Sinto Louis desatando o nó de sua gravata em meus pulsos, deixando-os livres novamente e caídos ao lado do meu quadril. Depois ele puxa-me para seus braços, ainda um pouco ofegante e compassivo, agarrando meu corpo dolorido e marcado com um certo cuidado. Eu sentia-me como uma boneca de porcelana extremamente frágil e rara, apenas por conta de toda a delicadeza que seu toque suave transmitia. Meus olhos lutavam para se fecharem a todo momento, com o sono chamando meu nome a cada dois segundos implorando por um descanso o mais rápido possível. Eu sentia como se houvesse acabado de levar uma surra. Hum... se bem que foi exatamente isso.— Você estar com muita dor, meu doce? — Pergunta-me com a voz baixa e amena. Não deixo de notar o ligeiro carinho terno que o seu polegar faz na curva de minha cintura. Acho que nem ele mesmo percebeu que havia feito tal gesto.
— Um pouco. — Aceno, encostando a cabeça em seu ombro ao falar sem de fato me importar com o ato. Olho para meus pulsos, arregalando levemente os olhos ao observar algumas marcas avermelhadas por conta das vezes que eu os forcei a sair da gravata. Sorrio preguiçoso e até mesmo orgulhoso. Imagina como minha bunda deve estar. — Mas... é algo que valeu a pena.
— Certamente. — Diz. Levanto o olhar para seu rosto, a tempo de ver o leve sorriso que tomou conta dos seus lábios macios por alguns segundos. — Vem, quero cuidar de sua bunda para depois deixar você descansar um pouco.
— Olha, Louis... acho que eu já fui muito arrombado por hoje. — Sussurro o sentindo carregando-me no colo e indo em direção que deduzo ser a de meu escritório, mesmo eu estando de olhos fechados para ver.
— Harry, não! — Escuto aquela sua baixa e adorável - e rara - risada. Ela com certeza poderia esquentar o coração de todos os que tivessem o prazer e oportunidade de ouvir-la. Sorrio de lado, dando-me conta que eu fazia parte do pequeno grupo de sortudos. — Estou referindo-me à um creme de arnica. Você é muito tarado.
— Olha quem fala. — Murmuro baixo. Meu corpo vai de encontro a superfície macia e quentinha do sofá de couro branco da minha sala. Ainda bem que era grande o bastante, assim eu poderia ficar confortável ao deitar. Louis vira meu corpo de lado de forma gentil, tomando o cuidado necessário para que a minha bunda dolorida não toque em nada que estimule mais dor.
— Espere aqui. Irei pedir o creme e um remédio para dor, caso precise. — Avisa antes de sair do local para buscar as coisas que falou.
Suspiro ainda estando de olhos fechados. O cuidado que Louis tinha depois que fazemos algo relacionado à BDSM, ou até mesmo quando não há isso nas nossas relações, é muito adorável. O jeito que ele se preocupa se me machucou ou se é mesmo isso que desejo fazer... bem, nunca tinha recebido uma atenção dessa maneira depois do sexo que pratiquei antes de eu conhecê-lo. Na verdade, olhando agora eles pareciam serem tão sem graça. Era só transar e depois ir embora. Sem conversas, sem conexão. Já cheguei a sentia-me usado algumas das vezes que isso aconteceu, mas chega em um momento que você simplesmente tenta ignorar tudo isso e fingir que não se importa com nada. Foi o que eu fiz. Então, posso dizer que sim, fico ligeiramente sensível quando estou sendo cuidado com a tamanha atenção de Louis. Ele se diz frio, mas com certeza é uma pessoa doce por de trás de toda essa armadura de homem autoritário e intimidador. Por sorte isso me excita, e não me dá medo.
— Aqui. — Ouço sua voz, fazendo-me abrir os olhos e esquecer sobre o que eu estava pensando. — Tome um Advil para prevenir. Não sente no sofá, isso irá faze-lo sentir uma dorzinha. Incline sua cabeça que eu lhe dou o remédio com um pouco de água.
Faço o que foi dito, engolindo a pílula de uma vez e fazendo uma careta em seguida. Bebo um gole de água gelada do copo que ele havia trago junto com as outras coisas.
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Fifty Shades Of Blue • Larry
FanfictionQuando Harry Styles vai à entrevista para ser o secretário do jovem bilionário e CEO Louis Tomlinson, não imaginaria que iria se atrair tão facilmente por aqueles olhos azuis frios e vazios. Muito menos esperava que seria algo recíproco, apesar da d...