Melissa
Avistamos o curral que possui uma estrutura de cercas de madeira com telhado, o chão de concreto e conforme nos aproximamos vejo os porcos de variados tamanhos, choca-me o aspecto de limpeza do lugar, em nada me remete a um chiqueiro lamacento como imaginei.
Rodrigo dá o comando ao cavalo puxando firme as rédeas e o mesmo pára lentamente, com agilidade ele desce e amarra Confusão à uma árvore, volta-se para mim e me estende a mão, o ato me soa cavalheiro, por alguns segundos fico comovida, conforme me ajeito para descer sinto suas mãos firmes em minha cintura pondo-me no chão com cautela.
Nos entreolhamos por alguns segundos, e é difícil demais não relembrar nossa noite de entrega, porém, ele retira os olhos escuros dos meus, está reticente em sua promessa de se manter longe e eu creio que seja muito melhor assim para ambos, mas me questiono por que me dói tanto sentir a sua recusa?
Caminhamos em direção aos porcos e presto atenção nos ensinamentos de Rodrigo, ao menos tento, enquanto me derreto vendo-o olhar com tanta ternura para os animais.
— Quando os leitõezinhos estiverem com vinte e um dias aí entramos com outros medicamentos para não pegarem algumas doenças.
Viro para o chiqueiro e vejo a leitoa bem rechonchuda, intimidadora pela aparência bruta, mas ainda assim, com aparência saudável comendo ração enquanto seus bebês mamam, quase não consigo crer que os filhotes tão pequenos e rosadamente fofos um dia ficarão tão grandes e intimidantes quanto a mãe.
— Que fofura, meu Deus! São tão lindos.
Vejo um deitadinho separado dos demais sem mamar, ainda tem os olhinhos fechados, fico apaixonada, dou um passo para dentro do chiqueiro, porém sou interceptada por Rodrigo.
— A mãe fica agressiva após parir e você ainda não sabe lidar, fica aqui do lado de fora e deixa que eu entro e pego os leitãozinhos. — Concordo, mas permaneço olhando os filhotinhos enquanto ele revira frascos dentro de uma maleta.
Fico paquerando o leitãozinho afastado dos irmãos, encantada com a fofura. Vejo Rodrigo vindo com uma seringa em mãos e arregalo os olhos.
— Para que isso?
— Como acha que vai entrar a medicação?
— Por gotinhas na língua deles? — Deduzo e ele revira os olhos — Grosso — reclamo e ele dá de ombros, não consigo entender como tivemos toda aquela química no bar e convivendo sejamos completos opostos.
Rodrigo pega um dos leitõezinhos e a leitoa apenas o olha de soslaio.
— Que brutalidade Rodrigo, tadinho tão pequeninho. — O homem grandalhão apenas dá um risinho cínico me ignorando, em seguida oferece-me o leitãozinho.
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{Completo até 06.08}Inesperadamente Minha (Série Cowboys Obstinados)
RomanceMais Informações em breve.