PERIGOSO | LOUD CORINGA

37.

Não esqueçam de me presentear com estrelinhas e comentários 🌟

Bárbara Passos

Os olhos castanhos assustados de Coringa me encaravam de forma intensa e isso só poderia significar duas coisas ou ele iria me agarrar de forma voraz e sedenta ou ele estava prestes a explodir de raiva. E pelo que eu o cohecia,duvidava muito que seria a primeira opçao. 

- Nao se mexa. - Ele falou abaixando a mascara novamente para tampar seu rosto ao notar que eu faria mençao em me levantar. 

Sinto algo escorrer pela minha testa e automaticamente coloco minha mao no local,sentindo algo liquido quente descendo. Era sangue. Tento conter o meu pavor,mas pelo olhar de Coringa,parecia algo grave. 

Com um movimento rapido e preciso,o grande jogador da Loud,me coloca em seus braços ao meio dos gritos e flashes que estao cercando aquela arena. Tento sair de seus braços,mas percebo sutilmente que ele estava mais forte do que costumava a ser . Facilmente,ele abre a porta do carona do seu luxuoso carro e me coloca sentada.

- Eu estou bem. - Resmungo ao notar o excesso de cuidado do palhaço do crime,enquanto tenta atrapalhadamente colocar o cinto de segurança em mim. - Vai pro inferno! - grito vendo ele bater a porta e correr a para o lado do motorista ao som dos gritos da plateia.

- Eu ja estou nele. - Me responde assim que se senta no banco do motorista e arranca com seu carro fazendo com que a poeira se levantasse me fazendo concluir que ele me levaria para os fundos da arena onde tem um especie de enfermaria para pequenas feridas da arena.

Minha cabeça doi de forma consideravel,mas nao estou nenhum pouco afim de mostrar minha fraqueza. O silencio é constragedor e tudo que consigo ouvir é a respiraçao fortemente raivosa de Coringa. Apos uma curva,percebo que ele nao estava me levando para enfermaria e sim para longe de todo aquele local.

- Eu preciso voltar. - Digo achando que milagrosamente,aquele ser deixaria de ser teimoso. - Eu preciso dar de mamar pro Apollo, por questoes obvias,me leva de volta.

- Lembrou agora que tem filho? - Ele me pergunta de froma refutante. Mesmo ainda com a mascara consigo ver a sombra de seu sorriso sacastico nos seus labios. - Voce ainda estar ferida.

- Voce nao entendeu e eu nao vou repetir,me leve agora de volta para a arena. - Digo firme,mas notando que minhas exigencias nao fazem efeito algum sobre ele. O vejo sutilmente discar um numero em seu celular e em seguida uma voz familiar atender.

- Coringa,o que tu pensa que esta fazendo? - Ouço a voz de Jordan exclamar pelo autofalante. Tento falar algo,mas o olhar que sinto sobre mim me assusta.

- Jordan,na mochila do Apollo tem tudo para fazer uma mamadeira e tambem tem fraudas e talco. Eu prometo nao demorar. - Antes que Jordan o respondesse,ele finaliza a ligaçao e desliga o celular. - Pronto,com fome e com a frauda suja ele nao vai ficar.

- Vai se fuder. - O respondo vendo a sombra do seu sorriso.

 ...

Nao demora muito para pararmos em um local conhecido. As luzes neon e o som do velho Bob Marley ecoa pelo local mesmo ele estando de portas fechadas. Vejo Coringa sair primeiro do carro e parar em frente a porta me esperando. Saio um tanto assustada e olho aquele local que eu vinha todos os dias nos ultimos cinco anos. O local onde tudo começou. O primeiro olhar,o primeiro sorriso,tudo. A antiga lanchonete que eu trabalhava. O sigo  porta a dentro sendo irradiada pela nostalgia daquele lugar,quando eu,GS e Lzinn eramos apenas tres ferrados que gargalhavam sobre nossos fracassasos enquanto jogavamos uma partida de Uno.