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Maratona 1/5

Any me olhava apreensiva e com medo, sua mão tremia e estava suava.

- Ei pequena - fiz carinho no seu cabelo - Não precisa ter medo, ok? - segurei sua mão e ela concordou.

- A Gaby vai contar tudo, mas eu posso pedir um favorzinho? - pediu e eu concordei - Me abraça? - vi seus olhos lacrimejar e a puxei para um abraço apertado.

- Eu estou aqui, pode chorar o quanto quiser - ela me apertou mais em meio ao choro - Bote tudo para fora, chore o quanto quiser, não guarde mágoas dentro de você pequena.

Ela chorava e eu escutava seus soluços e engasgos, a abraçava mais apertado para passar a segurança que por algum motivo, senti que a mesma não tinha dentro de casa.

- Quer contar agora? - perguntei quando a mesma se afastou me olhando - Sim?

- Sim - falou fungando.

- Não precisa ter medo, estou aqui e não irei te julga - beijei a costa de sua mão e ela concordou.

- A Gaby não é feliz com os papais dela - falou fungando e com a voz diferente por conta do choro recente - A irmã da Gaby se suicidou - falou e eu fiquei em choque, as lágrimas dela voltaram a cair - Eu nunca soube o motivo, a minha irmãzinha era tão feliz e sorridente - ela sorriu fraco - Mas no outro dia, ela foi encontrada morta... - Any não conseguiu continuar e suas lágrimas voltaram a cair fortemente.

- Calma - a puxei para um outro abraço - Shhhhh, Não precisa contar se não quiser, eu sei que esse assunto é delicado, se quiser pulá-lo eu vou entender - ela soluçou - Shhhh, o Noah está aqui - a abracei apertado.

- A mamãe e o papai falam que ela se matou por conta da Ny - voltou a chorar escandalosamente e me aperta mais, a abracei com a mesma intensidade.

Como alguém tem coragem de culpar uma pessoa como minha pequena a uma atrocidade dessas?

- Inspira - me afastei um pouco e coloquei minha mão no meio dos seios dela - Respira - ela soltou o ar, ainda soluçando - Inspira - puxei o ar junto com ela - Respira - sorri, ela se sentou com uma perna de cada lado do meu corpo e deitou a cabeça em meu peitoral.

- A mamãe bate na Gaby, com objetos que doem muito Nono - falou sem me olhar e eu fiz carinho na costa dela para ela se acalmar - O papai já tocou - falou sussurrando.

- Tocou em quê? - perguntei e senti as lágrimas molharem minha camisa - Em quê princesa?

Ela me olhou e soluçou, um choro dolorido

- Ele tocou na... - ela não conseguiu terminar e voltou a chorar fortemente.

Ele não pode ter feito o que estou pensando.

- Ele te abu-abusou? - gaguejei e ela me apertou mais - Calma - a abracei apertado - Shhhhh - sussurrei no seu ouvido, tentando a acalmar - Noah está aqui.

- Doeu muito Nono, muito - falou dolorida e eu afaguei seus cachos.

- Já passou, o Noah não vai deixar acontecer de novo, não vai - abracei seu corpo e deitei na cama com ela.

[...]

Acabei de acordar e vi o sol fraco pela imensa janela a minha frente. Minha pequena dorme tranquilamente em meus braços.

Como alguém consegue fazer mal a uma coisa tão graciosa como ela?

- Vamos acordar pequena? - fiz carinho no seu rosto e ela foi abrindo os olhos devagar - Boa tarde - sorri e ela sorriu de volta.

- Oi - falou fraquinho

- Nós temos que ir embora - fiz carinho no cabelo dela e a mesma me olhou com os olhos arregalados.

- Você vai me deixar lá?, Eles vão me bater de novo - ela indagou chorando e me abraçou apertado - Não deixa eu ir para lá, não deixa.

- Ei pequena - levantei seus rosto - Nós vamos passar para pegar suas roupas, e eu irei conversar com eles tudo bem?

- Sim - concordou limpando os olhos molhados

- Agora parou de chorar - me levantei da cama e peguei ela no colo, girei ela e a mesma gargalhou - Gosto de te ver assim - encostei minha testa na dela - Sorrindo.

[...]

- Que dia eu vou ver o Léo? - perguntou fofa e eu segurei sua mão.

- Qualquer dia que você quiser pequena - sorri e abri a porta do meu carro - Não está esquecendo nada né?

- Não Nono - ela sorriu - Eu só trouxe meu ursinho e minha pepeta - Gaby falou fofa me mostrando os itens.

- Onde você mora? - perguntei abrindo a aba do GPS no meu carro.

- Rua... - começou a falar e eu fui pesquisando.

- Achei - falei botando a localização e ela apertou minha mão - Eu estou com você, ninguém irá te fazer mal - beijei sua testa e comecei a dirigir.

[...]

- É aqui pequena? - perguntei e ela me olhou concordando apreensiva - Vamos.

Saí do carro e dei a volta abrindo a porta dela e deixando-a sair.

- Estou aqui - fiz carinho na sua mão com o polegar e a mesma apertou Toddy em seu braço.

Cheguei na porta e apertei a campainha. A casa não era tão grande, Any por seu uma criança, precisa de espaço para correr e brincar, e percebi que essa casa não proporcionar isso.

- JÁ VOU - uma mulher gritou e Any se assustou me abraçando, a abracei de volta - Olá - falou e arregalou os olhos me olhando.

- Boa tarde - falei e a mesma me olhou em choque.

- Noah Urrea, meu Deus - sorriu sem graça e tentou arrumar os cabelos - JOSEPH TEMOS VISITA - gritou e minha pequena me apertou mais - O que faz aqui Senhor Noah?(N/A Coitado do Arnaldo)

- Vim conversar com os responsáveis da Any - falei e a mesma olhou para minha pequena com raiva e nojo no olhar.

- Ela fez algo?, Posso dar um jeito nessa peste rapidinho - falou e me olhou.

- Posso entrar? - perguntei e ela concordou freneticamente, segurei a mão da minha pequena e andei com ela até a sala que tinha alí.

- Senhor Noah? - o homem falou surpreso e eu o comprimentei apenas com um aperto de mão - Sente por favor.

Me sentei, e eles sentaram nas poltronas que tinham alí.

- Any Gabrielly, vá preparar algo para nós comermos e bebermos - Joseph falou e ela concordou triste.

- Não - falei rápido - Vem aqui princesa - chamei ela e a sentei no meu colo, tirei o cabelo do rosto e dei um beijo na sua bochecha - Quero conversar com vocês sobre Any.

- O que essa peste fez? - a mulher perguntou e Any se encolheu mais no meu colo.

- Eu quero falar sobre - ela me olhou e sorriu triste - Sobre Any morar comigo.

- Eu quero falar sobre - ela me olhou e sorriu triste - Sobre Any morar comigo

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Pretty BabyGirl (Noany) [✓]Onde histórias criam vida. Descubra agora