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Nao esqueçam de me presentear com estrelinhas e comentarios


Barbara Passos


Meus olhos se abriram repentinamente e lentamente começam a buscar foco para melhorar a visibilidade ja que um raio de sol ilumina meu rosto. Corrijo minha postura para me sentar e respirar um pouco melhor,ja que sinto meu corpo como se tivesse sido atropelado por inumeros elefantes mil vezes mais pesados que eu.Faço massagem nas minhas temporas para aliviar a dor da minha cabeça e com um flash inumeros acontecimentos aparecem nela me relembrando do meu momento pós morte. Automaticamente procuro o berço que deveria estar ao meu lado para finalmente ver a beleza do pequeno ser que carreguei durante os ultimos meses,porém,meus olhos congelam ao senti uma presença sentada ha alguns metros de mim numa poltrona branca,enquanto cantarola quase inaudivel para um pequeno embrulho em seus braços.

Nossos olhares se sustentem durante o que parece uma eternidade. Um misto de emoçoes nascem dentro de mim e pioram quando ele dá o seu trunfo principal. Ele sorri. 

Meu corpo reage de uma forma que eu me condeno por tamanha loucura. Se bem que loucura era uma das coisas mais comuns que tinham acontecido comigo durante os ultimos meses,desde que dei abertura para o jogador mais competitivo e imprevisivel de todos.

Loud Coringa.

Um som de choro de recem nascido ecoa pelo local,o fazendo se levantar ainda mantendo o sorriso e a musica que cantarolava ha minutos antes. Meu coraçao parece se encolher quando o vejo vindo em minha direçao balançando suavemente o bebe que ainda chora.

- Ele estar com fome. - Digo com uma certeza que chego a estranhar. Ao ouvir minha voz,o meu pequeno aumenta o choro,deixando Coringa claramente surpreso. Seu olhar parece indeciso se me entrega a criança ou continua a balança-lo,mas ao ver meu olhar um tanto feroz decide me entrega-lo. 

Ao se encontrar em meus braços, pequeno procura por instinto meu peito que estar quase a transbordar de tanto leite. Vejo Coringa sutilmente desviar o olhar ao me ver deixando meu seio a mostra para amamentar meu filho.De repente sinto uma dor enorme ao sentir a sucçao do pequeno sedento de fome. Meus olhos lacrimejam diante aquela dor repentina me fazendo suar um pouco frio,mas ao olhar o semblante tranquilo de meu bebe ao se alimentar,sinto minhas forças revigoradas.

Alguns minutos se passam ate o pequeno adomecer em meus braços de forma bela e tranquila. Vejo sua bochecha rosada e sua pequena boca rosada,mostrando claramente o quanto ele é saudavel. Pequenos detalhes que mostravam o quanto ele era parecido com o homem em minha frente. 

- Estavamos ansiosos para que despertasse... - Victor diz quebrando o silencioso. Levanto meu olhar para encara-lo notando somente agora seus olhos com olheiras pesadas deixando claro as noites sem dormir e cansado.  Seu pescoço possui uma marca roxa,assim como seu olho direito. - As ultimas noites sao foram faceis... - Ele parece notar que eu estava analisando seu rosto,mesmo com todos hematoms,estava imponente como nunca.


- Quanto tempo eu fique desacordada? - Pergunto incerta ao notar seu semblante.


- Cinco dias... 


Sua voz estar pesada como se estivesse angustiado durante muito tempo. Me questiono mentalmente o que aconteceu nesses ultimos dias para deixa-lo tao abalado.

- Mas ,Apollo passou sua força para nós dois. -  Ele diz sorrindo observando o pequeno bebe que dorme.


- Apollo? 


- Significa aquele cheio de luz e emoçoes. - Victor coça sua nuca ao notar minha expressao. - Achei que nosso filho precisaria de um... nome... Voce ja havia escolhido um?


- Nao,mas voce nao deveria ter escolhido e registrado o sem ao menos me consultar.


- Pensei que eu tinha esse direito como pai.


Digerir aquela ultima palara nao seria facil,mas nao era errado. Senti meu coraçao acelerar e explodir como um vulcao.

- Pai? - Questiono com um tom ironico deixando claro o veneno que estava pronta para soltar. - Onde voce estava nos ultimos seis meses dessa criança? Melhor,onde voce estaria se eu nao estivesse ido atras de voce de forma estupida naquele bar? Voce nao estaria aqui

Vejo aa mandibula dele trincar ao processar mihas palavras que saiu o mais dolorido que eu imaginei.

- Eu nao podi...


- Nao - O interrompo de forma grosseira. - Voce estava ocupado demais planejando a minha morte e a do seu filho...


As palavras parecem perfura-lo e dou um pequeno sorriso melancolico ao saber que o fiz sentir o peso de suas açoes.


- Grave o bem o dia de hoje Victor Augusto,pois será a ultima vez que tocará em seu filho e eu farei de tudo para impedir que se aproxime de um homem tao mediocre,por que voce... - O sorriso frio ainda sustenta meu rosto certo de cada palavra que eu irei dizer-lo. - È menos que nada...




Feliz 2021!!! Muita luz para voces!!!

PERIGOSO | LOUD CORINGAOnde histórias criam vida. Descubra agora