28.

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- Olha o passalinho - falou feliz apontando para o pássaro que pousou na janela dela - Abre a janela - falou batendo palminhas e sorrindo em minha direção.

- Amor, se um pombo entrar no seu quarto, ele pode acabar ficando assustado - falei e vi sua alegria ir embora - Aqui é muito pequeno para a imensidão de céu que ele vive.

- Mas, ele quer ser meu amigo - falou e o pássaro bateu as asas indo embora - Pássaro chato - falou emburrada, cruzando os braços e olhando um ponto fixo do quarto.

Any está de T.P.M., então tudo que ela faz é intenso. Quando está triste, chora até eu descobrir algo para dar a ela que a faça parar de chorar. Quando está feliz, acaba que quer fazer coisas além do que pode, por exemplo o esforço.

- Amor, o médico já falou que você irá ser liberada hoje e vamos poder voltar para casa - falei e ela continuou emburrada - O que minha princesa quer? - perguntei acariciando seu rostinho.

Quelo voltar logo pla casa - falou - Agora! - ordenou me olhando e eu lancei um olhar de repreensão para ela.

- Não estou entendendo a falta de educação da senhorita - falei e ela foi se acalmando - Só irei voltar a falar com você quando me der o mínimo de respeito - falei e a mesma virou o rosto me imitando e fazendo caretas.

Escutei uma batida na porta e fui em direção a mesma, a abrindo em seguida.

- Olá - o médico falou e Any não olhou para ele.

- Oi - falei suspirando.

- Bom, a cirurgia de apêndice é algo que cicatriza muito rápido, então o normal é a pessoa ficar uma semana no hospital por supervisão - falou e eu estranhei, Any não ficou isso tudo - Como o caso a Senhorita Gabrielly não foi tão complicado na cirurgia, nós resolvemos deixá-la apenas dois dias no hospital, para que nada de ruim aconteça - falou e eu concordei - Então, venho avisar que vocês já podem voltar para casa.

- Oh, muito obrigado.

- Any está melhor, e tudo no controle. Só peço que não coma chocolates, não faça nenhum esforço e nem movimentos bruscos por uma semana - falou e eu concordei, Any ainda estava emburrada - Vou chamar a enfermeira para retirar o soro do braço dela - assenti e o médico saiu da sala.

Me sentei na cadeira e não toquei em nenhum assunto com ela, a sala ficou em silêncio. Any não pode reagir assim, nem comigo e nem com ninguém.

- Com licença - a enfermeira falou entrando após bater na porta - Oi - falou acariciando o rosto da minha princesa - Vamos lá - falou e rapidamente tirou a agulha do bracinho dela, colocando um adesivinho no local.

- Vamos para casa? - perguntei sério e ela concordou ainda emburrada - Princesa, você vai ficar brava com o Daddy? - amoleci e fiz um bico perguntando e chegando perto dela, escutei a porta se fechar - Hum?

- Gaby 'tá blava - falou fazendo voz grossa.

- Amor, mas porquê a Ny está brava? - perguntei beijando de leve o pescoço dela - O que você quer que o Daddy faça? - perguntei e ela me olhou.

- A Gaby não tá blava papai - falou se explicando com as mãozinhas em movimento - É só que o Daly não quis me dar o passalinho - falou triste e eu ri beijando sua bochecha.

- Amor, os pombos gostam de viver no ar livre. Se você pegasse um do bando deles, ele viveria a vida inteira dele triste por não estar com a família - criei uma história coerente para que ela entendesse - Se alguém chegasse aqui e te tirasse de mim e deixasse você na rua, você iria gostar? - perguntei e ela arregalou os olhos.

Pretty BabyGirl (Noany) [✓]Onde histórias criam vida. Descubra agora