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Não esqueçam de me presentear com estrelinhas e comentários 🌟

...

Sempre fui amante da velocidade.
Seja ela uma simples maratona ate uma corrida clandestina de carros.
A velocidade era o meu refúgio,era um dos poucos locais que me tranqüilizavam.
A adrenalina corria pelo meu corpo,enquanto eu tentava absorver tudo que havia acontecido em pouco espaço de tempo.
O assalto,o revolver apontado para o fim da vida e ele.
Coringa.
O astro da Loud,o melhor time gamer da atualidade.

Conhecido pela sua conduta e pelas mulheres que se arrastavam atrás dele.
De todos os jogadores,ele era o que eu menos queria conhecer.
Se achava superior até mesmo para o atual melhor jogador Nobru e seu companheiro de time, Crusher Fooxi.
Ele era a soberba em pessoa.

E toda aquela soberba,me fazia lembrar de meu pai,que automaticamente me fazia lembrar que deveria voltar para casa,antes que ele me expulsasse de vez.

Olhei mais uma vez o velocímetro antes de fazer uma curva e voltar em direção a cidade. Começava mais um dia de luta.

Rolling Stone ecoavam no vento no mais alto volume avisando da minha chegada. Estacionei a minha querida moto a alguns metro de casa e coloquei meu Rayban para esconder as minhas olheiras da assustada noite anterior.

Estava me aproximando de casa quando uma BMW branca parou evitando que eu continuasse o meu caminho e em seguida baixando o vidro revelando o rosto daquele que hoje havia me salvado.

-Não foi tão difícil de ti encontrar. Ele falou com maior naturalidade.

-Não sabia que estava a minha procura,aliás, pedi para me esquecer.- . Ele deu um sorriso de canto cheio de ironias.

- Não obedeço ordens de estranhos. - Deu uma meia pausa com o mesmo sorriso. -A propósito, eu não obedeço ordens de ninguém. - Revirei os olhos já sabendo que a aquela conversa não me acrescentaria alguma coisa.

Voltei a caminhar,já ele,continuou tentando impedir que eu prosseguir.
Coringa era conhecido por ser um conquistador e eu estava fazendo questão de não ser mais de uma de suas conquistas. Não estava com paciência para suas brincadeiras,não naquela hora.

Entrei na minha humilde casa e pelo silencio deduzir que meu pai já havia saido para o trabalho.

-Sabia que é falta de educação deixar as pessoas falando sozinho?- Me virei e vi que ele havia entrado na minha casa.

Inacreditável.

-Senhor gentileza e coach em educação, acho que se esqueceu que invasão domiciliar é crime. - o respondi cética.

- Uma amante da lei? - Ele riu enquanto se sentava a vontade no sofá. - Só irei sair daqui se você aceitar jantar comigo.

Meu coração dá um pulo ao ouvir aquilo dele,o que me faz ficar estranhamente incomodada.

- Por que eu deveria ir? Não devo nada a você. - Ele franziu a testa e eu comemorei a minha vitoria internamente,deixando escapar um sorriso.

- Não? - Ele me questiona. -Talvez eu deixasse aquele assaltante estourar seus miolos. Ingrata! -Ele deu uma pausa certamente tentando manter a calma.- Fiz o trato que você pediu,agora sua vez de cumprir o que eu quero minha cara

As suas palavras saiam de uma forma tão sombria que me deu um arrepio. Ele deixou escapar em seus palavras um resquício de soberania e perca de controle,era o que eu precisava. O ego dele era gigante e eu estava adorando feri-lo.

-Me busque as 21h.- Minha resposta repentina fez que eu visse um misto de surpresa em teu olhar,já em mim saía um sorriso artista certo que iria trapacea-lo

-Te busco nesse horário. - ele diz analisando meu corpo de cima abaixo. - Espero que esteja impecável.

Ao terminar a frase,se levantou e deu um sorriso como se a partida estivesse ganha. Não se despediu,nem nada, apenas se virou e foi embora.

Pobre Coringa,mal sabia que eu era uma jogadora profissional e que eu mesma era as próprias regras.



PERIGOSO | LOUD CORINGAOnde histórias criam vida. Descubra agora