Papéis Coloridos

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Após aportarem em uma grande ilha, com uma vasta cidade, toda a tripulação dos Chapéu de Palha acabou por sair do navio para comprar coisas para si. Mesmo que todos juntos, Sanji e Nami decidiram se afastar, junto da pequena Shaia, para terem um momento mais íntimo.

A menina segurava a mão da ruiva e olhava para todos os cantos, encantada. Ela havia pedido à Nami que lhe comprasse algo em especial e esperava poder encontrar logo.

— Está animada com o passeio, Daminha? – perguntou o loiro, ao olhar para a criança.

— Muito! Tia Nami vai me dar um presente.

— Um presente? Isso é muito bom.

— É, sim.

Saltitante, a loira cantarolava o que os adultos reconhecem como Bink's Sake.

— Já achou? – perguntou a ruiva, sorrindo com a animação da pequena.

— Acho que deve ter ali – a menina apontou para o que parecia ser algum tipo de loja de brinquedos.

Sanji e Nami se olharam e levaram a saltitante garota até a loja.

No balcão, havia uma bela mulher.

Tinha olhos e cabelos castanhos claros, além de um sorriso gentil e receptivo.

Sanji olhou para a caixa, como se seus olhos fossem miras de armas e correu até ela.

— Bom dia, senhorita.

Nami franziu o cenho, mordendo o lábio. Ela estava acostumada, é claro, entretanto aquilo estava passando a deixá-la incomodada.

Shaia não pode deixar de reparar na reação da ruiva. Nami estava chateada? 

Só faltava Sanji babar pela mulher, a elogiando como se a conhecesse há anos, parecia que o cozinheiro ignorara completamente a existência de Nami e Shaia, apenas para se rasgar de elogios para uma estranha.

A aprendiz do cozinheiro cruzou os braços, incomodada com a situação. Afinal, para a pequena, Sanji estava magoando Nami.

A loira caminhou pelos corredores da loja, a passos irritados. Olhando ao redor, ela finalmente achou o que queria, porém estava muito alto para ela.

Logo, um grito infantil ecoou pela loja, fazendo com que o Chapéu de Palha voltasse a realidade, indo até a aprendiz.

— Shaia-chan?! O que houve?!

— E-Eu caí... – ela disse, choramingando, e segurando o tornozelo entre suas pequenas mãos.

O loiro se abaixou ao lado da garota, analisando delicadamente o tornozelo da garota.

— Você torceu... de onde você caiu?

 — Da prateleira.

— E por que você subiu a prateleira? – indagou, cruzando os braços e cerrando o olhar.

— Porque eu queria pegar uma coisa. E você estava muito ocupado, tio Sanji – a última frase soou mais irritada, fazendo o mais velho desviar o olhar.

— Eu… eu não estava ocupado e, mesmo que estivesse, poderia pedir para a Nami.

— Você nem estava olhando para gente. E a tia Nami... – Shaia abaixou o olhar, logo tentando inutilmente se levantar.

— Quer ajuda?

— Se não estiver atrapalhando…

O Vinsmoke suspirou, olhando atentamente para a criança. Shaia parecia um enigma na maior parte das vezes.

Uma mãe para minha filhaOnde histórias criam vida. Descubra agora