Quintou! Bora conferir esse babado amores.
Rodrigo 🐎
Dirigi até o bar do meu amigo Zé, o local é mais afastado da fazenda e justamente por isso decidi vim para espairecer longe do lugar que tem me dado tanta dor de cabeça, estaciono e vejo pelo retrovisor que o lugar está cheio de belas cabritinhas na porta, animado desço da minha picape prata ajeito minha calça apertada e a blusa xadrez em tons de azul escuro, deixo o meu chapéu dentro do 4x4 e tento e já sorrio ouvindo a banda machucando no modão sertanejo.
Zé me recepciona com seu sorriso costumeiro, batemos as mãos em nosso cumprimento de caras e fico feliz em ver seu negócio prosperando, assim como eu o peão não teve vida fácil.
— Bar cheio é o mesmo que conta bancária cheia, não é?! — zombo e ele sorri faceiro.
— Pior — confirma — Que bom que está aqui Tenório, vou amanhã na Belo Amanhecer pegar umas galinhas, e um porco, os seus são os melhores da região.
— Não quero falar de trabalho por hoje, tô com a cabeça cheia, homem.
— Tô sabendo meu amigo — olho de forma acusatória e ele se defende — o que corre mais rápido que notícia ruim? Fofoca! — Defende-se e acabo rindo.
Avisto Jorge de pé dentro do bar, semicerro os olhos estranhando a presença dele, afinal meu funcionário sempre foi extremamente caseiro e zombava da minha disposição para farras.
— Amanhã quando for lá na Estância não esqueça de me procurar para uma prosa, Zé vou tomar algo forte para ajudar a cabeça — recebo um tapinha nas costas e caminho para dentro do bar.
Aproximo-me de Jorge e o vejo quieto com uma caneca de chopp na mão olhando um casal dançando de forma calorosa na pista de dança.
— O que faz aqui, homem? — olha-me assustado.
— Disgrama de susto, Rodrigo. — Rio e recebo seu olhar enfezado.
— Vou te acompanhar no chopp.
Hoje sexta feira é dia de bar lotado, a maioria aqui trabalhada na lida da roça, hoje é um dia que todos buscam um descanso, peço ao garçom com apenas um aceno, e não demora a chegar minha loira gelada.
— Diacho! Você vem aqui quando está desgostoso com algo, o que está te aperreando? É sobre o que Iverson ouviu e nos contou hoje? — fala por cima da música ao vivo no momento em que dou um primeiro gole em meu chopp, Jorge é um grande amigo, e acabo desabafando.
— Veja bem, eu sei que os filhos do Evandro tem direito nas terras, mas foi naquele chão que cresci, cuidamos dos bichos com tanto amor, tudo isso para agora ficarmos vendo uma pessoa que nem conhecemos tocando tudo do seu jeito, isso não tá certo, não tá.
— Isso não vai acontecer Rodrigo, vamos impedir esses dois de qualquer maneira.
Uma mulher passa a nossa frente, e ambos a olhamos de baixo acima, calça jeans aperta, corpo escultural, ela olha para mim sedutora e e dou-lhe uma piscadela, começa a dançar e reparo na pele clara e cabelos negros, dança tentando-me e perco o interesse, gosto de uma abordagem mais sútil, volto minha atenção a meu amigo a minha frente, a ignorando.
— Hoje à tarde fui lá visitar meus irmãos por parte de pai, a gurizada deles como estão crescidos — dou um meio sorriso, amo os meus sobrinhos, apesar do pouco contato, sempre que posso desabafo com meus irmãos mais velhos — levei uma pinga malvada pros meus irmãos, eles gostaram, até suas esposas queriam provar — relembro.
— Imagino, as crianças costumam alegrar seu dia, por que ainda está com essa cara feia de cavalo querendo dar coice?
— Uma das minhas cunhadas fez uma brincadeira de péssimo gosto, fiquei com isso na cabeça, coisa minha.
— Desembucha — pede, dou um grande gole no chopp, olho ao redor as pessoas felizes, dançando, rindo, todos alheios a minha falta de humor hoje.
— Ela supôs de eu me enrabichar pela filha de Evandro — ambos nos benzemos com a menção do nome do falecido.
— E o que tu disse? Isso é um absurdo.
— Que mudava de nome se isso acontecesse, primeiro porque ela quer prejudicar a mim e a minha mãe, e depois porque ela é a filha de Evandro, nunca cometeria tamanho pecado.
— Isso mesmo, falou muito que bem filha do falecido é homem pra gente, diacho! — Ergue a caneca de chopp e fazemos um brinde — vamos esquecer essas besteiras.
— Vamos sim, inclusive aproveite para pegar uma cabritinha para você hoje, não tenho gostado do seu jeito com a minha mãe.
— Eu nunca faltaria com respeito com a dona Lilian, Rodrigo.
— Acho muito que bom, do contrário a gente teria que resolver isso como adultos que somos — faço uma ameaça velada e ele apenas assente entendendo o meu recado, afinal, minha mãe já sofreu muito nesta vida e Jorge é como eu, avesso a relacionamentos.
Quando terminamos a segunda caneca de chopp depois de já termos falado sobre banalidades, sinto-me me sinto incomodado, afoito, ansioso e decido me levantar.
Olho ao redor, e percebo que a maioria das pessoas aqui presentes eu conheço, um ou outro rosto desconhecido, a maioria das mulheres que frequentam aqui já tive um momento a sós, entretanto, nenhuma que me faça ter desejo de repetir a dose.
— Vou buscar um uísque no bar e depois vamos a Luxus — digo e meu amigo assente.
O prostíbulo é o melhor da região, muitas mulheres que me relacionei queriam mais do que uma noite e isso não posso dar, minha mãe teve dois casamentos, com o meu pai que foi um desastre em nossas vidas, nos deixou na ruína, e anos depois com Evandro, que foi um homem bom em sua vida, eu conheci o lado mais puro e lindo do amor, mas também o lado mais feio e destrutível, e sendo sincero, prefiro usar meus sentimentos com os meus bichos, esses nunca irão me destruir.
Nem a bebida está conseguindo me desconectar, preciso com urgência descansar e esquecer meus problemas e uma mulher quente é a melhor distração que se pode ter.
Caminho até o bar e vejo uma mulher incrivelmente linda, a pele negra em um tom claro demonstrando uma grande miscigenação, o rosto angelical e amedrontado, um corpinho gostoso em um vestidinho preto que já me vejo levando ao chão, cachos que vão até a cintura bem volumosos que adoraria segurar feito rédea nas minhas mãos e lábios desenhados para me enfeitiçar, resmungo completamente ligado nela, mas reparo que tenho bastante concorrência, outros homens também a cobiçam silenciosamente, sorrio, gosto de um desafio.
Farei com que ela me note, com que me escolha mesmo com tantas opções disponíveis.
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Bora de meta?! Essa tá facinha hein.
500 Votos e 300 comentários neste capítulo até domingo e posto o encontro desse casal intensidade pura, vambora?
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{Completo até 06.08}Inesperadamente Minha (Série Cowboys Obstinados)
RomanceMais Informações em breve.