⚠️ AVISO ⚠️ o início desse capítulo contém cenas fortes (menções ao suicídio), palavras depreciativas e descrição de uma crise de ansiedade. se isso lhe causar algum gatilho, pule a parte em itálico.
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Seungcheol se sentia desamparado.
O rosto irritado de Chan ainda assombrava seus pensamentos, seus gritos e suas palavras que pingavam veneno intoxicavam sua mente sem parar. Seungcheol se sentia sufocado. E se Chan encontrasse alguém melhor que ele nessa festa? E se, na próxima vez em que conversassem, Chan terminasse com ele? Seungcheol sentiu as pernas tremerem, não conseguia respirar direito; a mera ideia de perder Chan assustava até sua alma. O mais velho não saberia o que fazer, ou como seguir em frente. Sua vida era Chan, e apenas ele.
— Seungcheol.
Aquela voz... Seungcheol conhecia aquela voz. O homem estreitou os olhos, tentando encontrar quem chamara seu nome, mas sua visão ficara embaçada.
— C-Chan? — Ele disse, seu tom era sôfrego. Levou um susto ao sentir duas mãos fortes agarrarem seus braços.
— Tenta de novo. — Seokmin disse, sério.
— Seokmin? — Seungcheol ofegou — O que faz aqui? Como...
— Você parece cansado. — O outro murmurou — Vamos nos sentar, tem um banco ali.
O mais velho não se opôs a ideia e o seguiu até o banco frio de pedra que era iluminado pela luz amarela do único poste no recinto. Seungcheol olhou ao redor e percebeu, pela grande quantidade de árvores e pelo cheiro de água salgada, que estava perto do porto da cidade, quando foi que chegara ali? Não se lembrava de andar daquele tanto.
— Eu soube que você e Chan brigaram. — Seokmin disse, num tom monótono. Seungcheol olhou as mãos e sentiu os olhos lacrimejarem.
— Eu sinto que posso perdê-lo a qualquer momento. — Ele soluçou — Ficar longe dele... dói tanto...
— Por quê? — Seokmin perguntou, seus olhos brilhavam amarelos, que nem duas facas de ouro prontas para serem manchadas de vermelho.
— Porque eu o amo.
— Chan não ama você.
Seungcheol ergueu o olhar até o garoto ao seu lado e arfou, desesperado.
