Alguns dias se passaram e o braço de Sanji melhorou. Assim que se sentiu bem de novo, foi procurar um emprego. Não pretendia voltar para a escola, senão acabaria tendo contato com o seu pai, o que era irônico, pois há pouco tempo estava determinado em fazer o marimo estudar novamente. Todavia, o dinheiro que a mãe de Zoro deixara, restava pouco e por isso que o marimo também correu atrás de um lugar para trabalhar até conseguir um trampo no supermercado como empacotador.
De princípio, Sanji pensava em fazer um book e seguir uma carreira de modelo, mas Zoro achou melhor ele procurar um restaurante. Portanto, trabalhava num restaurante chamado Baratie e com péssimos cozinheiros. Eram grosseiros com os clientes e principalmente com os garçons, mas ainda assim eram bons para preparar um prato. Sanji estava tendo uma vida de cão, mas não abriria mão do marimo para voltar pra sua casa de jeito nenhum.
Por mais que estivesse numa aventura amorosa sem futuro (seu pai deveria interpretar assim), Sanji não se sentia oprimido como se sentia naquela casa em que crescera. Seus irmãos não invadiam mais seus sonhos e ele já não escondia mais segredos... tudo porque conseguira enfrentar o seu pai.
E era tudo graças ao marimo, que o fez sentir como uma pessoa normal e não uma com defeito por agir e pensar diferente dos demais. Contava somente com Reiju, mas às vezes ficava triste que o seu único amigo era uma garota. Às vezes essa relação o fazia pensar que era ainda mais estranho, principalmente quando o seu pai lhe mandava andar menos com sua irmã por ser esquisito um rapaz estar ao lado de uma garota. Mas não conseguia, porque amava Reiju e sua companhia era muito agradável.
Contudo, os dias passavam e os dois ainda não haviam se beijado. Por mais que ficasse evidente o que sentiam um pelo outro.
Durante a noite, deitado no mesmo futon de Zoro, se perguntava qual seria o sabor de seus lábios e se o moreno o amasse. Caia no sono abraçado no corpo dele e seu abraço era correspondido algumas vezes. Porém, ainda era tão distante...
Sanji achava que Zoro só andava mais cansado que o de costume por conta do trabalho, e por isso era normal dormir tanto. Porém, começou a perceber que ele na verdade o evitava.
Naquela noite, os dois chegaram juntos do serviço. Sanji preparou o jantar e Zoro precisaria tomar banho se quisesse comer. O esverdeado grunhiu, mas acabou obedecendo aquele sobrancelhudo que agia feito uma velha chata. Após o jantar, estavam sentados no degrau da varanda, observando as estrelas.
— Aqui dá pra ver melhor as estrelas. - Sanji comentou maravilhado e com um cigarro pendido entre os dedos.
— Sim.
Fazia quase silêncio se não fosse um grilo cantando por ali, Sanji notou a mão morena de Zoro bem ao lado da sua. Aos poucos, aproximava sua mão até ficar sobre aquela maior e mais máscula. Mas Zoro a puxou assim que sentiu o toque e se afastou. O outro ficou puto.
— Marimo, o que sente por mim?
Naquelas semanas que Sanji morava na sua casa, Zoro estava em constante conflito. Ele desejava muito aquele corpo esguio, assim como também sentir o cheiro de seu cabelo volumoso e beijar seu esterno tão nítido sob a pele alva. Mas ao mesmo tempo se lembrava do sonho e do que o garoto monstro lhe dissera. Zoro passou a infância com um pai cheio de problemas psicológicos e ele temia muito de ter herdado aquela doença no seu DNA.
Lembrava muito bem de todas as vezes que seu pai tentara machucá-lo, até mesmo de suas expressões. Os cabelos arrepiados, os olhos que não piscavam e muito abertos, a boca espumando e o dedo indicador apontado para si.
"Monstro!"
"Garoto monstro!!"
