O Desconhecido

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Capítulo grandão, espero que gostem e já deixem o meu votinho <3 

Melissa

Dirigi duas ruas a frente da pousada e não demorei a encontrar o barzinho que tem um estilo meio pub, na entrada já percebo o som ao vivo bem alto e um homem em seu traje típico de cowboy cumprimenta-me:

— Zé, inteiramente ao seu dispor, sou o dono daqui, precisa de quantos lugares?

— Oi Zé, apenas um por favor, mas pode deixar que eu me arranjo em qualquer cantinho — dou uma piscadinha e ele sorri sendo simpático.

Uma moça logo vem ao meu encontro e guia-me para dentro do estabelecimento vejo que está cheio uma banda sertaneja toca uma música aleatória que sequer presto atenção, eu amo pop e me limito a só ouvir isto.

Caminho até o bar e compro uma cerveja de garrafa, olho com cautela o local e um homem branco, alto e de olhos verdes levanta o chapéu para mim e lança-me um olhar cheio de luxúria, ele é gato, mas é a cara de Bruno, tudo o que eu correr, viro o rosto e sento no banco alto colada a bancada do bar.

Fico observando o ambiente tão diferente do que estou habituada, casais dançam grudados na pista de dança, eu nunca teria esse molejo, penso, sorrio prestando a atenção nas letras, sempre um amor intenso que deixou alguma devastação, algumas específicas estão na boca da galera que canta alto com emoção junto a banda, tomo mais uma garrafa de cerveja, e recebo mais um flerte o que me deixa confiante que realmente estou bonita em meu look de última hora, sorrio bobamente e desvio o olhar do carinha que é até bonitinho, mas eu não sei flertar, definitivamente.

Na minha terceira cerveja já me sinto mais receptiva as músicas e até gosto da batida de algumas, reconheço e cantarolo um "amante não tem lar" da Marília Mendonça enquanto rio da minha primeira saída a noite sozinha, que boa companhia eu sou.

Quando levanto-me para curtir mais o som, meu corpo se choca de encontro a um corpo forte, com o baque eu quase vou ao chão, porém algo me mantem presa pela cintura, minha primeira reação é olhar para baixo e ver uma mão grande e negra me segurando com firmeza, conforme vou subindo o olhar vou ficando mais admirada com o homem negro que me segura a cintura por instinto e assustada encaro o seu rosto, que tom de pele incrível, é escuro, retinto e ao mesmo tempo cintilante, seu cheiro gostoso invade os meus sentidos devido à nossa proximidade, os lábios grandes e grossos, nada nesse homem é delicado, um sorriso reluzente e simpático que se torna cínico na proporção que percebe minha checagem, tem uma covinha funda meio escondida pelo cavanhaque desenhado, incrivelmente lindo.

— Desculpa, eu te machuquei? — minha pergunta sai com dificuldade e ele não desvia seu olhar dos meus lábios, sua língua molha a boca carnuda e, ele ainda com a mão em minha cintura vem até o meu ouvido e ouço primeiro o seu suspiro seguido da rouquidão da sua voz:

— Eu aguento. — Humilhantemente meu corpo inteiro se arrepia com as palavras de duplo sentido, a mão dele desliza sutil pela minha cintura e desconecta nossos corpos, e segue para o meu lado no bar.

O homem atrai o meu olhar como um ímã, que presença instigante, tomo mais um gole da minha cerveja baixando a cabeça e praguejo baixinho, não sei ser sexy, não sei como chamar a atenção dele, e nem entendo o porquê quero chamar a atenção desse homem, afinal estou aqui agora somente para beber e esquecer a grande tormenta que está a minha vida.

Volto a olhá-lo embasbacada e agora os olhos pretos como a noite estão pregados em mim mas, seu sorriso não demora a se desfazer creio que seja por eu ter feito a coisa mais clichê e ridícula possível: mordo meu lábio inferior.

{Completo até 06.08}Inesperadamente Minha (Série Cowboys Obstinados)Onde histórias criam vida. Descubra agora