5.

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Não esqueçam de me presentear com estrelinhas e comentários 🌟

...

Seus olhos frios continuaram me fitando,enquanto eu  meu braço de sua mão.
Nunca havia o visto tão próximo. Parecia um quadro digno de Picasso, com traços precisos e bem desenhados. Ele era deslumbrante. Não parecia nada com o cafajeste que era.

Joguei meus pensamentos para longe,assim como fiz com sua mão,para que a distância sobre nós fosse mantida.
Atravessei a rua sem olhar para os lados,já que na madrugada,o local era desértico.

Gs veio rapidamente em minha direção como se fosse para me ajudar,mas me afastei e segui  direção ao banheiro dos funcionários,no qual eu tinha as chaves,para finalmente me limpar.

Eu havia acabado de sair do banho,quando Gs adentrou o banheiro,me pegando de toalha. Era algo normal. Eramos como irmãos e eu nunca me envergonhei em esta seminua perto dele.

Gs manteve seus olhos nos meu. Uma forma de respeitar meu corpo,como ele sempre dizia.

-Você tem certeza que esta bem? - Seu semblante preocupado me questionava.

-Já lidei com situações piores - Respondi com descaso. - Vou para minha casa descansar e amanhã assinar minha demissão. - Disse já sabendo que essa historia chegaria até a direção e por má conduta eu seria demitida.

- Acho que isso não será necessário. - Terminei de colocar minha blusa,o encarando com uma sobrancelha arquivada. - O jogador mandou todos embora. - Deixei a surpresa escapar por meus lábios.

-Como? - Procurava a minha calça jeans. - Agora o mundo se curva perante ele? Patético!

- Pode até ser,mas eles o obedeceram e vazaram,menos ele. - Deu uma pausa esperando alguma reação minha de certo. -  Disse que queria falar contigo.

- Não tenho nada o que conversar com ele. - Disse enquanto finalmente tinha acabado de me vestir e saia em direção a porta afora. Porém, fui impedida por um corpo.

- Precisamos conversar Barbará. - Soou um pouco decisivos.

- Não precisa,já entendi que você não aceita uma resposta negativa. - Cuspi as palavras. - Agora que a brincadeira acabou, me deixa ir embora.

- No melhor da festa Bárbara? - Ele disse  esperando alguma resposta minha.

- Não gosto de festas.- Rebati pegando um cigarro da minha carteira.

- Deixe-me reparar esse erro. - Disse analisando meu rosto.

- Não sabia que era possível voltar a ser um sêmen insignificante dentro do saco do seu pai. - Afrontei,dessa vez com o esqueiro acendendo meus cigarros.

Senti a fumaça me queimando por dentro e Coringa me queimando por fora com seu olhar.

- Já que não aceita minhas desculpas,pelo menos aceite meu pedido de trégua. - Ele entregou um envelope negro misterioso. - Faça o que quiser

Suas palavras planaram pelo ar,enquanto eu absorvia o mistério que agora aquilo se tornou.

PERIGOSO | LOUD CORINGAOnde histórias criam vida. Descubra agora