— Sinto muito, sobrancelha enrolada, mas isso não pode acontecer.
Sanji se levantou mais puto e pisou em seu cigarro. Atravessou a varanda e foi até a geladeira para pegar a garrafa de saquê do marimo a fim de beber. Sofria uma dor de cotovelo terrível.
Zoro continuava sentado na varanda, tentando se concentrar nas estrelas, mas não teve outro jeito. Se levantou e foi até a cozinha em poucos passos por conta da casa ser pequena. Tomou a garrafa de Sanji, que se assustou com sua presença, e o abraçou com um beijo correspondido.
— Eu te amo muito, sobrancelha enrolada.
Sanji não acreditava que havia chegado tão longe. Observava aquele rapaz todos os dias, que sempre fitava a janela da classe com a cabeça pendida numa mão. Aquilo o intrigava a ponto de imaginar como ele seria e, por se isolar dos demais, fazia-o pensar que o marimo era diferente como ele. Em pouco tempo nutriu uma paixão pelo mesmo.
Mas agora o marimo estava ali o beijando, um marimo completamente diferente do que imaginara. Na verdade, um marimo muito melhor do que pensava. Seu sonho de conseguir dizer pelo menos um "olá" para o esverdeado se tornara realidade.
Os dois estavam despidos sobre o futon. Davam beijos mais envolventes que o anterior e se tocavam sem pudor.
Zoro deslizava sua língua quente nas clavículas de Sanji, mas beijava com delicadeza o seu esterno. Passava as pontas dos dedos naquele osso que pulava sob a pele com as respirações descompassadas do loiro.
Sanji o abraçava e desejava que os dois nunca se separassem mesmo sob um futuro incerto. Mordeu o lábio inferior até que sangrasse, enquanto pensava que passaria por qualquer provação ao lado do marimo.
Voltou a beijar os lábios do loiro e sentiu o gosto de sangue, assim como sentia as mãos dele passarem pelos seus ossos e músculos de seu torso. Eram mãos delicadas e nunca permitiria que Sanji sofresse a ponto de torná-las calejadas. Daria o de melhor para aquele tarado intrometido.
Sentia Zoro tocar em seus mamilos com os dedos e depois com sua boca. Não conseguia conter seus gemidos e seu rosto devia estar quente como daquele ogro idiota. Zoro deslizou sua língua até que chegasse em seu falo e voltou a morder o lábio machucado um pouco incrédulo de que aquela lesma faria aquilo.
Zoro percorria a língua pela glânde e pelo escroto. Sanji cravava suas unhas no lençol enquanto abria mais suas pernas. Seu membro estava enrijecido e sentia a língua úmida e quente do marimo percorrê-lo por completo. Depois de brincar com seus testículos, Zoro abocanhou o seu pênis e passou a chupá-lo em movimentos de vai e vem.
Sanji gemia e levava suas mãos, não mais pálidas e sim avermelhadas, até o couro cabeludo do esverdeado. Instruindo como chupá-lo mais prazerosamente, ainda que não precisasse disso. Zoro parecia ser ele próprio pra conhecer tão bem o seu corpo.
Sanji gozou na sua boca e Zoro o lubrificou pelos fluídos das ejaculações de ambos durante a transa. Introduziu um dedo de cada vez no interior de Sanji para passar a introduzir seu pênis. As estocadas começavam e os dois gemiam quase que no mesmo instante. Sanji gemia com as pontadas que chegavam tão fundo, enquanto Zoro gemia com o interior do loiro se contraindo em seu membro.
O pênis de Sanji voltara a ficar duro e, portanto, gozara mais uma vez. Zoro gozou um pouco depois e o loiro sentia aquele líquido quente transbordar do seu interior, uma sensação única e prazerosa. Por isso passaram a repetir as carícias, até que caíssem de sono.
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For tomorrow
Teen FictionUm aluno desaparece da escola, mas ele não contava que um colega sentiria sua falta.