de duas cabeças, quatro pernas e quatro braços. Isso permitia a eles um movimento circular muito rápido para se deslocarem por aí. Mas, bem... como disse, eles são humanos. Ter a noção de todas essas habilidades fez com que eles se considerassem seres tão bem desenvolvidos que chegaram a conclusão de que poderiam destronar os deuses e ocupar seus lugares nos céus. No entanto, obviamente, os deuses venceram a batalha e Zeus resolveu castigar os humanos por culpa de tal rebeldia. Com uma espada nas mãos, cindiu todos os humanos e dividi-os ao meio.

Dessa forma, os humanos retornaram a terra e, desesperados, cada um saiu à procura incessante da sua outra metade, sem a qual não conseguiriam viver com plenitude e manter a sua sobrevivência. Tendo assumido a forma que nós temos hoje, ainda continuamos procurando a alma que é a gêmea da nossa em vários relacionamentos amorosos, pois a saudade dolorosa nada mais é do que uma sensação de que algo nos falta. Algo que sempre foi nosso.

E, após relembrar de tudo isso, sinto que eu encontrei a minha. Porque depois que conheci o meu doce Harry, eu... vivo verdadeiramente. Pela primeira vez sei que estou completo e não há mais a sensação de que algo está faltando. Pensar nesse fato inquestionável me trás a sensação de que tudo ao meu redor não passa de um sonho lúcido. É como se estivesse preso numa dissociação boa demais para ser real, um limbo infinito que não me causa nenhuma vontade de sair. Pois a ideia de perder o meu sol faz doer até os meus ossos.