CasteloBruxo e o Príncipe da Amazônia

Capítulo 1

Hey! I'm Eme Jay e hoje é dia de postar!

A espera de 15 dias é longa mas gratificante.

Agradeço a todos que estão acompanhando dês deste comecinho.

Enfim... Metie Vorpa!

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Muito de João Miguel mudou depois daquele dia, como a adoção de um apelido novo: Joel. Nos 3 anos seguintes, ele se esforçou para ser o melhor aluno que sua avó conhecera. Carmem dizia que ele seria um bruxo excelente, Joel torcia para que o elogio fosse verdadeiro e não um agrado de avó - embora soubesse que ela nunca falaria algo somente para agradar -.

Era uma manhã ensolarada na floresta amazônica nas proximidades de Parintins, no Amazonas. A casa era afastada das demais, a mais próxima era a casa de Carmem e precisava subir uma certa altura para chegar lá. Particularmente, os Saraiva gostam disto, a paz que as árvores trazem faz muito bem, Diana se preocupava com João Miguel crescendo tão isolado de tudo mas a verdade é que ele não se via vivendo de outra maneira. 

— Joel! Venha aqui, meu bem! — Diana chamou o filho que estava lendo em cima de uma árvore. 

O jovem Saraiva fechou o livro e pulou, ele havia crescido muito bem, tanto em poder quanto em aparência. Os cabelos castanho-escuro eram comuns na família Saraiva e o tom de pele também era igual devido ao contato com o sol, um tom  pardo seguia João Miguel desde que ele se lembrava. Os olhos eram herança direta da avó, avelã com certo brilho, diferente dos de Diana que eram negros como café.

Ele andou um pouco indo em direção a casa mas deu um passo atrás quando percebeu ter esquecido o livro no galho da árvore.

Joel olhou para o livro lá no alto. Ele queria muito poder fazer um simples Accio mas ainda não tinha sua varinha então optou por algo mais simples: chutar a árvore e torcer pro livro cair. 

Deu certo, o garoto limpou a capa enquanto voltava pra casa.

— Sim, mãe? 

João Miguel sorriu ao ver sua avó na casa.

— Bença, vó — Ele disse erguendo a mão.

— Deus lhe abençoe — Carmem disse beijando a mão de Joel — Estava falando com sua mãe sobre já ter feito 11 anos. 

O dia 31 de dezembro ainda estava fresco na memória de João Miguel, sendo que no final do ano, ele e sua família sempre iam à cidade para comer algo da escolha dele e assistiam um show de fogos particular feito pela filha da melhor herbologista da região - sua própria mãe - . Mesmo já não tendo 8 anos, essa “tradição” sempre o agradava, era algo simples mas que o deixava feliz. 

— Qual a importância de ter 11 anos? 

Carmem e Diana se entreolharam contentes, a mais velha parecia mais animada que sua descendente mas a mesma também sorria, embora emanasse preocupação. 

— Meus alunos tinham 11 anos quando se conheceram — A herbologista simplesmente disse. 

Como pode esquecer? Os bruxos e bruxas iniciam o ano letivo mágico com 11 anos e os da América Latina recebem o Chamado do Juru Amazona para irem a CasteloBruxo, escola de magia e bruxaria do Brasil.  

João Miguel sentiu-se surpreso mas um tanto frustrado. 

— Quando o Chamado chega? — ele perguntou.

— Antes da segunda semana de Fevereiro — Carmem respondeu.

O calendário já marcava 29 de janeiro, ainda faltavam alguns dias para a segunda semana de Fevereiro mas já foi bastante tempo para o Juru Amazona chegar.