Chapter four

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Um dia a gente descobre que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida. Nossas duvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar se não fosse o medo de tentar... passei anos achando que minha vida era fracassada e convenhamos, realmente era.


Hoje eu descobrir que faço parte de algo maior, algo nem mesmo entendo, por que eu? 


As palavras do oráculo me assombram durante o resto do dia. Tive que andar bastante até chegar ao lugar onde eu queria.


Praia.


Umas vez sonhei que estava na praia aparentemente tinha uns 6 anos, havia uma mulher comigo, eu nunca conseguia enxergar seu rosto, mas eu a chamava de mãe. Uma certa hora pedi para entrar na água, ela me levou bem na beira, o mais perto que as ondas podiam chegar sem agressividade. Eu queria entrar naquele mar e me divertir, e no momento que a mulher se distraiu com algo por um segundo, eu soltei a sua mão e corri para dentro do mar. Logo a mulher tomou ciência da situação e tentou me trazer de volta. Mas tinha algo segurando minha perna, algo não estava deixando ela me alcançar e aquilo me fez chorar, eu chamava por ela: “mamãe, mamãe” mas ela não conseguia se aproximar, Mas algo me salvou, algo me tirou da água e depois disso, o sonho acaba.


Depois de descobrir quem eu sou, tive a certeza de que aquilo não foi um sonho, realmente aconteceu. A mulher do sonho era a minha mãe biológica, a mesma que "apagou" minha memória e que bloqueou os meus poderes, por isso nunca consegui ver seu rosto no sonho ou saber o que aconteceu depois.


Depois de chegar na praia, eu entrei no mar... e adivinhem ? Senti meu pé sendo puxado, eu me afoguei, me afoguei e me afoguei até perder a consciência. Aquele coisa que puxava meu pé estava realmente determina a me matar.


Se funcionou? Bom... Eu não sei.


Minha mente, minha consciência parecem estar intactas, eu não sinto meu corpo, não sinto nada, é como se eu pudesse enxergar, mas só vejo escuridão.


Eu espero ter morrido, eu disse que conhecia um jeito para dar um fim nisso.


Morte por afogamento. Zayn disse que ninguém viria me salvar, que se foda, era isso que eu queria. Sem contar que demoram semanas até acharem meu corpo no meio de toda essa água.


Eles todos que se fodam, essa profecia, aqueles malditos... descobrir que eu sou valiosa por algo que eu não conquistei, sofrer uma vida pela qual eu não pedi, e minha existência ser por conta de outra pessoa é a gota d’água.


Não sou fantoche nas mãos deles e nem pretendo ser.


Não aceito mais ser enganada, manipulada e privada de ser feliz, a morte me parece ser mais atraente do que a vida de merda que deixei para trás.


[...]


Afasta! – sinto ondas me invadindo e consigo ouvir vozes distantes. – aumentar a potência para 90 joules...


Escuto uma risadinha e algo na escuridão parece reluzir. A figura de um homem aparece, o mesmo é moreno, usa terno e tem uma postura impecável.

A escuridão ao redor some, trazendo a tona um tipo de floresta.


ㅡ Olá querida. – sua voz me causa calafrios. – Acredito que tenha mil perguntas para fazer.


ㅡ Quem é você? – ele finge uma expressiva de tristeza ridícula.


Pensei que todos os filhos reconhecessem os pais, mesmo depois de tanto tempo. – ele sorri maldoso

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