CAPITULO 7

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As coisas entre Martha e Toni estavam estranhas. A capitã tentara se aproximar da melhor amiga, mas ela agora vivia constantemente grudada em Shelby.
- O que aconteceu com as gêmeas siamesas? - perguntou Rachel, sussurrando no ouvido de Nora.
- Eu não sei. - respondeu a irmã, olhando com certa tristeza para a forma que a amiga olhava Martha de longe.
O humor de Toni naquela semana estava em uma exponencial para baixo, chegando no ápice da sua irritabilidade naquela sexta feira. Além do distanciamento de sua melhor amiga, a capitã ainda tinha que lidar com o sumiço de "S", que atipicamente ainda não havia dado as caras naquela semana.

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- Você deveria falar com ela. - sussurrou Shelby para Martha, enquanto olhava a feição triste de Shalifoi a distância.
A nativa americana virou-se para sua nova amiga, ela deu um sorriso triste. Sentia falta da amiga afinal.
- É cansativo ser amiga dela, as vezes. - admitiu, um pouco culpada.
- Eu imagino. - concordou a loira, sentando mais próxima a Martha. - Mas pelas coisas que você me contou, não deve ter sido fácil para Toni ver todos que ela amou desistirem dela. Esse tipo de trauma causa cicatrizes. Eu não estou dizendo que você deve ignorar esse comportamento tóxico dela, porque você não deve. Mas parece estar sendo horrível para ela, ficar longe de você, a única família que sobrou.
Martha concordou e algumas lágrimas teimosas escorreram por seu rosto, Shelby tratou de enxuga-las antes que alguém percebesse.
- Eu sinto falta dela. - confidenciou.
- Então vai falar com ela. - incentivou Shelby, com um sorriso. - Ela está bem ali. - continuou acenando com a cabeça para onde Toni sentava.
A nativa americana se levantou e com passos hesitantes caminhou até sua melhor amiga. Toni levantou-se imediatamente, parecendo se desculpar com a melhor amiga, elas se abraçaram demoradamente.
Shelby desviou o olhar, tentando prestar atenção nos planos de suas amigas para a festa de hoje à noite.  


Shelby olhava nervosamente para os dois lados do largo corredor da escola, tentando criar coragem dentro de si.
Não sabia o que seria pior: que Toni Shalifoe a visse ali ou suas amigas. Tinha plena ciência de que se alguma delas soubesse estaria fodidamente encrencada.
A loira segurava fortemente o pedaço de papel contra o peito. Quando a adrenalina atingiu seu ápice e a coragem inundou suas veias, a líder de torcida finalmente se arriscou a dar passos silenciosos em direção ao armário de Toni Shalifoe.
As mãos trêmulas dificultaram seu trabalho de introduzir o bilhete pelas frestas do objeto metálico a sua frente. Quando finalmente conseguiu, Shelby comemorou, chutando acidentalmente um armário. O barulho ecoou pelos corredores vazios. A loiro olhou em volta, assustada, mas não havia ninguém.
- Sútil como um ninja. - debochou, voltando para a quadra de esportes onde as líderes de torcidas aguardavam sua capitã.

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