7. Penas púrpuras.

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Seokmin observava o céu estrelado pela janela

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Seokmin observava o céu estrelado pela janela.

Estava deitado na cama, o quarto sendo iluminado apenas pela luz da lua. Seus olhos se perdiam na imensidão noturna, lembrando de coisas, momentos e pessoas que preferia esquecer. Fora tirado de seus devaneios pelo toque alheio em seu torso nu. Seus olhos se desviaram para o corpo do garoto ao seu lado, quem era ele? Seokmin não sabia. O conheceu numa festa, não lembrava nem de seu nome. Olhou o relógio do lado da cama, eram 2 da manhã. A sirena se ergueu e se aproximou da janela, se jogando dela em seguida.

Sua metamorfose foi rápida, nem tivera tempo de sentir dor. Ele voava pelo céu escuro em silêncio, observando a cidade adormecida, ouvindo as ondas encontrarem a praia. Inconscientemente, pousou em uma janela de um quarto e observou seu dono. O garoto estava sem camisa, sentado em sua escrivaninha, enquanto escrevia alguma coisa, talvez um trabalho da faculdade. Ficou parado apenas o olhando, mas, então, resolveu anunciar sua presença quando o viu largar a caneta e se espreguiçar.

Jihoon deu um pulo de susto ao ouvir aquele barulho vindo de sua janela. No entanto, seu coração se acalmou ao ver os olhos amarelos de Seokmin o observando atentamente. O garoto riu e abriu a janela, erguendo uma sobrancelha.

— O que faz acordado tão tarde?

— Pergunto a mesma coisa. — A sirena murmurou e planou até a cama de Jihoon.

— Sabe aquele trabalho gigantesco que meu professor de geometria analítica passou? — O garoto se sentou em sua cadeira, olhando Seokmin — Então, ainda não consegui resolver.

— Você não parece cansado.

— Ah, eu estou. — Jihoon sorriu sem graça — Mas os números me acalmam.

— Você é estranho.

— Diz o cara que mais parece um urubu sentado na minha cama.

Seokmin ficou em silêncio, observando as feições sonolentas e calmas de Jihoon. A sirena sempre se surpreendia com a plenitude daquele humano, ele não se assustara nem um pouco ao vê-lo parado em sua janela — ele sorriu! — Jihoon nunca tratara Seokmin como um monstro, como um ser místico. Jihoon o tratava como uma pessoa normal. Como seu namorado.

— Você ficou quieto de repente. — Jihoon se ergueu e caminhou até a sirena — O que foi? Eu falei brincando, você não parece um urubu. Você é lindo.

Seokmin observou o garoto. Seu corpo forte e suas curvas faziam a mente da sirena vagar, lembrando dos momentos em que Jihoon estava sob si, arranhando suas costas enquanto gemia seu nome em puro prazer.

— Você não tem medo de mim? — Seokmin se ergueu, suas asas circundando o pequeno corpo de Jihoon, o impedindo de se afastar. O humano inclinou a cabeça para o lado e cruzou os braços.

— Já tivemos essa conversa.

— Você não tem? — A sirena insistiu.

Jihoon suspirou e tocou o rosto de Seokmin, sentindo as plumas roxas fazerem cócegas em seus dedos.

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