𝓵 '𝓪 𝓬 𝓬 𝓲 𝓭 𝓮 𝓷 𝓽

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Tem pessoas que nascem com a vida garantida, sabendo que nunca terão que trabalhar, pois tem uma herança esperando por elas assim que os pais morrem, e enquanto ainda estão vivos, são sustentados por esses mesmos pais. Tem pessoas que têm que trabalhar desde cedo, pois não tem dinheiro suficiente em casa, e muitas vezes não pode sequer estudar e tem que batalhar para ter algo na vida.... E tem pessoas como eu, onde os pais têm bons empregos, podem me dar muitas das coisas nas quais eu peço, mas não chegam a ser ricos.

Não faz sentido nenhum começar assim, mas é exatamente por essa classificação social que eu estou aqui, nessa loja de mangás nesse exato momento

- não, você não pode vender esse mangá por 100 dólares, isso é roubo! - acusa minha melhor amiga, Jaclyn, a qual me puxou para a loja nova de mangás que abriu.

- desculpe moça, mas esse é o preço, é um item de colecionador, não posso vender por menos que esse preço - e esse.. o coitado do atendente que a Jac está tentando convencer de vender o mangá mais barato.

- Jac, vamos, você queria esse mangá à muito tempo,  não encontrou em nenhuma outra loja, é só comprar - falo olhando alguns mangás em amostra para leitura, vendo se me interessava por algum.

- mas.. mas.. São 100 dólares! - ela reclama fazendo biquinho.

Suspiro e pago os 100 dólares ao atendente, que entrega o mangá em uma sacolinha com o logo da loja nela, e logo saímos, comigo sendo surpreendido por um abraço apertado dela.

- obrigada, Hector, você é um Deus! - ela sorri largo, continuando a me abraçar, e eu logo retribuo seu abraço.

Bom, eu não me apresentei, não é mesmo? Me chamo Hector, Hector Miller, tenho 16 anos e estou no segundo ano do ensino médio, eu sou o típico garoto que prefere ficar com os amigos e não se meter com os populares, ou seja, passa despercebido pelos idiotas valentões, e meu grupo de amigos consiste basicamente em três garotas, Stephanie, Jaclyn e Carina, porque eu sou o único garoto do nosso grupo? Simples, porque as nossas mães decidiram que eu seria o único garoto com nossa idade ao nascer e então foi isso, nos conhecemos desde a barriga e estamos juntos desde então, mas voltando ao presente.

- você escutou o que eu falei, Hector? - Sophia me pergunta impaciente.

- desculpe, pode repetir? - peço é vejo ela revirar os olhos, eu não tenho culpa se me perdi em pensamentos, ela sabe que é normal de acontecer.

- eu perguntei se queria ir ao shopping comigo, Cari e Phani estarão lá - ela repete mas nego, já estava tarde e tinha prometido a minha mãe que cuidaria de meu irmão enquanto ela se divertia com as amigas hoje.

- talvez amanhã, quem sabe? Você sabe que eu tenho que cuidar do meu irmão, nossas mães saíram hoje, lembra? - a lembro desse detalhe, percebendo que ela tinha se esquecido completamente disso.

- é mesmo... Então amanhã, sem falta! - ela me avisa séria e eu concordo sorrindo.

- até mais, Jac, cuidado por aí, baixinha - falo me despedindo.

- baixinha é o teu cu, Hector! - ela retruca irritada, me fazendo rir.

Coloco meus fones e escolho uma música, a colocando para tocar enquanto volto para casa, não prestando muita atenção nas ruas, mas sempre parando quando o sinal fecha para mim.

Eu estava prestes a parar em um sinal quando algum idiota sem noção me empurra para a rua, me fazendo cair em frente à um carro e ser atropelado, com as últimas coisas que eu vejo sendo a luz incandescente do carro, vozes assustadas e surpresas e o freio do carro, logo desmaiando.

It's Dominating My MindOnde histórias criam vida. Descubra agora