CAPITULO 3

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AVISO: como a fanfic era originalmente um au, algumas coisas estão em formato de tuíte, nesse capítulo a leitura da capa é importante para entender.

Shelby Goodkind entrara na sala de aula sentindo como se todos os olhos estivessem julgando ela. Examinou a sala como uma louca - plenamente consciente do quão perturbada parecia. Mas nenhuma de suas amigas haviam chegado ainda.
- Shelby! - uma voz pouco conhecida gritou por ela.
A loira procurou pelo local parcialmente lotada, encontrando Martha Blackburn acenando quase desesperadamente em sua direção. Ela abriu um sorriso gigantesco para a líder de torcida e acenou para a cadeira vaga ao seu lado.
Shelby abriu um sorriso forçado, tentando agir com naturalidade. Sua mente estava em um turbilhão de pensamentos desastrosos. Ela viu, foi seu primeiro pensamento. Ela viu e agora vai contar para Toni e depois disso todo mundo vai saber, inclusive meu pai, continuou em uma linha de raciocínio que chegava às piores conclusões possíveis.
Jesus está me castigando por gostar de uma garota, continuou divagando enquanto caminhava a passos indecisos e torturantes até Martha.  Mas eu não gosto dela!, se corrigiu logo em seguida. Para, Shelby,
você já está parecendo a Leah.
- Oi, Martha. - se obrigou a dizer, com a voz um pouco trêmula. - Tudo bem?
Martha sorriu com ternura e seus olhos brilhantes fitavam a menina a sua frente com carinho. Ela realmente não sabia fingir, pensou analisando o sorriso oscilante no rosto de Shelby.
A loira se sentou na cadeira, despejando seu material de qualquer jeito na mesa. Suas mãos trêmulas suavam e a loira tratou de secá-las repetidamente na calça jeans que usava.
- Oi, Shelby. Fiquei sabendo que vocês vão abrir vagas para líder de torcida.
O alívio de Shelby foi tão perceptível que Martha teve que se esforçar muito para não rir.
- Ah sim. Não sabia que você dançava. - respondeu, agora com um sorriso genuíno.
-  Eu danço Jingle, é uma dança típica da minha tribo. Mas não sei, esse ano estou pensando em ampliar meus horizontes.
- Eu vou ficar muito feliz em ter você na equipe, Martha.
Shelby sorriu, apertando levemente a mão de Martha, que se perguntava o porquê de nunca ter falado com a loira antes.
Ouviu-se um estouro, a líder de torcida virou rapidamente o rosto localizando Toni. A garota havia jogado os livros com uma força desnecessária em cima da cadeira e olhava para Shelby dos pés a cabeça com um ódio palpável.
A loira largou imediatamente as mãos de Martha, arruando-se na cadeira. Olhou para Toni de novo, seu rosto parcialmente coberto pelos cabelos loiros. A outra ainda a encarava, - com os lábios comprimidos e o cenho franzido - tentando entender porque diabos Shelby Goodkind estava sentada ao lado de sua melhor amiga, depois de anos estudando com elas sem trocar uma única palavra.

           

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